Capítulo 43

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Entro em casa e Rosinha me chama para comer e não é que estou faminta.
- Aí minha menina gosto de vê-la comendo assim tão bem, está até mais corada. Seguro sua mão sorrindo.
- Eu também Rosinha, eu também.
- E como está o tratamento?
- Está indo bem, vamos ter uma palestra em algumas semanas muito boa, estou gostando acho que finalmente vou me curar disso.
- Se Deus quiser.
- Oi filha. Minha mãe entra na cozinha e senta comigo para almoçar.
- Como está indo na escola? Ela pergunta demoro um pouco para responder porque suas perguntas sempre me deixam em choque.
- Tudo bem, os exames finais estão chegando então muita coisa para estudar.
- Já decidiu o que vai cursar? Encaro confusa.
- O que? Você não me disse o que queria.
- Não achei que tivesse escolha. Respondo.
- Mais você tem Karol, eu não vou te obrigar eu já disse, você faz aquilo que se sente bem. Ela dar de ombros.
- O dinheiro que seu pai deixou se quiser, você deixa para investir em algo seu, a faculdade cuido eu, veja o que quer cursar.
- É sério mãe? Você está realmente me dando essa opção?
- Sim Karol eu disse que estava cansada da vida que levei e acho que já estou mostrando a você que pode ser diferente. Ela afaga minha mão por cima da mesa e pela primeira vez vejo em seu olhar um lampejo de carinho direcionado a mim, uma lágrima escorre dos meus olhos e limpo rápido com a outra mão.
- Tudo bem, eu vou fazer moda e design.
Ela fica surpresa com minha decisão.
- Tem certeza, não quero que se sinta obrigada.
- Tenho sim, esse meio de alguma maneira me envolve. Ela sorrir e por Deus não vejo um sorriso em seus lábios desde... Desde nunca, nunca vi mesmo.
A tarde procuro por mamãe e a encontro no escritório, está lendo um livro.
- Posso? Pergunto e ela assente.
- Mãe quero fazer uma pergunta.
- Fale filha o que foi?
- Eu entrei outro dia aqui, e estava uma bagunça.
- Ah, eu estava procurando documentos antigos.
- É imaginei, mais eu vi algumas fotos...
Ela sorrir e aponta para caixa.
- São todas suas, eu de alguma maneira consegui acompanhar seu crescimento mesmo que tenha sido por fotos. Assinto.
- Mais uma foto me chamou atenção.
Ela me encara.
- Era você e um homem na foto, e atrás dizia para o meu amor, mais o homem não era o meu pai. Mamãe arregala os olhos e por um momento me preparo para correr achando realmente que ela vai me colocar pra fora, mais então ela me surpreende, levanta pega um caixa em uma das prateleiras e abre tirando várias fotos.
- Essa foto? Ela pergunta e assinto.
- Bruno Pasquarelli. Fico olhando para foto eu sabia que era ele o Rugge me falou.
- Eu e Bruno fomos namorados desde o colegial.
- Então é verdade vocês realmente tiveram uma relação.
- Sim, mais meu pai não aprovava.
Ela deu de ombros como se não fosse nada.
- Bruno não tinha as condições financeiras que tem hoje, e meu pai não aceitava isso, foi aí que me casou com um completo desconhecido.
- Era o meu pai. Ela assente.
- Você falou algo uma vez como se o vovô tivesse vendido você.
- Porque foi. Ela responde seria.
- Seu pai pagou ao meu para casar comigo.
Fico em choque como aquele homem que conheci tão amável pode comprar alguém.
- Minha vida com seu pai sempre foi difícil Karol, mais não quero sujar a imagem que você tem dele, porque ele é o seu pai. Faço que sim.
- Mais tem algo que preciso te contar e eu sei que isso pode te fazer me odiar ainda mais. Ela rir sem humor.
- Mãe eu não te odeio. Digo e ela me encara.
- Não mais...
- Eu engravidei antes de casar com seu pai.
- Como?
- Sim, quando fui separada do Bruno eu estava grávida mais não sabia, descobrir pouco depois que me casei, e bom seu pai não aceitou e queria que eu tirasse a criança mais eu não podia fazer algo assim, então eu pedi implorei que ele me deixasse ter o bebê.
Ele aceitou, nesse período eu tentei encontrar o Bruno mais não consegui, queria entregar a criança.
- Não, pelo amor de Deus mãe, diz que isso é mentira, diz que isso não é verdade.
Começo a chorar não aguento, isso não vou aguentar eu não posso ser irmã do Ruggero não posso eu fui pra cama com ele.
- Filha se acalme eu preciso que se...
- Não, como pode eu me apaixonei...
Eu me apaixonei mãe...
Saiu correndo de casa, no momento não sei para onde vou só preciso pensar preciso de um tempo só para mim, meu celular toca e vejo o nome de minha mãe na tela. Desligo o telefone.

- Karol o que aconteceu? Caro pergunta assim que abre a porta.
- Seu pai está em casa? Ela faz que sim e me deixa entrar.
- O que houve porque esta assim, você estava chorando? Aliso o rosto de Caro e choro mais ainda. Engulo em seco.
- Preciso ver o seu pai por favor? Minha voz sai sofrida e vejo Caro se apavorar com isso, ela segura minha mão e me leva até o escritório.
- Papai.
- Filha.
- Ah Karol precisa falar com você.
Bruno me encara apreensivo e sei que minha expressão o deixa assim.
- Claro filha, entre Karol.
- Caro pode nos deixar a sós um segundo. Ela faz que sim e sai fechando a porta.
Bruno se apressa a vir até a mim e me afasto dele.
Meu olhar de horror pra ele não é pequeno.
- Você sabia não sabia?
- Do que está falando Karol? Está me deixando preocupado.
- Que minha mãe teve um filho seu, você sabia não sabia? Grito e ele arregala os olhos, então vejo uma lágrima riscar seu rosto e ele assente.
Levanto a cabeça e fecho os olhos sentindo a dor esmagar os meus ossos e choro, não consigo me controlar choro, não acredito que eles deixaram que a gente se envolve assim não acredito.

Se Não Fosse Você.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora