Physical Education Teacher Z...

By DownToEarthButterfly

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Eles dizem "Professores e alunos não se podem envolver." Também eu dizia. More

Sinopse
Introdução
1
2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20 - Parte 1
Capítulo 20 - Parte 2
Capítulo 21
Capítulo 22
Boas notícias
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Warning
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39 - Parte 1
Capítulo 39 - Parte 2
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Informações à moda da Néeh
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Extra Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Extra do Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71 - Parte 1
Capítulo 71 - Parte 2 & Capítulo 72
Extra do capítulo 72
AVISO
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
ATUALIZAÇÃO
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Extra Capítulo 82
Capítulo 83
O Cabelo da Bella
Aviso
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Final da P.E.T.
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Extra do capítulo 93
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98 - Parte 1
Capítulo 98 - Parte 2
Capítulo 99
Capítulo 100
Epílogo
The Fanfiction Awards
Good Goodbye

Capítulo 94

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By DownToEarthButterfly

MEU DEUS, QUE CAPÍTULO ENORME, 5198 PALAVRAS, GENTE! NOSSA!

EU SEMPRE QUE ACHO QUE UM CAPÍTULO ESTÁ PEQUENO, BAM, ESTÁ ENORME. QUANDO ACHO QUE ESTÁ ENORME, TEM TIPO 2000 PALAVRAS, EU SOFRO!

bom, a PET faz 2 anos na terça-feira, dia 19! JÁ PREPARAM OS VOSSOS TEXTINHOS SOBRE A PET? preparem. Eu sou a Rainha Néeh, dona do Universo, a vossa suserana, chefe suprema das Carinhas, lacradora, sambadora profissional na cara das enimigaz e eu ordeno que escrevam textinhos QUE EU VOU TRAZER UM HOT - que nao consigo escrever, mas estou a tentar.

E NAO CONSIGO ESCREVER E SABEM PORQUE? A CULPA É DA JOANA DA MINHA TURMA DA PRIMÁRIA QUE LÊ A HISTÓRIA E DA GUIDA SSIIIIIMMM, EU TENHO SHAME QUE ELAS LEIAM, VAMOS OBRIGÁ-LAS A NÃO LER O CAPÍTULO SEGUINTE, SIM? OBRIGADA.

Bem, comentem este capítulo e votem, OBRIGADA pelas 170k leituras que estão quase a chegar, nossa, eu adoro-vos <3

*

Vesti-me da maneira mais lenta que pude, não para evitar a minha mãe, apesar de ser o que o meu subconsciente quer, mas sim porque parava várias vezes para simplesmente petrificar e me olhar ao espelho, como que à espera que o meu reflexo me dissesse o que fazer a seguir, mas o meu reflexo imitava tudo o que eu fazia pura e simplesmente. Até decidi secar o cabelo com o secador da minha mãe e da Martha, coisa que eu muito raramente fazia devido à preguiça.

Quando saí, o andar de cima estava vazio. Deviam estar todos na sala à espera do jantar ou estavam a falar com o Mark sobre a viagem de finalistas, coisa que também aconteceria comigo se eu estivesse junto deles. Fiz o meu caminho até ao andar de baixo para encontrar o Mark estendido no sofá a jogar Wii com a Martha, enquanto o Peter e a Catherine esperavam pela sua vez. O meu pai estava na cozinha com a minha mãe e embora não percebesse o que estavam eles a dizer, o tom das suas vozes era grave e sério, principalmente o da minha mãe.

Já sabia do que se tratava a conversa com a minha mãe, portanto seria melhor enfrentá-la o quanto antes e de preferência longe dos ouvidos dos meus irmãos. Estavam todos na sala e não pareciam ter grande vontade de a abandonar a não ser para virem jantar, mas a minha mãe nem o jantar tinha começado a fazer. Estava a falar com as mãos, tal e qual os italianos, e o meu pai estava sentado à mesa, com ambas as mãos na cabeça.

"Que me querias?" Perguntei, encostando a porta da cozinha para distorcer os berros que estavam por vir.

