Parte 6

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Cabeça não sei onde está, desde que Karol jogou a merda na minha cara eu não consigo me concentrar, não consigo pensar em mais nada, a não ser quebrar a cara do meu irmão. Quer dizer eu já quebrei, pensar que Mike e Karol Ahhhhhh.
Fiquei paralisado vendo ela entrar no carro ir embora, mais a raiva começou a consumir meu sangue e entrei procurando por Mike.
- Ruggero se acalme, Mike está com o papai. Caro responde.
- Você sabia não é, claro que sabia e me fez de idiota.
- O Ruggero esta nos assustando. Valentina fala.
- Você também, todos sabiam, só o idiota aqui que não, parabéns. Bato palmas.
A música já cessou e muitas pessoas já foram embora.
- O que houve aqui? Escuto sua voz e tudo em mim estremece, ele não tem tempo nem de se defender, soco sua cara uma duas três e escuto quando meu sobrinho grita por meu pai, que agarra meu corpo tirando-me de cima de Mike.
- O que está fazendo porra perdeu a noção. Caro corre junto com Valentina para socorrer Mike e meu pai me arrasta até o quarto.
- Ruggero comece a explicar quero saber o motivo de bater no seu irmão dessa forma, vocês nunca foram assim. A porta do quarto se abre e Mike passa por ela segurando um pano no nariz.
- Nos deixe sozinho papai. Pede Mike
- Não vocês vão me explicar agora o que está acontecendo. Meu pai é firme e Mike toca seu braço.
- Eu fiz merda, e agora preciso consertar o senhor nos ensinou isso lembra, agora me deixe falar com o Ruggero. Meu pai mesmo relutante nos deixa.
- Se eu ouvir um rosnado que seja acabo com os dois. Ele fala antes de sair.
- Ruggero...
- Porque me explica, só o porque? Com tanta mulher no mundo você foi foder a minha? Me diz Mike.
- Primeiro ela não é sua, segundo não é como está pensando, eu não planejei isso nem a Karol, aconteceu estávamos bêbados e nem se quer lembro nada daquela noite só que encontrei com ela por acaso na boate perto do hotel onde estava, e bebemos muito eu tinha terminado com a Lorana e ela ainda estava sofrendo por você juntou álcool com sofrimento perdemos a noção, acordei na cama com ela eu juro Ruggero eu nem se quer lembro nada não sei nem como cheguei no hotel, acredita em mim.
- Mike não é questão de acreditar é pensar que meu próprio irmão dormiu com a mulher que eu...
- Que você ama. Ele completa e uma lágrima cai dos meus olhos e não sei se é de raiva por tudo ou porque realmente ainda a amo, engulo em seco.
- Não podia falar nada, a Karol me pediu e eu não podia arriscar perder você.
- Você não pensou isso quando estava com ela.
- Porque não estava em mim se estivesse jamais faria algo assim, você é meu irmão caralho, Ruggero acha mesmo que sou esse mau caráter, você me conhece melhor que ninguém é meu melhor amigo desde que nascemos nossa diferença de idade é pequena demais.
- Mesmo assim não foi o bastante, Mike me deixa sozinho.
- Ruggero por favor irmão me perdoa eu não queria feri-lo assim por favor... Ele súplica.
- Eu preciso de um tempo Mike, eu sei que não estávamos mais juntos e eu fui o culpado, eu caguei tudo como sempre fiz a vida toda, mais isso não impede de doer menos.
- Você vai me perdoar um dia?
- Não sei, acho que sim quando a vontade de socar sua cara passar talvez sim. Ele rir.
- Acho que posso conviver com isso, só certifique-se de não socar minha cara perto do meu casamento, Valentina tende a ter um instinto meio assassino as vezes e ainda preciso do meu padrinho. Ele fala mais ainda sinto a raiva ferver em meu corpo, mesmo assim engulo o bolo na garganta e assinto.
Ele sai do quarto e sinto meu corpo cair no chão, abraço minhas pernas e escondi o rosto com o braço.
A porta se abre novamente e fecha mais não levanto o rosto para ver quem é, na verdade até sei mais fico em silêncio chorando baixinho até que sinto os braços dela me puxar para o seu corpo ela alisa meus cabelos e me permiti chorar, choro tudo que não chorei durante todos esses anos.
- Bubo olha pra mim. Carolina me chama, e a coisa quase me faz rir ela não me chama assim a muito tempo.
- Rugge eu tô aqui tá. Ela sussurra e me aperta mais em seus braços.
- Porque não me contou, porque me escondeu Nana porque?
- Eu não podia contar, era algo da Karol e eu não queria te ver assim já foi doloroso ver como tudo terminou, me perdoa mais eu não podia.
- Como ela passou por isso sem que ninguém soubesse de nada.
- Ah Karol é mais forte do que imagina Ruggero, e ela não estava sozinha ela sempre teve a mim e a Valentina. Seco as lágrimas e encaro Carolina.
- Espere um pouco, o bebê o que aconteceu ela disse que ficou grávida. Caro assente.
- Não vai me falar? Nana o que aconteceu com a criança?
- Ela perdeu o bebê, pelo que o médico falou o útero não estava pronto para um bebê. Fico sem palavras, pensando se foi difícil para mim saber tudo, imagina para ela que viveu, não sei se doi mais pensar em tudo ou saber o quanto ela sofreu.
- Você ainda me odeia? Faço uma careta pra ela.
- Só um pouquinho.
- Já é alguma coisa, não preciso implorar para lavar suas roupas e fazer seu dever de casa igual quando éramos pequenos não é? Um sorriso escapa dos meus lábios.
- Não, não precisa até porque você e sangue na mesma frase não combina.
- Pelo amor de Deus, mais conta aqui pra sua gêmea como está se saindo o médico gostosão.
- Tá querendo encher meu ego?
- Porque estou conseguindo? Vem cá seu chato. Ela puxa minha cabeça para seu colo e fica alisando meus cabelos.
- Não estou aqui para defender o Mike nem nada, estou aqui por você mais da mesma forma que não queria ver você sofrer ele também não quer, o que aconteceu com ele poderia ter sido com você ou comigo, imagina se você bebê o bastante um dia e vai pra cama com Valentina e... Ela para de falar.
- Acho que isso já aconteceu... Sussurro e Caro puxa minha cabeça para encarar meu rosto.
- Eu descobrir que fui o primeiro de Valentina e estava bêbado, fui pra cama com ela e não lembrei de nada no outro dia.
- Porra essa eu não sabia, surpreendente então estão quites né, você fodeu a mulher dele, ele a sua e está tudo em família. Encaro sério, ela não pode está falando sério, ela começa a rir.
- Aí Ruggero claro que estou brincando o caso com a Valentina foi totalmente fora do contexto porque você não tinha Karol e ela não era do Mike, mais só pra você saber que quando se está bêbado que foi o seu caso, perdemos a noção e foi o que aconteceu então mesmo com o ódio mortal que sente agora pelo Mike tem que concordar com ele.
- Posso ao menos sofrer minha dor de cotovelo em paz.
- Claro que pode Bubo pode chorar o quanto quiser, só lembre que amanhã é outro dia, Mike tem a vida dele uma mulher com quem vai se casar e formar uma família, você e Karol são livres e sofreram muito, amadureceram e agora buscam a felicidade em suas carreiras tentando construir uma vida e talvez se encontrem no caminho.
- O que quer dizer?
- Eu nada, você vai descobrir sozinho, agora, vou pegar um pouco de gelo para colocar nessa mão. Ela revira os olhos.

