UM FRAGMENTO DE EMPATIA

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Ao saírem da gigantesca escadaria, o grupo se deparou com uma estrada curta e mais ao longe já podiam vislumbrar o palácio real dos Elfos. A floresta ali era ainda maior e mais colinas e alpes subiam cobertos pelas nuvens. A paisagem estava tingida nos tons do entardecer, Os últimos raios de sol refletiam na estrutura do palácio feito de prata pura. Nenhum deles conteve a expressão de encanto e surpresa.

- Vamos é por aqui. - Ártemis ia à frente guiando os novos visitantes.

Mais alguns minutos e chegaram á entrada do vilarejo Nascente. As casas eram feitas de madeira antiga, mas pareciam ser muito fortes, milhares de elfos saíam nas janelas, os que estavam na rua não podia esconder o espanto. E todos se pareciam adornados de prata, olhos em um tom alaranjado, alguns se assemelhavam ao tom do entardecer, rostos perfeitos que pareciam ter sido esculpidos por Donatello. Ninguém se atreveu a falar ou intervir no caminho de Ártemis até chegarem a ponte da cascata de ouro. Um elfo muito mais alto que ela, veio em sua direção, usava armadura e segurava o cabo da espada na bainha. Ele tinha cabelos escuros em um tom preto azulado e seus olhos eram acinzentados era diferente dos outros.

- Princesa, o que está fazendo? Com...eles.

- Eles são dignos, passaram pelos Fenrirs e desejam ver o Rei.

- Impossível. - Murmurou ele, subestimando-os.

- A Herdeira Mestiça está aqui, Vartan. - Declarou Ártemis se voltando para Mariah que deu um passo a frente, mostrando a ele os olhos violeta.

- Por Lilian, isso não é bom. - Vartan não parecia estar feliz. - Seu pai. - Limpou a garganta se auto corrigindo. - O rei, deu ordens muito claras sobre, os visitantes.

- Oh eu imagino. - Ártemis revirou os olhos. - Me acompanhe ou saia da minha frente. Nossos amigos estão esperando.

Ártemis deu um sorrisinho a Lia que revirou os olhos.

Vartan vendo que não havia mais nada a se fazer, apenas deu as costas e começou a andar, olhou para trás por um instante.

- Vamos. Ele vai adorar a surpresa. - Seu tom esbanjava ironia.

Finalmente chegaram aos portões do palácio, onde estava entalhado na madeira fundida com metal, o símbolo da casa dos elfos, uma árvore seca. Maicon olhou para Victor e deu-lhe um leve cutucão.

- Nem em sonho eu conseguiria decifrar esse lugar. - Sussurrou ele.

- É encantador demais, é como se tudo aqui fosse perfeito. - Havia estranheza na declaração de Victor.

Vartan olhou para trás.

- Esperem aqui.

O general entrou pelas portas e as fechou. Deixando os outros esperando do lado de fora.

Melina se aproximou de Mariah e Lia.

- Esse lugar me da calafrios. - Comentou.

- Você pirou. Esse lugar é mágico. - Lia arqueou as sobrancelhas.

- Não sou fã de magia. - Melina encarou os próprios pés. Mas Mariah tocou gentilmente sua mão.

- Vai ficar tudo bem, será só uma conversa.

Melina assentiu não muito confiante.

Os portões se abriram novamente, Vartan parecia confuso.

- Ele vai recebê-los. Vamos.

O grupo junto a Ártemis e Vartan seguiram para o salão de prata, os tronos ali eram maiores, e neles o mesmo símbolo estava entalhado junto as linhas curvilíneas da letra E, Mariah se lembrou rapidamente da última vez que tinha visto esse símbolo. O barco de Kyle. Mariah encarou o rei nos olhos, não tinha medo da nobreza desde que passara um tempo com os Molfenters.

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