Ela virou-se para mim, vermelha de tão furiosa que estava.

"Recebi uma chamada do Diretor da tua escola ao sair do trabalho." Avisou. "Foi de tanta urgência que lhe ligaram ainda em Espanha e ele ligou mal chegou ao escritório. Bella, eu não sei o que é que tu fizeste, mas já ultrapassou os limites dos limites, já é intolerável e eu não consigo aguentar mais esta palhaçada."

Respirei fundo. Vou deixa-la despejar tudo o que tem para dizer e falar no fim, ou tentar falar, já que a minha mãe é como o Louis: o início das suas frases interrompem sempre o meio das dos outros.

"Deixei que isto andasse porque toda a gente estava contra mim e o teu pai disse que confiava em ti e eu também tentei confiar e venho a descobrir que não o devia ter feito. O que é que te passou pela cabeça? Como é que foste apanhada por uma professora, o que é que estavas a fazer no quarto dele? Eu exijo saber o que estavas a fazer no quarto do teu professor de Educação Física enquanto centenas de alunos vagueavam pelo mesmo sítio que vocês, e professores também!"

"Estava a passar tempo com ele."

"Mas tu não pensas? Passar tempo com ele é mais importante do que certificar de que ninguém vos apanha? Eu já estou farta disto, não queria que tivesse chegado a este ponto." Ela gritou. "Eu quero isto acabado, tudo. Não quero que voltes a falar com ele a não ser nas aulas, vais sair do Vólei, e desta vez é a sério, e acabaram-se as aulas de apoio extra e todas essas histórias."

"Já está acabado." Resmunguei. Não era oficial, nenhum de nós disse que acabou, mas até um cego vê e até um burro percebe que acabou.

Porém, a reação que obtive, tanto da minha mãe, como do meu pai, foi a mais inesperada. O meu pai finalmente tirou as mãos da cabeça e olhou para mim como se tivesse acabado de dizer que estava a pensar ir para um bar de meninas fazer a dança do varão e a minha mãe ficou até sem saber o que dizer, como se quisesse muito uma coisa que, depois de ter, afinal não queria.

"Ele teve a coragem de te deixar depois de descobrirem?" Indagou o meu pai, com uma pitada de irritação e ultraje nas suas palavras. "Aquele traste abandona a minha filha quando estão no mesmo barco? E pensar que eu falei com ele hoje sobre futebol, ele não merece que..." E calou-se, fechando as mãos em dois punhos e respirando fundo.

"O que é que aconteceu?" Perguntou a minha mãe.

Não foi para isto que me tinha preparado. Quer dizer, eu nem para o sermão me havia preparado, mas uma imagem da situação tinha, pelo menos, passado pela minha cabeça. Isto não. Eles estão a deduzir que o Zayn me deixou, por terem descoberto, e o meu pai parece querer matá-lo enquanto a minha mãe parece... chocada?, preocupada?

"É uma história longa." Teria de recuar até a uma festa depois de um baile de finalistas de uma turma de Ciências do secundário de há cinco anos atrás. Que incluía algo de que eles odiavam falar: a Anna.

"Eu não acredito." Exclamou a minha mãe, deixando-se cair sobre uma cadeira junto da mesa, mas logo se voltou a levantar, mais determinada do que antes. "Não, isto não fica assim, a minha menina não vai arcar com as consequências todas, ninguém vai estragar a vida de outro filho meu outra vez."

Claro que eles pensam o pior, claro que eles o querem matar. Depois de a Anna poder estar grávida de outra pessoa após cinco anos e meio de relação com o Mark e de estarem noivos, qualquer coisa é possível na cabeça deles.

"Ele não.." O que é suposto eu dizer? "Ele não me deixou porque descobriram; descobriram precisamente no momento em que ele me estava a deixar."

As lágrimas subiram-me aos olhos. Não sabia qual o adjetivo descrevia perfeitamente o meu eu de agora, contudo era claro. Eu estava destroçada. E o pior é saber que a culpa é minha.

