Se Não Fosse Você.

Parte 8

- Você poderia disfarçar sua cara de bocó homem. Escuto Agustín falar.
- Ela está tão linda Agus.
- Vamos seu irmão está nos esperando. Assinto e tomo um último gole do meu whisky.
Hoje é o grande dia de Michael e Valentina, é difícil dizer o que sinto toda vez que a encontro, e isso tem acontecido muito nós últimos meses, eu saia do hospital e ela e Carolina estavam no atelier fazendo o vestido de noiva, confesso que me aproveitei da situação para está mais próximo dela, o pretexto de dar opiniões sobre o vestido foi perfeito, só que agora não tenho mais, Valentina já está na porra do vestido e agora um desespero me invadi, qual desculpa vou dar para aparecer no atelier, não quero fazê-la sofrer nada disso só quero ser seu amigo cuidar dela mesmo que de longe.
- Se acalme Mike, você vai ter um infarto garoto. Escuto meu pai resmungar e entramos na sala onde Mike está.
Ele me encara tentando ler minha expressão, depois do que aconteceu foram poucas as vezes em que trocamos duas palavras e agora vendo ele realizar seu sonho que é casar com a mulher que ama e construir uma vida ao seu lado, não posso deixar de me sentir feliz.
Me aproximo dele abraçando-o, ele retribui.
- Estou feliz por você, de verdade.
- Eu sei irmão, e estou feliz que esteja aqui é muito importante pra mim.
- Eu sempre vou esta pra você. Colo minha testa na sua segurando sua cabeça.
- E eu pra você, não esqueça disso Rugge, quero que seja feliz, se permita isso. Assinto com um nó na garganta, não quero falar, não mereço me permitir a nada, sofri e fiz alguém importante sofrer e se me permitir farei mais alguém sofrer, prefiro não arriscar.
- Está na hora vamos. Ele assente e vamos para o jardim.
- O que vocês fazem para ficar cada dia mais bonitos heim poxa isso é covardia com a comunidade feminina. Escutamos a voz de Ema.
- Senti saudades maninhos. Ela se joga abraçando a mim e Mike ao mesmo tempo.
- Em você está linda, uau que arraso heim, cadê o Simon? Mike pergunta e ela beija seu rosto e depois o meu.
- Lá fora, vamos precisamos organizar os padrinhos. Ela fala e seguimos para o jardim, Mike faz o caminho onde uma pista com pétalas de rosas foi feita.
- Vamos lá, Caro e Agustín, vocês entram e se posicionam a direita, são os padrinhos de Valentina.
- Ruggero venha você é do Mike. Ema fala.
- Eu? Franzo o cenho.
- Sim você não sabia?
- Sim mais achei que ele tinha mudado de ideia e... É não tenho um par. Ela rir.
- Cheguei... vejo Karol.
- Pronto agora já tem. Ema fala e Karol sorrir e engancha seu braço no meu.
- Você parece surpreso?
- Porque estou, não esperava ser padrinho e muito menos que você fosse...
- Porque? Ela questiona e fico perdido em seu olhar.
- Por tudo que aconteceu não é? Ela pergunta e engulo em seco.
- Independente do que passou, seu irmão e eu somos e sempre seremos amigos e Valentina é como uma irmã para mim.
- Como conseguem?
- Simples, não deixamos que o passado consuma e destrua o nosso futuro, já é difícil lutar para viver o presente e se não tivermos algo bom para esperar do futuro viver não vai fazer sentido.
- Você é mais forte do que imaginei.
- Talvez, ou só quero me permitir ser feliz.
- E você merece ser feliz. Digo com todo meu coração. Ela para por um segundo me encara com aqueles olhos que me hipinotizam.
- Você também merece, ser feliz Ruggero, você também.
Não digo nada só deixo que suas palavras encontrem um lugar dentro de mim. Entramos depois de Carolina e Agustín e logo depois é a entrada de Valentina, a música começa e Valu aparece, sinto a mão de Karol apertar meu braço e observo a mulher ao meu lado, é incrível como os anos podem passar e ela continua linda, Karol olha pra mim sorrindo e volta a olhar Valentina, que uau está mais que perfeita.
