A Herdeira Mestiça

By albuquerque_s

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Vítima de um assassinato mal executado, Mariah despertará para um novo mundo, guiada por um encantador vampir... More

CONTO DO VIGÁRIO
RECÉM CHEGADA
A REALEZA
DOCE VENENO
ÁGUAS PROFUNDAS
SANGUE AZUL
O JULGAMENTO
CICATRIZES
INSTINTOS
A ALIANÇA
A DANÇA DOS CORVOS
A REBELIÃO
SOBREVIVENTE
FILHOS DA LUA
A QUEDA DO PRIMOGÊNITO
O MENINO QUE SOBREVIVEU
A ESTRELA DA MANHÃ
COROA FLAMEJANTE
O OUTRO LADO
O QUE VEIO ANTES
NADA DO QUE ME ORGULHAR
SONETO DO ADEUS
DO TRONO AO PÓ
CAMPO SANGRENTO
A GRANDE CHEGADA
ALGHARKA
UM FRAGMENTO DE EMPATIA
BAILE DE OURO
ÁRVORE VERMELHA
A PAZ NO PEQUENO ABISMO
VOTO PERPÉTUO
ATAQUE AOS REIS
KARMA
TODOS PARTEM E SE PARTEM
UMA TERCEIRA CHANCE
FADAS TAMBÉM SANGRAM
VERDADEIRO LUGAR
O ORÁCULO
SANGUE RUIM
MALDITO SEJA O REI DA NOITE
A NOITE ESCARLATE
O LAR
LIBERTE-OS, LIBERTE-OS TODOS
FILHOS DE ELYS
SALVE A HERDEIRA MESTIÇA
PONTO DE RUPTURA
COLISÃO
EPÍLOGO

O RENASCER

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By albuquerque_s

O ar voltou aos seus pulmões como se tivesse estado sufocada por uma década, mas agora correntes adornavam seu pescoço, pulsos e tornozelos, o Outro Eu ainda estava lá de pé como uma sombra, estava no nada, e um enorme espelho tinha sido erguido na sua frente. O vestido branco que Mariah usava estava manchado de sangue, havia sangue por toda parte, abaixo de seus joelhos, em seu rosto, sangue pingava de seus cabelos. Seu corpo doía bastante como se tivesse sido quebrada em pedaços, era exatamente como se sentida, quebrada e derrotada. Por que resistir aquilo, era pra isso que viera para morrer pela sua própria mão, era como deveria ser. Estava fadada ao mal que habitava dentro, não tinha como escapar. O outro eu, se ajoelhou na frente de Mariah e levantou seu queixo.

- Olhe, olhe para mim. Veja quem você é de verdade. Você virou o que nos espera. Viu o quão glorioso será. Você sentiu em seu coração, não sentiu? Eu o tive entre meus dedos e me deliciei com seu pavor.

Mariah mantinha os olhos fechados, respirava pesado, estava acordada, mas não se permitia dar ouvidos a sua sombra.

- Vamos, aceite ir comigo. Aceite me abraçar. E veja o quanto todo seu propósito é grandioso. Não lute em nome daqueles que irão te trai Mariah. Por que eles irão. Cada um deles. Já fizeram isso, você se lembra?

O outro Eu tocou as mãos na cabeça de Mariah e um zumbido invadiu seus ouvidos os fazendo sangrar. A visão correu sua mente. Quando Marcos no bar em sua simpatia a conduziu para uma morte lenta, quando Thomas a e entregou como prêmio a corte e foi condenada para a morte, quando Killian usou de sua boa fé para causar uma rebelião, quando seu próprio amor a traiu causando a morte de sua melhor amiga. Todos tinham conspirado contra sua vida. Todos a tinham traído. – Você está sozinha. Sempre estará. Pois aqueles que se aproximam a traem, e a magoam. Deixe que eles queimem sob o cântico da profecia, deixa a magia antiga tomar cada átomo de seu corpo. Seja minha Mariah.