"Eu escondi-lhe coisas." Prossegui, aguentando os olhos abertos o máximo de tempo que conseguia, pois as lágrimas iriam escorrer no momento em que eu pestanejasse. "E a Madison arranjou maneira de ele descobrir que eu lhe escondia coisas."

Nunca queremos escolher, ficamos sempre divididos entre ser leal a uma pessoa ou ser leal a outra, mas lá no fundo escolhemos, mesmo que não queiramos, mesmo que nem reparemos que os estamos a fazer. Não queria escolher entre ser fiel ao Zayn, entre ser leal ao Louis, mas escolhi, escolhi ser leal ao Louis, e isso magoou o Zayn. E se eu tivesse escolhido o Zayn, magoaria o Louis. Meti-me numa grande salgalhada e nem me apercebi, só quando já era tarde.

"Bella." Lamuriou-se a minha mãe. "E agora?"

E comecei a chorar. Não por estar destroçada, mas porque, talvez pela primeira vez a sério na minha vida, eu não sabia o que fazer e é algo que nos abala, é um terramoto sob nós, chegar ao fim de quase 18 anos de decisões tomadas previamente pensadas, com os prós e os contras calculados, com os dez anos vindouros planeados... e, puff, não sei nem o que fazer nos próximos dez segundos.

"Eu não sei." Comecei a respirar como se os meus pulmões fossem um carro a fazer paragens bruscas umas atrás das outras, inspirava cinco vezes seguidas, como se me faltasse o ar, e expirava tão rapidamente que nem despejava o ar todo. "O direitor quer falar connosco e eu não sei o que vou fazer, porque pensei que se algum dia isto acontecesse, nos iríamos apoiar um ao outro, mas correu tudo tão mal e ele agora nem consegue olhar para mim e eu não sei o que fazer."

A minha mãe começou a chorar também e abraçou-me. A minha mãe. Abraçou-me. E eu deixei-me estar porque parecia ser a única coisa que me ia acalmar.

"Eu vou arranjar maneira de resolver isto, vais ver, nem que tenha de incendiar a casa dele." Assegurou-me, apertando-me bem forte nos seus braços.

E era isso que eu queria. Eu queria que a mamã e o papá tratassem dos meus problemas, como nunca antes trataram.

A porta não deve ter abafado o suficiente, mas não é preciso ouvir-se claramente para se perceber quando é que uma pessoa está a chorar. Rapidamente a família se juntou na cozinha, todos os seus sete elementos, a maioria confusos, duas a chorar e dois quase a querer partir a decoração da casa. Ou, pior ainda, o meu pai queria matar o Zayn... o Mark queria matar o Harry.

"O que é que se passa?" Questionou a Martha, perdida no meio de um mar de emoções divergentes.

"Se é por causa do Harry..." Começou o Mark, entredentes.

"O Harry? Não é o Harry, é o outro traste, o outro traste abandonou a minha filha."

"Sim, abandonou, por causa do idiota do Harry."

A minha mãe largou-me: "Não sei o que aconteceu, mas estamos a falar do Zayn que deixou a Bella."

"Eu sei que deixou, eu estava lá, eu vi."

Isto confundiu ainda mais o ambiente. Principalmente a minha mãe.

"Tu estavas no quarto? O que é que estavas a fazer no quarto com eles?" (a mulher já está a pensar que estavam numa menage, e que os filhos estavam a praticar incesto meu deus)

Muito rapidamente se explicou o que aconteceu. O meu pai dirigiu os pensamentos homicidas para o Harry e a minha mãe juntou-se a ele, como se nunca tivesse odiado o Zayn, como se nunca tivesse sido contra a nossa relação, como se nunca tivesse estado do lado do Harry. Chegou a um ponto tão mortífero que o meu pai mandou o Peter e a Catherine para a sala, e quase mandou a Martha, mas sabia que ela não iria.

"É tudo culpa daquela cabra. A sério, eu nem a conheço e não a suporto." Carrancou o Mark, sobre a Madison.

"Eu vou ligar à Anne e vamos ter uma conversa, ela sabe a gravidade do problema, ela esteve cá quando nós descobrimos." Guinchava a minha mãe.

