EPÍLOGO

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Quando amanheceu naquele dia tudo estava diferente. Elys renasceu completamente viva e poderosa, ouso dizer que ainda mais gloriosa. A Herdeira Mestiça desceu até a Arena caminhando entre os renegados que ainda estavam de pé. Em sua mão carregava a coroa do rei morto que Killian ostentava dizer ser sua. Em outra mão levava o Algharka livro dos Elfos e da Magia Profunda de Elys. Ela encontrou Seus maiores generais a sua espera. Bernard, Lis'Blair que havia sido curada pela menina Bethânia, Arya, Braham que representou as fadas em batalha, o rei dos Elfos Argadiel. Ela se aproximou do Rei Elfo e entregou o Algharka com grande respeito.

- Mantenha em um lugar seguro.

- Foi uma honra conhecê-la Mariah. - Ele disse pegando o livro com gentileza.

Mariah caminhou até seu povo, os mestiços. Estavam deslumbrados com a força que a Herdeira Mestiça emanava.

- Vocês conheceram a injustiça e os tempos sombrios. Gostariam de conhecer uma Elys livre?

Um mestiço sorriu para ela. Ela assentiu. Com respeito ao seu povo.

Voltou-se para seus generais.

- Nós iremos mudar Elys para melhor meus amigos. Espero que ainda estejam comigo.

- Sempre. - Todos assentiram para ela.

Mariah caminhou até os renegados que tinham se reduzido a um pequeno grupo. Os Dríades tinham perecido na guerra. Os Fenrirs rugiam nas suas costas intimidando os intrusos.

- Foram derrotados. Mais uma vez. Mas, a misericórdia está do lado de vocês. Desejam ficar? Precisarão se render e pagar pelo que fizeram. Não com morte mas com penitência. Ou podem ir embora. Sem mais mortos por hoje.

Os renegados demoraram a de pronunciar, sabiam que morreriam atacassem seria uma grande burrice. No fim se renderam, alguns partiram. Não ficariam por serem tão vazios quanto o oco de uma árvore velha.

[...]

Os anos correram desde a batalha dos renegados. Os inimigos foram instruídos a restaurar cada ruína causada ao reino das fadas e dos Elfos. O castelo Molfenter foi destruído por completo. Todo os territórios foram colocados baixo. Elys se unificou em um único palácio. O palácio de jade como foi chamado alguns anos depois.  Com seis tronos cada um com seu símbolo com sua tribo entalhada a partir de jóias preciosas. Em uma mesa de pedra em uma sala gigantesca adornada por flores tropicais, e janelas enormes com vidraças que se podia ver todos os campos. Era onde os líderes de seu povo se reuniam para discutir as mudanças ou apenas se reencontrar e jantar.

Mas não se engane, os reinos ainda existiam, seus palácios estavam de pé, todos tinham sua casa e seu povo. Ainda respeitavam cada tradição cada tribo. Os elfos tinham se tornado um povo receptivo nas Montanhas, tinham descido suas casas para os pés dela. Os Fenrirs guardiões ferozes, sumiram misteriosamente e nunca mais foram vistos. Os lobos continuaram a ensinar métodos de batalha, mesmo que a paz reinasse nas terras encantadas, ser um guerreiro inspirava os novos sobrenaturais a serem pessoas melhores. Os vampiros viviam em uma aldeia criada na floresta do Éden um lugar seguro para caçarem e terem suas vidas com dignidade.
O reino dos tritanos nunca esteve tão claro e alegre como agora. As irmãs Mader viviam em harmonia e Arya tinha se tornado a melhor rainha que os mares já viram. Sendo conhecida por sua bondade e gentileza. Os feiticeiros retornam a sua terra, sendo reclusos como sempre mas ainda sim mais afetuosos que o comum. Lis tinha recuperado sua postura como líder e maga dos feiticeiros, abençoada pelos anciões. Lis e Arya se casaram. Seus povos entraram em uma harmonia que nenhum outro lugar presenciou. Quanto as fadas, Bethânia tinha revelado seu poder de cura e salvou seu povo da morte, o reino foi reerguido e uma estátua de Celine feita de pedra foi erguida em um jardim majestoso no centro da entrada principal das casas das fadas. Diversas homenagens foram feitas em seu nome por decreto da nova Rainha. Bethânia. Apesar de ser nova demais, a garota não tinha medo do poder, era sábia e pura de coração. Braham sorriu na cerimônia de coroação, ele sabia que o povo das fadas seria feliz como nunca tinha sido antes.

[...]

Uma ponte sem outro lado tinha sido construída no palácio de Jade, tão alta e plana para poder ter a vista completa de Elys e todos os seus povos. Mariah estava nela, de pé, usando um longo vestido dourado como o sol de ombro a ombro, uma coroa de folhas de ouro adornava seus cabelos. O sol se punha naquela tarde, o dia em tons de verão se despedia beijando o Horizonte gentilmente. O povo de Elys finalmente estava feliz. Os tempos de ouro tinham chegado aquelas terras. E a magia pulsava em cada criatura da floresta, em casa árvore, em cada criança que corriam pelos campos, em cada casal apaixonado, em cada povo que cantarolava em volta de uma fogueira. Elys era um lugar melhor, um paraíso na terra. Um lugar encantador para se viver.

- Mariah. Estão te esperando. -Thomas usava um uniforme novo, como conselheiro da Rainha de Todos os Reis.

- Claro. Vamos.

Os dois entraram e seguiram para a sala dos tronos. Todos estavam lá, todos tinham sido convidados para o grande momento. Os cinco reis e rainhas se assentavam em seus tronos. Mariah entrou e todos de curvaram perante ela. Caminhou até em frente aos outros. E olhou o povo com ternura.

- Conhecendo nossa história. Conhecemos nosso legado e a responsabilidade que tivemos em todas as mudanças de nossa terra. A história atravessará as estrelas do tempo e todos nós lembraremos também deste dia. Que nossos filhos aprendam a perdoar, a amar e principalmente a acreditar o impossível.

Um menino de dez anos se aproximou de Mariah, ele tinha olhos violeta como os dela, mas seus cabelos e pele eram brancos como gelo. Era como um anjo vindo direto do céu. Aurora surgiu deslumbrante em seu vestido branco carregava em uma almofada uma pequena coroa de ouro. Que Mariah pegou com cuidado.

- Em nome de todas as terras do Norte, Os vales do Sul e das profundezas do Lyn. Eu, Rainha dos Reis, Filha do céu e do inferno, ceifadora de profecias. Dou a ti, meu filho, a honra de ser Príncipe dos justos. - Ele colocou a coroa no menino que sorriu de orelha a orelha e se curvou perante todo o povo que o aplaudiu e comemorou com euforia.

- Viva o Príncipe Pedro, Viva o Príncipe Pedro!




A Herdeira Mestiça Where stories live. Discover now