Uma sombra poderosa tomou o corpo de Mariah, as marcas antigas tomaram seu corpo e brilhavam como sol sobre sua pele, ela abriu os olhos estavam completamente negros agora estava impecavelmente idêntica ao seu outro eu. Que sorriu satisfeito. Mas logo sumiu, quando a boca de Mariah abriu e brilhou como se uma lâmpada tivesse acendido, assim como seus olhos. Tudo estremeceu e as paredes do nada começaram a ruir, e quebrada, a se estilhaçar o corpo do Outro eu gritou e se curvou perante Mariah, suas correntes derreteram e ela se colocou de pé, o outro eu se transformou em nada evaporando nas sombras sumindo. Mariah urrou de dor mais uma vez, o poder corria suas veias, tinha libertado suas sombras e agora as marcas estavam ainda mais evidentes, seus olhos se misturavam em um tom violeta vivo com manchas douradas e negras. Uma luz emanou de seu corpo recuperado, o chão tremeu ainda mais e depois cessou. Completamente.

[...]

Sob um céu sem lua, e sem estrelas. Elys tinha sido tomada por uma guerra sem fim, entre os justos e os injustiçados. Não entre o bem e o mal, mas entre vidas corrompidas e vidas que não escolheram aquele destino. Muitos dos que saíram para batalha naquele entardecer não voltarão as suas famílias, muitos deixaram os filhos órfãos, ou talvez mulheres viúvas. É que na guerra, não se pode escolher quem vive e quem morre, não é um jogo que se pode recomeçar, vidas são vidas e estavam perecendo na escuridão daquela madrugada. Espadas subiam e desciam sobre cabeças, como juízes do novo tempo, como senhores da guerra infortuna, renegando suas próprias origens descendo a ladeira da escuridão para dançar com a morte enquanto do outro lado vemos a bravura de um povo que ama o coração de Elys e sente seu pulsar a cada tinir das espadas, a cada lufada de flechas lançadas, sente amor pelos estandartes da justiça e morre satisfeito com sua honrosa batalha, ainda sim são deixados para trás os que o amam, e esquecem de perder a esperança, ele não voltará, afinal, todos temos um encontro marcado com a morte.

O som abafado das explosões, dos gritos e da derrota certa. Arya tinha se ferido e se arrastava para alcançar seu tridente, Aurora estava sendo segurada por quatro vampiros que se preparavam para arrancar sua cabeça, Pedro tinha sido atingido na cabeça e era segurado pela camisa por um feiticeiro enorme, Bernard e os outros lobos grunhiam de dor com os ataques dos outros lobos. Lis tinha a perna sangrando e olhou em volta, os cabelos brancos sujos de fuligem e sangue ela olhou a sua volta, o cheiro da morte assolava cada conta cada espaço, tudo em sua visão era coberto de sangue e dor. Ela apertou o cabo da espada, e cerrou os dentes. Não podia acabar assim, não podia ser mesmo ali que tudo acabaria.

Ela apoiou a espada no chão e ficou sobre apenas um joelho, fechou os olhos e curvou a cabeça como se desistisse, ela apertou o cabo mais forte. Um soldado pisou na mão de Arya antes que ela alcançasse o tridente, Aurora gritava de dor enquanto os vampiros pressionavam seu corpo contra o chão. Bernard era arremessado contra o chão com violência, teve a costela quebrada e o pescoço ferido de uma mordida. Lis abriu os olhos, sentiu a espada que esfriava sua nuca, um soldado renegado ria nas suas costas, ele estava pronto para decapitá-la, ele ergue a espada e quando a desceu com um grito Lis segurou seu punho com força e abriu os olhos, se colocou de pé ainda segurando o pulso do homem e o quebrou e atravessou sua espada no peito fazendo cair de joelhos e depois por completo. Ela limpou a espada e olhou os olhos com grande pesar, mas também com uma fúria profunda e ela sem palavras disse "Se vamos morrer hoje, será com honra". O chão estremeceu como nunca antes, os ventos sopraram para Norte, as árvores se mexeram com velocidade e deles todos puderam contemplar o exército dos elfos surgir armado e poderoso, ainda em sua direção os enormes Fenrirs surgiram poderosos com seus trovões que tomaram os céus, em cima de um deles Mariah usava a armadura celestial da mãe, carregando a espada dos anjos, a espada de Gabriel em suas mãos. Eles tomaram a arena, a luta entre Fenrirs e Dríades ganhou palco. Mariah saltou de um deles, caindo no meio do conflito, todos reagiram. Todos voltaram a lutar, Arya quebrou a perna do renegado e se ergueu com seu tridente, Pedro incendiou os vampiros que seguravam Aurora e Lis voltou ao caos do conflito. Mariah emanava poder, destruindo os exércitos de Killian com uma força descomunal, todos viravam poeira ou eram desmembrados, em uma ocasião sua espada queimou os vampiros, os fazendo inflamar.