"Será que..."

A tranquilidade com que o meu pai falou depois de todo aquele ataque de raiva fez com que toda a gente se calasse, porque ninguém estava calmo, ninguém parecia sequer civilizado neste momento, e, no entanto, algo o fez esquecer os últimos dez minutos.

"Fala, homem!" Balbuciou o Mark.

"É só que... nós conhecemos o Harry há muitos anos e ele foi sempre tão... simpático, tão preocupado connosco e... assim, do nada..."

"Sabes o que é? É a homofobia!" Resmungou a Martha. "Fazer isso filme todo por causa de um gay gostar dele, é homofobia. É a doença dele."

"Não..." O meu pai abanou a cabeça. "Ela veio viver com eles este ano e ele começou a ser assim este ano..."

"O quê?" Por incrível que pareça, dissemos todos o mesmo ao mesmo tempo.

"É a doença dela." A Madison. "Tem de ser."

"Da Madison?" Inquiri.

"Lembras-te do que eu te disse? Que as pessoas com esse distúrbio tendem a manipular os outros por vários motivos, sendo que um deles é por simplesmente acharem a vida aborrecida e se quererem divertir com o sofrimento dos outros? É muito complexo, não penses que ela faz as coisas de um momento para o outro, ela pensa. E pensa muito. O Harry foi a peça chave dela, ela não anda só a brincar convosco, ela anda a brincar com ele. E tens de ver que tu pouco a vês e ela tem a tua vida na mão dela, imagina a do Harry."

"Ela não conseguiria obrigar a fazer algo que o Harry não quer."

"Na cabeça do Harry, talvez ele não esteja a ser obrigado." Franzi as sobrancelhas. Odeio quando o meu pai fala como um doutor, ninguém percebe a linguagem dos doutores. "Se ela o tiver feito acreditar em algo, o Harry fez o que fez porque quis, não porque ela lhe pediu. Ela pode ter-lhe contado lá sobre o teu amigo, o Louis, para desencadear aquela reação, mas ela não o obrigou a reagir assim. Sinceramente, acredito que ela já ande a manipulá-lo há muito tempo."

"Eu quero essa psicopata longe das minhas crianças." Disse a minha mãe, com veemência. "Já estou a ficar assustada, daqui a nada chamo a polícia! Anda uma criaturinha de Deus a gozar connosco através de outras pessoas, não, para mim chega."

"Blythe, não ias fazer nada. Se ela estiver diagnosticada com Manipulação Social, isso é um distúrbio, o que meio que justifica o que ela faz e tu não tens provas de que ela o está a fazer. É como digo, se fores falar com o Harry, ele acha que está tudo normal, porque não se sentiu forçado a nada."

"Pronto, então ligo ao manicómio. Serve, para mim." (o momento em que amamos a mãe da Bella, nem digam que não xp)

"Essas pessoas fascinam-me, para ser honesto." Confessou o meu pai. "De uma só vez, usar uma pessoa e afetar assim tanta gente com a mesma história, é incrível." (o pai da Bella é tipo o Qyburn de Guerra dos Tronos, fascinado com medicina. Pronto, vou-me calar.) 

E era. Usar o Liam e deitar o Zayn, o Louis e a Danielle abaixo, que faria o Louis deitar a Jessica abaixo e perder a amizade de todos eles, tudo isso com um simples beijo - ou ter saltado em cima do Liam. Usar o Harry para fazer o escândalo que fez e fazer uma chamada no momento certo e triplicar os danos. Quem precisa de catástrofes naturais com o furacão Madison?

No final desta história, a minha mãe desistiu da ideia de fazer o jantar e pediu ao Mark para ir buscar qualquer coisa ao McDonald's, e deixou-nos até exagerar nos nossos pedidos, porque merecíamos. Até mesmo o Peter e a Catherine, por levarem com tantos problemas sem sequer terem feito algo merecedor deles. O Mark saiu com a carteira cheia de dinheiro que a minha mãe lhe dera mais um guardanapo riscado com os nossos pedidos. Entretanto, deixamos que a poeira assentasse e dividimo-nos todos pela casa: as crianças foram jogar, a Martha foi para o seu quarto e o meu pai foi à garagem buscar qualquer coisa ao carro. Quanto a mim e à minha mãe, ficamos na cozinha. Não sei a fazer o quê, sinceramente.