Depois dos votos e troca de alianças jogamos as pétalas em cima dos dois.
Depois que os noivos dançaram, cada um dos padrinhos foram lá e dançaram com os noivos.
Pego uma taça de champanhe e me sento na mesa reservada aos padrinho e tiro minha gravata e abro um botão da camisa, observo Mike e Valentina dançando e Agustín e Carolina é incrível como meu amigo conquistou o coração da minha irmã ela está tão feliz, estão juntos desde a escola, escuto uma risada e olho ao redor, vejo Karol com uma garrafa de champanhe entrando no jardim.
Isso me faz viajar em lembranças do passado, levanto e pego mais uma taça de champanhe e sigo até o jardim, o espaço aqui é bem bonito, Karol sobe no muro e enche a taça.
- Sabe deveria ser proibido bebidas alcoólicas para alguém com o seu tamanho. Ela rir.
- Não vem não, sou maior de idade senhor.
- É mesmo?
- Porque pareço uma criança por acaso? Ela levanta as mãos como se dissesse olhe bem pra mim, sorrio e mordo o lábio inferior.
- Não definitivamente você não é uma criança.
- Ótimo porque malhar por horas pra ficar gostosa e ainda ser taxada de criança seria frustrante.
Me aproximo e tiro a garrafa de sua mão enchendo a minha taça.
- Ladrão de bebidas. Ela resmunga.
- Maluca da festa. Ela rir.
Me sento no muro e ela se senta ao meu lado.
- Estou tão feliz por eles. Ela diz.
- Eu também. Ela me encara.
- Eu quase estraguei tudo. Fico calado ela suspira.
- É difícil falar daquela noite porque, eu realmente não lembro muito, só que... Passei uma boa parte dos meus dias em Londres em boates, bebendo, dançando tampando o buraco que você fez no meu coração. Ela fala mais não com raiva ou ódio, bebe mais um pouco de champanhe.
- E uma dessas encontro Mike, não sei bem o que ele fazia ali, eu já estava bêbada e ele estava bebendo enfim, quando acordei ao lado dele, a única coisa que pensei foi perdi minha amiga pra sempre, porque mesmo Valentina estando com Fred eu sabia que seu coração era de Mike.
- Espere Valentina e o seu..
- O meu ex. Ela rir.
- Sim eles ficaram na minha festa de dezoito anos... A mesma que...
Passo a mão no cabelo.
- Não precisa ficar nervoso.
- Não estou. Ela rir.
- Essa mania de passar a mão no cabelo sempre te acompanhou. Tiro a mão do cabelo e a encaro sorrindo.
- Ela é a pessoa mais incrível que já conheci. Ela fala com adoração.
- Você também é... Ela me encara e pela primeira vez em muitos anos não vejo nenhum resquício de mágoa em seu olhar.
- Queria eu ser ao menos um pouco do que ela é para mim.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Estou ficando bêbada mesmo não vou lembrar. Rimos.
- Ainda me odeia? Ela para com a taça perto da boca, estou com a cabeça baixa, sua mão toca meu rosto e isso me aquece, levanto o rosto e encaro seus olhos.
- Não, não odeio você, pensei que você me odiasse. Ela diz e nego com a cabeça levo minha mão ao seu rosto.
- Nunca odiei você.
- Pois deveria...
- Mesmo querendo odiar tudo que eu consegui foi...
- Foi?
- Ah aí estão vocês. A voz de Ema explodi a nossa bolha.
- Valentina vai jogar o buquê anda Karol.
- Já estou indo. Karol grita olha para mim sorrindo e dar um beijo na minha bochecha, salta do muro.
- Espere o buquê é meu. Ela grita e sai correndo, levo minha mão ao rosto e fecho os olhos com força desejando voltar no tempo e consertar as coisas, mais não posso.