Capítulo 30

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- Eu não sei o que tem na cabeça Karol, eu já não tinha pedido que parasse com isso, eu pensei que fosse esperta e inteligente o bastante pra saber que esse tipo de coisa é doença garota, eu... caramba estou tentando Karol, estou tentando não ser dura, estou tentando olhar pra você de outro jeito mais fica difícil assim.
- Olhar pra mim de outro jeito? Que jeito dona Carolina, vamos me fale.
- Como uma filha Karol, estou querendo te ver assim.
- Não sei porque me odeia tanto Carolina, sinceramente não entendo o que foi que eu fiz.
- Você não fez nada, nada eu... Eu...
- Você?
- Nada Karol eu vou pedir para Rosa preparar algo, você precisa comer, e eu venho conferir que não colocou a comida pra fora. Reviro os olhos e ela bate a porta, me jogo na cama e as lágrimas vem com força.
Depois de bastante tempo duas batidas na porta me fazem sentar.
Duas cabeças aparecem e sorriem pra mim, elas entram e se jogam na cama uma de cada lado e me abraçam.
- O que aconteceu com você? Sussurra Valentina.
- Nada demais meninas eu estou bem.
- Não, você não está Karol e não adianta mentir pra gente. Fala Carolina e me assusto.
- Já sabemos de tudo Kah, e não deve se envergonhar estamos aqui para te ajudar.
- Me ajudar, eu não preciso de ajuda eu estou bem.
- Não, você não está e nós vamos te ajudar mesmo que não queira.
A porta do quarto se abre e minha mãe entra com a bandeja.
- Desculpe não sabia que tinha visitas.
- Senhora Sevilla eu sou Carolina Pasquarelli e essa é Valentina Zenere somos amigas da Karol.
- Carolina Pasquarelli.... Minha mãe sussurra com os olhos vidrados em Caro.
Ficamos sem entender, ela então se recompõe e aperta a mão de Caro.
- Karol não está muito bem garotas, precisa descansar.
- Nós sabemos, e viemos até aqui porque nos importamos com ela e queremos que fique boa logo. Fala Valentina.
- Ela precisa de tratamento. Emenda Caro.
- Caro, não... Digo.
- Ela não precisa de nada só de repouso.
- Desculpe mais a senhora está equivocada, ela tem um problema e tem que ser tratado, se você que é mãe não é capaz de enxergar isso temos um problema aqui.
- Olha aqui garota quem você pensa que é pra vim falar alguma coisa comigo, a filha é minha eu cuido como eu quiser.
- Ótimo aproveite e encontre um ótimo terapeuta para ela.
- Fora da minha casa.
- Eu vou sim, mais deixa eu te falar uma coisinha, se Karol não for tratada por bem vai ser por mal.
- Olha aqui garota.
- Não olha aqui você, ela é sua filha ainda é menor de idade é você que responde, então ou você trata de ser mãe logo ou vou dar uma queixa sua para os serviços sociais, ou melhor ponho uma nota na imprensa que tal?
- Não ouse me ameaçar.
- Não é uma ameaça, eu vou fazer.
Estou perplexa em choque nunca vi, ninguém bater de frente com a minha mãe.
- Kah, fica bem nós voltamos depois e trate de comer. Só assinto incapaz de dizer qualquer palavra, minhas amigas saem do meu quarto.
- É por isso que eu falei, quero você longe desse povo.
- A verdade doi não é Carolina, não se preocupe comigo eu sei me cuidar, agora me deixe sozinha.
- Olha Karol estou cansada disso tudo.
- Eu também estou, não vejo a hora de está bem longe. Ela sai do meu quarto batendo a porta com força.

Acabou comendo a sopa que Rosinha prepara pra mim, a noite me sento perto da janela e fico olhando o céu, meu celular toca e vejo o nome de Fred na tela.
- Oi.
- Oi gata como você está?
- Já tive dias melhores?
- Hum quer me contar? Passo cerca de uma hora conversando com Fred ao telefone contando tudo que vem acontecendo inclusive o meu problema, é  a primeira vez que assumo ter um.
- Porque nunca me contou Karol eu poderia ter ajudado, desde quando sofre com isso Kah meu Deus.
- Não se preocupe eu vou ficar bem.
- Ah vai mesmo, nem que eu tenha que sair daqui e arrume um tratamento pra você.
- Eu vou me tratar ok prometo, e nos veremos em breve vou fazer a entrevista devo está de volta em uma semana.
- Você está é fugindo, isso sim.
- Não estou não.
- Está sim, porque não deu uma chance ao cara.
- E pra que? Para ser enganada de novo.
- Kah toda história tem duas versões, se gosta mesmo dele deveria ouvi-lo.
- Não sabia que era um defensor de Ruggero agora.
- E não sou, tenho vontade de acabar com ele só por ter me roubado a garota mais eu entendo que é impossível ficar perto de você sem deseja-la, converse com ele, não seja dura com você mesma.
Foram as palavras de Fred, depois que desliguei observei o carro do outro lado da rua, quando desmaiei da outra vez ele estava ali do outro lado, e agora esta ali novamente, ainda dói tanto Ruggero. Como pode, levanto fecho a cortina, desligo as luzes e me deito, depois de um bom tempo sem consegui dormir levanto e olho pela janela ele continua ali.

No outro dia chego cedo a escola para não correr o risco de vê-lo e vou direto para minha aula, na hora do intervalo entro na biblioteca fujindo de Valentina e Carolina e consequentemente de Ruggero.
- Oi. Um garoto dos cabelos pretos com um topete me cumprimenta.
- Eu vi a vi entrando aqui e queria muito falar com você. Estreito os olhos pra ele.
- Desculpe não fomos apresentados na casa do Rugge, mais sou o Sebastian posso? Ele pede para sentar e assinto.
- Karol, olha eu vim aqui não a mando do Rugge ele nem sabe, eu só queria pedir desculpas a ideia daquela aposta idiota foi minha, mais eu não tenho nada contra você eu só queria te dizer que o Rugge só aceitou porque o Jorge começou a colocar pilha nele, e ele não aguentou, mais não seguiu com a aposta, no dia do jogo ele chamou a mim e o Jorge e desfez tudo ele realmente não tinha intenção com essa aposta.
- Obrigado por me contar Sebastian.
- Olha eu não quero me meter mais você deveria ouvi-lo, ele realmente gosta de você eu nunca vi meu amigo assim. Assinto mais uma vez incapaz de falar qualquer coisa.
Absorvo as palavras de Sebastian e decido procurar o Rugge vou dar a chance para que ele explique, vou seguir o conselho de Fred toda história tem dois lados.
Saiu da biblioteca e passo pelo jardim vou até a quadra ele não está lá, volto para corredor onde são os armários e estaco, Ruggero esta ali, mais não está sozinho a songamonga da Fernanda está abraçando ele.
Não sei como eu pensei em dar uma chance a ele pra se explicar se está nos braços de outra.

Se Não Fosse Você.Where stories live. Discover now