"Peço desculpa."

O dia de hoje está cada vez mais estranho. A minha mãe continuava a chorar apesar de eu já me ter controlado, e desta vez não estava a chorar de frustração, porque não tinha razão, porque ninguém estava do lado dela. Mas por arrependimento, ao que parece.

"Eu não teria coragem." Confidenciou, com as lágrimas a jorrarem copiosamente. "Não teria coragem de ligar a polícia, nem de te mandar de volta para Londres, nem de ir falar com o teu diretor." E abraçou-me, enquanto fungava e me afagava o cabelo. "Eu só quero que sejas feliz e não quero que estragues a tua vida por uma coisa que pode muito bem ser passageira, podias não ter a mesma sorte que eu tive, que mesmo depois de me separar do teu pai consegui encontrar outra pessoa, eu não queria... eu não queria..."

"Mãe, calma." Pedi, tentando soltar-me do seu abraço para podermos falar... em condições.

"Não queria que te magoassem como me magoaram, e fizeram-no e parte da culpa é minha..."

"Não é." Interrompi, finalmente me libertando dela. "Não tiveste nada a ver com isto, o Harry teve."

"Mas magoei-te mais do que ele magoou, e mais do que o Zayn, eu devia ter-te apoiado, devia ter confiado em ti como o pai fez, eu lamento imenso!"

Os olhos dela brilhavam, mais azuis do que nunca. Eu nem conseguia ficar zangada. Porque é que eu tenho este problema? Porque é que eu não consigo ficar zangada com ninguém?

"Bem, tu estás aqui agora, no momento em que eu mais preciso, e eles não. Está tudo bem." Suspirei e ela voltou a abraçar-me, limitando-se apenas a chorar novamente.

O Mark chegou vinte minutos depois de ter saído com três sacos de papel cheios até cima, a reclamar do preço de toda aquela comida, que quase quarenta dólares para sete pessoas eram um abuso e que deviam fazer descontos a famílias numerosas, que gastam o dobro que uma família normal gasta, etc., etc. Comemos todos na sala, em cima do sofá, sentados na carpete, a ver Ponte para Terabitia.

POV Zayn

O Liam estava a ver o jogo comigo, mesmo que o tivesse visto no dia anterior em direto, prometendo não me contar nada e, mesmo assim, contando o que se lembrava. O Yasuo tinha engordado dois quilos durante esta semana e tenho a certeza absoluta de que a Waliyha é a culpada, aposto que lhe deu toda a comida que o cão guloso pedia. Parece uma bola, se o empurrar ele começa a rebolar.

Ia a meio de uma Guiness quando tocaram à campainha. O Yasuo era o tipo de cão que só ladrava quando o cheiro era desconhecido, quando não sabia quem era a pessoa que estava por detrás da porta. Para além da minha família, o Yasuo só não ladrava ao Liam, ao Louis e à Bella, e julgo que também não ladrava à Anna. Portanto, quem quer que esteja do outro lado não é nenhum estranho; ou isso ou o Yasuo está tão gordo que nem força tem para correr até à porta e ladrar.

Levantei-me, pousei a garrafa de vidro em cima da mesa de centro cheia de migalhas das seis tostas mistas que fiz para mim e para o Liam e dirigi-me à porta. Era o Louis.

Este sacana tem uma coragem colossal, a sério. Ou isso, ou quer que eu o assassine.

"Baza." Preparei-me para fechar a porta, mas ele empurrou-a e entrou, andando logo até quase às escadas que dão para o andar de cima.

"Ouve o que tenho a dizer." Suplicou ele, com o calcanhar assente no primeiro degrau, como se estivesse pronto para fugir de mim a qualquer momento.

"O que é que estás aqui a fazer?" Perguntou o Liam, desligando a televisão e pondo-se de pé.

