Parte 3

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- Acho que vou roubar minha noiva, os olhares aqui não são nada agradáveis. Mike se aproxima falando, por um momento me sinto desconfortável, mais Valentina segura minha mão e Mike sorrir.
- Preciso de uma bebida. Falo.
- Não você precisa de água mocinha.
- Ué vai me controlar agora loira.
- Sim, amanhã vocês tem muitas coisas para resolver então nada de ressaca. Faço uma careta e Mike rir.
- Está bem mamãe. Ela bate na minha testa.
- Palhaça.
- Então vamos para o bar, o Jorge está lá com o Ruggero. Paro no mesmo instante e Valentina me encara, respiro fundo.
- O Ruggero esta aqui? Mike faz sim.
- Está tudo bem Karol?
- Sim tudo bem. Me forço a dizer e sorrio fraco.
- Vou ao banheiro. Valentina segura minha mão.
- Está tudo bem amiga, vou só ao banheiro. Ela assente e desvio o caminho em direção ao banheiro, lavo minhas mãos e ponho um pouco de água na minha nuca me refrescando seco com papel, droga não deveria ficar assim, porque estou querendo evitar de vê-lo, não deveria me importar , e não me importa ele está no passado que eu fiz questão de enterrar e agora estou vivendo minha vida muito bem.
Abro a bolsa pego meu batom e retoco ajeito meus cabelos jogo um pouco mais de lado dando volume aos cachos e saiu do banheiro vou em direção ao bar, antes mesmo de chegar seus olhos encontram os meus e aquela mesma sensação de anos atrás invadi meu coração que é tão idiota e corre como um carro desgovernado.
Eu não posso sentir, não posso, sinto seu olhar descer por todo meu corpo me envolver, mais desvio e vejo Mike e Valentina que segura uma garrafinha de água, me aproximo e pego em sua mão.
- Obrigado amiga, vou beber a água e já estou saindo fora. Ela me olha surpresa.
- Não vou ficar de vela. Sussurro e ela sorrir.
- Você não ficaria de vela olhe ao redor. Faço uma careta.
- Nos divertimos vai, amanhã começa minha correria e vocês vão terminar a noite da melhor forma possível querida.
- Você também poderia Karol. Ela diz e pelo canto do olho vejo que ele me observa na verdade observam a minha conversa com Valentina.
- Oiê. Carolina pula atrás da gente com Agustín em seu encalço.
- Oi Karol. Ele me cumprimenta e sorrio abraçando ele, vejo o olhar de Ruggero intenso em mim.
- Estava falando pra Valentina que estou indo.
- Porque?
- Ora porque, amanhã começa nossa correria, e preciso está inteira não quero ficar de ressaca.
- Tudo bem, mais eu te levo.
- De jeito nenhum, mim Karol vai pegar um táxi. Ela rir e Valu bate na minha testa de novo.
- Tudo bem mais me manda mensagem quando chegar. Fala Caro.
- Vocês querem se decidir quem vai ser a mãe, difícil heim beijo.
Beijo as duas e toco o braço de Mike aceno pra Jorge nunca tive intimidade com ele mesmo e me enfio no meio da multidão em direção a porta.
Caminho do lado de fora atrás de um ponto de táxi mais não encontro, então paro no ponto de ônibus e tiro meu celular da bolsa, ligando para pedir um.
Sinto uma mão na minha tomando meu celular e me virando rápido, minha reação é gritar, levo a mão ao peito.
- Oi Karol. Ele diz e respiro fundo reunindo todas forças possíveis, não respondo só levanto a mão pedindo meu celular de volta.
- Não vai me dizer oi? Forço um sorriso falso.
- Oi, agora devolve meu celular.
- Não, não vou deixar você ir de táxi pra casa, vem eu te levo.
- De jeito nenhum, prefiro o táxi muito obrigado.
- Karol vamos, é só uma carona já está tarde, não pode andar de táxi por aí, não sabe quem está dirigindo.
- Pior é saber quem é, vai por mim. Ele respira fundo e devolve meu telefone e se vira indo embora.
Hum foi fácil, ligo o telefone e coloco pra chamar, um carro para ao meu lado.
- Entra na porra do carro antes que eu coloque você dentro dele, e não me desafie porque eu faço. Olho pra ele incrédula.
- Anda logo caralho.
- Ganhei mãe e pai agora tô fodida mesmo.
- Desde quando fala palavrão. Ele diz assim que entro no carro.
- Ah cale a boca. Falo e coloco o cinto, o som do carro está ligado e quando ele começa a falar alguma coisa eu aumento o som, eu sei estou sendo infantil mais não quero conversa com ele não quero mesmo, ele percebe que não vai ser tão fácil e desiste, mais vez ou outra pego seu olhar em mim.
Quando ele estaciona, já desço correndo e grito um muito obrigado, mais ele sendo Ruggero não deixaria assim puxa meu braço me jogando contra o carro e prende meu corpo no dele.
- Mais que merda é essa, quer me soltar?
- Eu esperei muito tempo até colocar meus olhos em você de novo, temos uma conversa pendente.
- A única coisa pendente que eu tenho é o meu sono, esse está pendente e preciso muito dormir, então dar licença.
- Você não vai fugir, não de novo.
- Quem está fugindo? Dou uma risada amarga.
- Não se iluda Ruggero, não temos nada para conversar. Empurro seus braços e consigo sair, entro em casa e fecho a porta apressada, corro para o meu quarto e então me lembro da janela do quarto, droga está aberta corro e fecho a janela e a cortina, ele sempre conseguia entrar no meu quarto por aqui.
Me sento na poltrona e encaro a janela por alguns minutos respirando pesadamente.
Droga de sentimento que deveria está morto, droga de coração que esquece em quantos pedaços se partiu .

Se Não Fosse Você.Where stories live. Discover now