Depois de algumas semanas saiu de mais um plantão e vou pra casa, termino meu banho, preciso comer alguma coisa e dormir um pouco e a noite voltar para o hospital está cada vez mais intenso o trabalho, nem consigo pegar a cueca que a campainha toca.
Droga saiu do quarto segurando a toalha e abro sem olhar, um respiro profundo sai de sua boca.
- Karol....
- Puta que pariu, toquei a campainha errada não é possível, mais ela disse que ele morava aqui e... Ela para de falar e seu olhar avalia meu corpo, me lembrando que estou só com uma toalha, engolindo várias vezes pigarreia, coça a nuca.
- Aí desculpa a Carolina falou que o Agustín morava aqui. Droga.
- E ele mora. Ela me encara confusa.
- Divido o apartamento com ele.
Ela entende.
- Desculpe eu preciso de uns desenhos que ficaram no quarto eu não quero te atrapalhar.
- Não tudo bem, entra eu vou colocar uma roupa e já volto. Ela assente e entra, volto para o meu quarto e visto uma cueca uma bermuda e ponho uma camiseta, volto para a sala e Karol esta olhando a vista daqui.
- É bonita não é?
- Sim bem bonita. Ela se vira e parece desconfortável.
- Não nos vimos mais depois do... Falo e paro ao lembrar daquele dia. Ela entende e fica em silêncio.
- Ruggero se você poder pegar os desenhos eu me mando o mais rápido possível.
- Claro. Vou até o quarto do Agus e vejo uma pasta em cima da cama com vários desenhos, pego e levo até a sala.
- São esses? Ela observa os desenhos.
- Sim são esses, obrigado. Ela fala e me encara.
- Até mais Ruggero.
- Karol espera. Ela se vira.
- Não precisa ser assim, eu sinto muito mesmo pelo que aconteceu, sei que ainda tem raiva de mim eu também ainda me odeio por isso mais eu queria ao menos tentar ser seu amigo.
- Eu não tenho raiva.
- Não?
- Não, não mais, passou Ruggero tudo passou não tenho raiva de você.
- Mais também não me ama? Pergunto e me dou conta do que perguntei.
- Não. Ela responde convicta.
- Mais podemos tentar. Ela fala com um aceno de cabeça. - Essa coisa de amigos.
- Amigos?
- Sim, porque não eu sou amiga do Jorge. Ela dar de ombros e sorrir, levo a mão ao peito fingindo que estou ofendido.
- Está me comparando com aquele cara feio. Ela rir.
- Ainda convencido.
- Certas coisas não mudam.
- é estou vendo, bem tenho que ir agora, estão me esperando com os desenhos.
- Carolina me falou que estão com bastante trabalho.
- Sim, contratamos mais gente, e o lugar é incrível muito aconchegante.
- Qualquer dia desses dou uma passada, quem sabe tomamos um café. Ela me encara.
- Como amigos. Falo.
- Claro porque não, se cuida Ruggero.
- Você também Karol.

Se Não Fosse Você.Where stories live. Discover now