"Tu." Apontou o Louis para o Liam. "Oh sim, eu gostei tanto de ti, e tive muitos pensamentos impuros, admito, até sonhos tive. Sou viciado em sexo, lamento, é por isso que me dou tão bem com a Bella. Odiava a Danielle, a sério, odiava-a naqueles primeiros momentos em que ela te conseguiu e eu não, a sério, cheguei até a ponderar comprar um quadro de Ouija, chamar uns espíritos e fazer uma macumba qualquer para que ela tivesse um acidente, mas não comprei, gostava de dizer que não comprei porque desisti da ideia, mas não comprei porque uma das regras do Ouija é que não se pode jogar sozinho e, como é óbvio, eu não ia pedir que sacrificassem a Danielle com outra pessoa!"

"Que é que estás para aí a dizer?" Indagou o Liam, tão confuso que se podiam ver até rugas na sua testa.

"Estou a ser honesto, calem-se e oiçam." Ele subiu dois ou três degraus, já com a mão no corrimão. "E admito que acreditei a 100% que podias vir a gostar de mim e que sentirias ciúmes se me visses com outra pessoa e a Madison reparou!"

"Não vais falar disso." Sibilei entre dentes. Ele subiu mais degraus e só agora é que reparei que eu próprio estava quase junto das escadas, como se parte de mim, cá dentro bem enterrada, desejasse persegui-lo, enfiá-lo num saco e atirá-lo de um penhasco.

"Eu tenho de explicar o que aconteceu!"

"Eu sei o que aconteceu!" Gritei.

"OH MEU, TU NÃO SABES ESTAR CALADO DURANTE UNS MINUTOS? TAMBÉM FALAS PARA A EVANSZINHA?"

"Falo para quem?"

"ESQUECE E CALA-TE!" Ele berrou. "A Madison disse para eu saltar para a Jessica, OK? E disse que ia trazer o Liam para junto de nós e foi isso que eu fiz! Eu não sabia que ela ia saltar para cima dele, a sério, eu saí tão prejudicado naquela noite como vocês!"

"Só o facto de fazeres um plano para eu ter ciúmes é ridículo."

"E tu achas que eu não sei? Apercebi-me disso tarde demais e lamento imenso, a sério, mas eu não sabia o verdadeiro plano dela, não há nada de que eu me arrepende mais do que o que aceitei fazer naquela noite, por ti, pela Jessica, pela Danielle, e pelo Zayn."

"Tu podias ter-nos contado!" Constatei, com um pé já em cima do primeiro degrau. O Louis já tinha chegado ao segundo lance de escadas, debruçando-se sobre o corrimão para não nos perder de vista.

"Eu sei que podia, mas eu tinha medo!" Explicou. "Eu sou uma merda, OK? Os únicos amigos que tenho são vocês e já vos conheço há anos, é por isso que gosto tanto da Bella, é tipo... a única amizade que eu fiz nova, em vinte e três anos de vida! Eu não tenho amigos na Universidade e as pessoas com quem trabalho no McDonald's nem de mim se despedem quando se vão embora!"

"Oh, por amor de Deus, Louis, poupa-nos." Rosnou o Liam, ultrapassando-me. O Louis chegou ao andar de cima e eu preparava-me para subir o segundo lance de escadas.

"É verdade." Insistiu. "A sério. Eu tinha medo que me deixassem por causa disto e foi isso que aconteceu e não fazem a menor ideia do quão eu me odeio agora mesmo. Nem mesmo a Bella me fala, até nisso a Madison fez um bom trabalho."

Quando ambos chegamos ao andar de cima, o Louis olhou em volta, procurando uma saída. Sem saída possível que não fossem os quartos ou a enorme varanda do meu escritório, ele passou por cima do corrimão e saltou para os degraus de baixo, com sorte caindo direito e sem se magoar. O Liam logo deu a volta e desceu as escadas enquanto o Louis desatava a correr pelo corredor fora, à medida que eu descia as escadas atrás do Liam, e abriu a porta da sala de jantar.