Não olhou para ninguém, nem mesmo para Pedro. Apenas caminhou para o Castelo Molfenter. Estava cega por seu poder, seguia seu destino costurando a multidão, lutando e se defendendo. Lá dentro apenas Killian a aguardava, ela sabia. Sentia em seu coração.

Pedro estava pronto para segui-la.

- Não!! – Lis gritou se aproximando. – Essa batalha não é sua Pedro!!

Pedro a olhou com certo respeito. Mas não poderia ouvi-la.

- Não vou deixa-la sozinha com ele! Ela não pode lutar e salvar os filhos de Elys sozinha!

Lis suspirou, e encontrou no olhar de Arya a compreensão. "Vá".

Então ela e Pedro seguiram o caminho que Mariah fazia, com seu poder emanando a cada passo, a chegada aos portões não foi difícil. Logo Mariah levou a estrutura ao chão e entrou as pressas subindo as escadarias. Um tempo depois, Pedro e Lis também avançaram.

Na sala das punições, Killian estava quase terminando o cântico, já não tinha forma humana, seu rosto misturado ao de um lobo, tinha dobrado de altura, e seus olhos brilhavam como os de um vampiro impiedoso, estava exatamente como na visão. Seu transe foi interrompido por uma adaga arremessada que causou um pequeno corte em rosto antes de cair no chão. Mariah estava no topo das escadas agora não haviam mais paredes, somente as escadarias, o vento fazia seu cabelo dançar, ela levantou a espada apontando para o irmão que nunca pediu.

- Killian!!! – Gritou.

Ela a olhou com satisfação.

- Pensei que nunca chegaria minha irmãzinha. Está atrasada! Olhe pra mim! Acha que pode contra isso!

Mariah ergueu a cabeça, as escritas antigas brilhando em seu corpo, seus olhos penetrantes o encararam. Ela ergueu a espada em sua direção. Sem dizer absolutamente nada. Killian ficou cego, ignorou o Algharka e avançou para lutar com Mariah. Ela desviou de seus golpes, se curvou para trás impedindo que as garras lhe cortassem, saltou em uma ruína e sumiu nas costas dele batendo com força em seu cabeça, ele a girou e a pressionou contra o chão, mas Mariah emanou poder mais uma vez que Killian cambaleou para trás. Ela pegou a espada e o cortou no peitoral, ele grunhiu de dor, mas não se abalou, o sangue ainda estava sendo drenado, logo os filhos de Elys estariam mortos. Mariah tentou chegar ao Livro, mas Killian a puxou pelos pés, tentou jogá-la da torre, mas Mariah quebrou o pulso dele e voltou a deferir golpes contra a criatura.

- Mariah!! – Pedro gritou.

Mariah não olhou para ele nem para a feiticeira. Apenas gritou por cima dos ombros.

- O Livro! Feche o Livro!

Killian bateu a cabeça dela n chão várias e várias vezes, mas Mariah parecia não sentir nada, ela agarrou seu pescoço com a espada e pressionou a lâmina entrando na pele dele, ele gritando de dor. Ela olhou nos seus olhos e viu lágrimas brotarem, não esperava por aquilo. Mas sua distração causou a vantagem do monstro que a mordeu no ombro fazendo-a urrar de dor. Lis tentava fechar o livro mas havia uma magia o protegendo ela olhou para Pedro, com temor.

- Vai demorar mais do que eu imaginava. Tire-as daqui.

