Se Não Fosse Você.

Capítulo 14

Soltem o play, e prestem atenção na tradução é tudo que nossa aventureira está sentindo.

Entro em um parque, jardim sei lá o que é só corro sem me importar com mais nada, as lágrimas molham meu rosto, quando meu pulmão começa a queimar e as pernas falharem, paro me aproximo de um parapeito onde vejo toda a cidade lá em baixo e me apoio ali, as lágrimas vem com força total e o desespero dentro do meu peito aperta.
- Porque pai, se você me deixou porque fez isso, porque me trazer para perto dela porque, o senhor não podia ter me deixado papai não podia, agora eu não sei como viver aqui fora, o colégio era o meu refúgio e não bastava perder você agora perdi isso também, não é justo pai não é.... A chuva começa a cair mais não me importo, continuo ali observando a cidade e chorando baixinho tentando entender o porque.
- Karol... Alguém me chama, seco as lágrimas e me viro, vejo Ruggero se aproximar e volto a olhar para frente.
- O que faz aqui em baixo da chuva. Ele pergunta e se põe ao meu lado.
Outra lágrima risca meu rosto e por conta da chuva ele não percebe.
- Como foi a viajem? Não respondo e engulo o nó na minha garganta ele se aproxima mais e segura meu queixo virando meu rosto para ele.
- O que aconteceu? Não consigo segurar as lágrimas voltam com força total, sinto meu rosto se chocar com o peito dele, ele afaga meus cabelos dizendo que vai ficar tudo bem, não sabendo ele que não vai ficar nada bem não tem como ficar bem, tento me recuperar, seco minhas lágrimas ainda que uma ou outra escapa ele seca e acaricia meu rosto, seu rosto se aproxima do meu e como imãs nossas bocas se grudam no início só provando o gosto um do outro mais depois se intensifica e o beijo se torna algo selvagem, como se estivéssemos com fome um do outro como se ele sugasse toda a minha dor com apenas um beijo e eu não queria parar, com medo que ele me soltasse e todo o peso do mundo caísse sob a minha cabeça novamente, só queria aproveitar aquele momento só mais um pouco.

Não sei como acordei no outro dia na minha cama.
Lembro de Ruggero, do beijo, e ele dizendo que precisava me tirar dali ou iria ficar doente.
Olho ao redor e vejo uma manta em cima da minha poltrona.
A porta do quarto se abre e vejo a cabeça de Rosa.
- Ufa ainda bem que acordou, vou te ajudar. Ela entra e sinto meu corpo todo dolorido.
- Aí meu corpo está todo dolorido.
- Imagino você queimou em febre a noite inteira.
- Sério?
- Depois que o rapaizinho a trouxe, sua mãe pediu ao Carlos que fosse em alguma farmácia porque você ardia em febre. ela aponta para a poltrona.
- Ela dormiu ali. Estou em choque incrédula na verdade.
- Vamos tomar um banho mocinha e vou trazer seu café, precisa se alimentar e tomar o remédio.
- Tudo bem eu vou tomar banho.
Levanto olho para o relógio que marcam cinco da manhã me aproximo da janela e vejo um carro do outro lado da pista, estranho parece o carro de Ruggero, na mesma hora que penso o carro acende e vai embora ele não ficaria ali a noite toda, dou de ombros e vou para o banheiro.
Depois do banho e ter comido pouco só um suco volto para cama.
- Vejo que está melhor. Dona Carolina aparece.
- Sim, estou.
- Karol eu...
- Não, não quero sua pena deixa como está ok, agradeço por achar uma injustiça e fazer algo mesmo contra sua vontade, obrigado.
Engulo em seco, ela se aproxima olha pra mim com lágrimas nos olhos mais com o rosto sério.
- Eu não te odeio e nem abomino você, eu fiz porque me importo, espero que esteja bem mesmo, vou pedir a Rosa que controle se terá febre preciso resolver umas coisas.
Não digo nada, não consigo minha garganta está com uma bola gigante.
Ela sai e bate a porta e as lágrimas voltam com força total.

A noite estava sentada perto da janela falando com Fred por mensagem quando vejo o carro de hoje estacionar no mesmo lugar, mais ninguém desce o que me deixa curiosa, fico por mais um  tempo olhando, até que o sono chega e decido voltar para cama, amanhã é sábado e tenho aquela sessão fotográfica desligo as luzes e me deito na cama.

Volto mais tarde 😚😚😚