Se Não Fosse Você.

Capítulo 3

Eu odiava essa baboseira de festa e lançamentos, mais prometi a papai que estaria presente, sei o quanto ele trabalhou duro para criar eu e meus irmãos sozinho, e Male também mesmo sendo a mais velha praticamente foi nossa mãe ao invés de irmã e seu trabalho aqui é notável.
Cheguei essa manhã, estava na casa dos meus avós.
- Venha Ruggero vamos fazer umas fotos.
Faço cara feia.
- Ah não, sabe que é necessário.
Ela resmunga e vejo Caro chegar com Mike.
- Rugge. Ela fala e me abraça.
- Você demorou dessa vez senti sua falta.
- Fiquei fora duas semanas Caro.
- Eu sei não me deixe mais sozinha eu o proíbo. Sorrir Caro e eu sempre fomos muito grudados não sei se é porque somos gêmeos, aquela parada de ligação sabe? pois é.
O desfile acontece e já não aguento mais, desvio das pessoas e vou até um jardim acendo meu cigarro e fico ali fumando tentando relaxar.
Escuto uma risada e olho para o lado uma mulher está de costas para mim ela está em pé na borda de uma fonte, noto uma tatuagem em sua panturrilha, daqui não consigo ver bem o que é, os cabelos em ondas longas e um corpo espetacular, escuto sua risada e percebo que está com o celular no ouvido e uma garrafa de champanhe na outra, cambaleia um pouco, ela desliga o telefone e volta a beber, apago o cigarro no cinzeiro e me aproximo bem no momento que ela se desequilibra e cai em meus braços.
- Opa. Falo. - Eu fico com isso, acho que você bebeu demais.
Ela pula dos meus braços.
- Ah fala sério me devolve a garrafa cara qual é? Jogo a garrafa no lixo.
- Já bebeu demais mocinha. Ela revira os olhos senta na borda da fonte e põe as sandálias de volta no pé.
- Para sua informação estou muito sóbria.
- Tão sóbria que caiu em cima de mim.
Ela revira os olhos pega a bolsa e o celular e levanta.
- Foi você que ficou no caminho.
- Ah foi, achei que deveria me agradecer.
- E pelo que exatamente?
- Por não deixar você cair.
- Eu não estava caindo eu pulei e você ficou no meio.
- Oh desculpe deveria ter deixado que beijasse o chão.
- Talvez eu quisesse beijar o chão.
- Não tem coisa melhor para você beijar não? Pergunto.
- Não.
- Karol... Escutamos alguém chamar e ela revira os olhos de novo alguém está chamando por ela.
- Shiuuu, você não me viu, senhor ladrão de bebidas.
Da meia volta e sai por outra porta e um sorriso idiota brota em meus labios.
Volto para a festa e encontro Mike e Caro conversando.
- Você já fez amizade com ela? Mike questiona.
- Ah sim, trocamos número de telefone ela é bem legal, reservada mais acho que seremos boas amigas.
- De quem estão falando?
- Ah, da aluna nova. Responde Mike.
- Pelo que os caras comentaram a garota é muito bonita. Caro revira os olhos o que me faz lembrar de outra garota.
- Nem pensem, não quero estragar minha amizade que está apenas começando.
Dou de ombros nem a conheço mesmo.
- Maninha nós só desfrutamos da vida, bem estou indo nessa.
- Ah eu vou com você amanhã temos treino cedo. Fala Mike
- Eu também venho. A voz de Caro.

Tivemos treino, sou capitão da equipe de futebol, agora estamos no vestiário, termino meu banho e vou guardar a bolsa do treino e pegar meu material, faço um toque de mão com os caras e abro meu armário, guardo a bolsa e começo a pegar meus livros, percebo que o armário ao lado já está ocupado pois tem alguém mexendo mais estou recolhendo meu material não vejo quem é, paro para pegar a folha com meus horários e dois livros escorregam da minha mão e cai bem nos pés da pessoa ao lado, me abaixo recolhendo os livros e vejo a ponta de uma tatuagem na panturrilha e meu olhar acompanha as belas pernas a minha frente e chega ao seu rosto, levanto com rapidez.
- Você. Falamos juntos.
- O ladrão de bebidas.
- A maluca da festa. Ela rir debochada.
- Ei Karol, acho que temos aula juntas hoje. Fala Caro chegando.
- Ah oi Rugge, vejo que conheceu minha nova amiga Karol. Levanto a sobrancelha.
- Karol, meu irmão, gêmeo Ruggero.
- Gêmeos?
- Bebê, você voltou. Fernanda se joga nos meus braços e eu quase derrubo os livros, reviro os olhos, realmente Caro tem razão eu não gosto dela nem um pouco.
- Oi pra você também Fernanda.
Ela tenta me beijar mais eu viro o rosto e ela beija minha bochecha.
- Estou ocupado agora tenho aula nos vemos depois. Odeio mulher grudenta, fiquei com Fernanda uma vez e aagora ela acha que temos algo. Balanço a cabeça negando.
- Fala irmão como foi de viajem?
Pergunta Agustin fazendo um toque de mão comigo, Jorge também está com ele.
- O mesmo de sempre, os coroas estão bem.
- Isso que importa eles são gente boa, já viu a aluna nova? Faço que sim.
- Gata não é? Jorge pergunta mais não tenho tempo de responder, Sebastian aparece abraçado a Valentina.
Valentina é capitã das líderes de torcida, é a única garota que está sempre em nosso meio.
- Quem é vivo sempre aparece, pensei que ia pular esse ano. Fala Sebastian e Valentina me abraça.
- Não sou o  Mike não vejo a hora dessa porra acabar. Resmungo e ele rir.
- Somos dois Rugge, só aceitei ser capitã esse ano porque a diretora me implorou não aguento mais.
- Se está puxado pra você loira joga pra cima. Falo.
- Seria fácil não é, estaria morta no outro dia sabe que isso é coisa da minha mãe.
- Um dia vai ter que enfrentar, você sabe. Ela me encara com os olhos tristes.
O sinal toca e entramos na aula, entramos e nos sentamos como sempre no meio mais estou na cadeira do canto perto da janela.
Sinto um cutucar em minhas costas.
- A visão daí é boa amigo. Jorge sussurra e levanto o olhar para a cadeira a minha frente, no momento em que a garota enrola o cabelo e o prende com um lápis e vejo outra tatuagem uma estrela bem perto da orelha. Ela me intriga.