Lis largou a espada e começou a falar em sua língua nativa dos feiticeiros, pronunciava como um sussurro para o livro que brilhava como sol. Pedro pegou a espada e começou a quebrar as correntes, assim que Lia se desvencilhou da coleira de metal, seus olhos brilhavam dourado e tentou se levantar, mas, estava muito fraca para isso. Ela olhou para tudo ao seu redor e buscou forças pra ficar de pé.

- Lia você está bem? – Pedro tocou o ombro da menina que o olhou como se assimilasse quem ele era. Ela sacudiu a cabeça e se levantou.

- Vamos sair daqui.

Foi tudo que disse, ajudando-o a carregar as garotas, Niara estava desacordada, Ártemis cambaleava exausta e ferida. Quando se aproximaram de Bethânia a mesma se encolheu e os olhos com o rosto inchado pelas lágrimas.

- Vão, antes que ele perceba. – Disse.

- Você não pode ficar.

- Eu sei o que estou fazendo.

Pedro a olhou por um longo tempo. Mas respeitou a vontade da fada. Seguiram as escadarias para baixo, pelos fundos do castelo, ele não arriscaria passar com elas pela arena. Quando se aproximaram, Maicon e Victor os aguardavam. Lia correu para abraçar os irmãos de batalha, logo depois colocaram Niara e Ártemis nas costas deles, Lia também subiu estava fraca demais pra se transformar. Maicon olhou para Pedro.

- Vamos.

Pedro respirou fundo. Não ia embora sem Mariah.

- Leve-as para Aldeia, dê comida e água. Não voltem.

Maicon curvou um pouco o rosto em um gesto de respeito ao vampiro.

Pedro voltou para dentro, encontrou alguns renegados no salão principal, que agora estava em ruínas. Seu corpo ficou tenso, suas mãos inflamaram em chamas que logo se tornaram labaredas. Até seus olhos pegavam fogo. Ele correu para luta sem hesitar.

[...]

Na torre, Mariah era elevada com o pescoço nas garras de Killian se debatendo contra sua força. Lis estava quase fechando o livro, mesmo com toda resistência da magia. Killian a arremessou mais uma vez contra o chão, e Mariah chutou seu abdômen com grande força e ele se afastou, foi quando percebeu que suas prisioneiras tinham escapado. Inflou seu peito e riu, uma risada profunda como se o som viesse de uma caverna. Ele se voltou para Lis que estava de costas.

- Já está tarde, minha irmã. Agora você me trouxe o elemento final. – Ele segurou os cabeços de Lis e a arrastou para longe do livro que se abriu novamente, com sua garra ele cortou a garganta da feiticeira que se debateu contra a mão dele, veias enegrecidas surgiram na ferida. Killian voltou a citar a magia profunda, uma nova ventania os envolveu. O poder de Lis começou a entrar em Killian, seus olhos brilharam em um azul turquesa fluorescente. Mariah se levantou e pegou a espada celestial, seu corpo se encheu de marcas brilhantes, seus olhos acenderam como as chamas da justiça, ela pegou impulso em uma ruína e depois em outra mais alta. E o feriu gravemente no ombro, a ferida brilhou e queimou e derreteu sua pele. Killian largou a feiticeira e parte de seu poder se perdeu na transfusão, estava enfraquecendo mais uma vez. Voltou a forma humana, mas ainda era três vezes mais alto e mais forte.

- Para matar você. Não precisarei de tanto esforço!

Killian puxou a espada dourada que sempre carregava e bateu de frente com Mariah. Um embate colossal que fez o coração de Elys pulsar mais forte. Outros golpes foram deferidos, mais forte, mais rápido, cada vez mais, Killian a desarmou em certo momento Mariah tentou usar seu poder mas Killian a reprimiu outra truque que tinha aprendido com o Algharka. Ele chutou seus joelhos a fazendo ficar na posição, ela se lembrou do que sentiu fúria, desprezo, vingança. Mariah se levantou e sentiu a lâmina de Killian em seu pescoço.

- Últimas palavras? – Ele inclinou um pouco a cabeça.

Mariah bateu na espada com a celestial e voltaram a duelar como os antigos deuses faziam. O vento os desequilibrava, mas a experiência e a habilidade superavam o tempo ruim. Ele deferiu uma sequência de golpes e alguns deles acertaram-na. Ele estava pronto para mata-la quando algo quente tocou suas costas, tinha sido atingido pelo fogo. Olhou para trás e era Pedro, enfurecido ele avançou e a luta mudou de oponente. Pedro lutou com grande bravura em nenhum momento hesitou, suas espadas cruzaram a de Killian que estava irritado com o desafiante. Mariah interviu lutando ao lado do Marido. Ainda sim, o maldito era mais forte o poder de seis dos sete seres maisi poderosos corria em suas veias. Em um movimento rápido e Preciso, Killian desarmou Mariah mais uma vez a arremessando para longe aos pés do pedestal onde o livro estava.

- Você me tirou tudo que eu tinha Mariah! – Killian tirou a espada que estava cravada em uma pequena fenda. – Agora chegou sua vez.

A espada cortou o vento e desceu sobre o peito de Pedro, atravessou seu corpo exatamente no lugar do coração, a espada queimou o corpo do vampiro, o ferimento incurável se espalhou por todo o resto. Não houve cerimônia para sua morte, foi rápida e dolorosa. Todos os cantos de Elys, ouviram o grito de horror da Herdeira Mestiça, uma onda de poder foi liberada junto com seu coração partido. Todos desde os campos da arena até o topo das montanhas sentiram a perda de Pedro Molfenter através da dor que emanou da Herdeira. A ventania ficou ainda mais intensa, Mariah se ergue com grande dificuldade agarrou o cabo da espada celestial os olhos dolorosos, as lágrimas correndo seu rosto, o coração morto. Ela caminhou em direção a Killian.

O Algharka foi selado com um grande som de impacto, ao bater, Bethânia era quem tinha as mãos sobre o livro, seus olhos brilhando em um rosa incandescente. Mariah continuou seu caminho, as espadas se cruzaram novamente, Mariah o atacou sem intervalo, de novo e de novo, cada vez mais furiosa. Ela girou e se inclinou para frente, descendo a espada contra o peito de Killian e a girando em seu peito, lâmina atravessou mais não foi o suficiente, ela chutou seus joelhos e o deixou aos seus pés, segurou sua cabeça e chegou perto suficiente para sentir o medo em sua carne. Ela tremia muito, e seus olhos não paravam de chorar.

- Você quer ver algo queimar, irmão. – Falou entre dentes, e então deslizou sua mão sobre a espada celestial que incendiou. Ela pisou em seu peito e o pressionou, Killian a olhou com os olhos arregalados. Ela ergue a espada flamejante e a enfiou no peito dele. Ele não gritou, o corpo queimou por completo e ele a olhou com pesar antes de a vida deixar seu corpo. Não havia remorso neles. Nem mesmo culpa. Ele estava em paz com toda dor que causou.

Mariah correu para o corpo de Pedro, ela o abraçou e o balançou por um tempo em seus braços, chorando e sussurrando para ele que queria que ele acordasse, que precisava que ele acordasse. Ela permaneceu assim por um longo tempo. Não pode se despedir, nem dizer o quanto o amava. Não podia imaginar seu futuro sem ele. Não podia acreditar, que o amor da sua vida estava sem vida em suas mãos. Ela perdera coisa demais, não podia perde-lo. A guerra podia ter sido vencida, mas seu coração perdeu o que mais importava. Ela berrou e resmungou, e chorou se permitiu sentir o luto de todos que partiram durante a jornada. Quando finalmente conseguiu respirar, ela tocou o rosto gélido de Pedro e o transformou em folhas de ouro puro. Ela guiou a bruma de folhas até a beira da torre e deixou que os ventos agora calmos como uma brisa o levassem para o horizonte, as lágrimas correram seu rosto e morreram em seus lábios, em seu coração ela se despediu. Pedro havia sido um homem corajoso, um vampiro honrado, um príncipe e o mais importante a pessoa que mais a amou, que deu sua vida por ela. Jamais seria esquecido. Jamais seria apagado a história de Elys. Ele viveu no sofrimento, e na culpa. Mas agora, finalmente encontraria paz. Ele partiu, mas ainda vivia dentro de Mariah. E viveria para sempre.

- Eu te amo, Pedro Molfenter. 

 Sussurrou para o vento. 

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