"Sabes durante quanto tempo a Danielle não me falou?" Bradava o Liam, abrindo a mesma porta por onde o Louis tinha entrado e fechado em seguida. Eu também entrei na sala de jantar, vendo o Louis do lado de fora a fechar a janela que dava para o jardim das traseiras. "Sabes o que aconteceu ao Zayn nos meses seguintes? Merdas que o perseguem há cinco anos?

"EU SEI!" Ele gritava, o som da sua voz abafado pela janela fechada. "Eu peço imensa desculpa, a sério, eu admito que só fiz merda e que devia ter pensado, isso persegue-me há cinco anos e ninguém alguma vez se arrependeu tanto na história da humanidade como eu me arrependi."

Nem cinco segundos se haviam passado e já estávamos do lado de fora da minha casa, com um frio infernal a gelar-me os ossos e o vento gelado que nem facas a passar-me pela pele.

"E qual foi a necessidade de arrastar a Bella para isto?" Questionei, a raiva a tomar conta de mim. "Diz-me! Qual é a puta da tua necessidade de a arrastar para todas as tuas merdas e obrigá-la a escondê-las de mim!? DE MIM! O TEU SUPOSTO MELHOR AMIGO, A SÉRIO, DIZ-ME!"

De costas, o Louis tropeçou no meu campo de futebol que era mais elevado do que o resto do chão. Por pouco não caiu e subiu para o campo, continuando a andar de costas, vermelho de cansaço.

"É como eu disse!" Ele arfou. "Cinco anos com isto preso cá dentro, ela foi a única pessoa com quem eu consegui falar, e tudo o que eu lhe disse, ou ela descobriu primeiro, como quando descobriu que era gay, ou a Madison tratou do assunto, como quando eu tive de lhe contar sobre a noite do baile de finalistas."

"Tu não podes pensar nas outras pessoas durante um bocado?" Perguntei. Tudo o que o Louis fez podia ter sido evitado se ele pensasse nos outros durante um nanossegundo.

"Eu sei!" Repetiu. "Eu já disse que sou uma merda, um egoísta de primeira que acha que sofre mais do que os outros e que não merece nada daquilo por que estou a passar, eu sei! Mas acredita em mim, eu já percebi isso!, já percebi que pensar em mim não só fodeu os outros como me fodeu a mim mesmo, já sei que não sofro mais do que os outros e, se sofro, a culpa é minha e sei que tudo aquilo pelo que estou a passar, eu mereço!, cada pessoa que me vira as costas, eu sei que mereço, eu sei que elas têm todos os motivos para o fazer, eu sei! E é por isso que estou a pedir desculpa, não só a vocês os dois, tentei falar com a Bella quando ela chegou a casa, mas o pai dela só dizia merdas do tipo Jovem, tem de abandonar o meu alpendre; Jovem, afaste-se da minha filha."

"Louis, tu tiveste cinco anos para o fazeres!" Disse o Liam, desatando a correr atrás dele, levando o Louis a desatar a correr também. E lá estavam eles os dois, à volta do meu campo de futebol, como se estivessem a jogar à apanhada. "Tivemos de esperar que o pau ranhoso nos contasse!"

"EU SEI!" Berrou, novamente. "EU SEI, EU PEÇO DESCULPA, EU NÃO SEI O QUE MAIS FAZER, EU ESTOU DISPOSTO A FAZER O QUE VOCÊS QUISEREM, O QUE FOR PRECISO PARA QUE ME PERDOEM!"

"APAGA OS ÚLTIMOS CINCO ANOS E NÓS PERDOAMOS-TE!"

"Liam, não sejas insensato, sempre soube que eras sonhador, mas pede-me algo possível."

Mesmo nos piores momentos, o Louis tenta fazer as suas típicas piadas. Na maioria das vezes, as pessoas perdem-se no meio das gargalhadas e esquecem o assunto, noutras vezes as pessoas estão tristes e animam-se. E, depois, temos uma destas situações, em que se a nossa fúria está a 100%, com as piadinhas dele passa a 200%. O Liam conseguiu agarra-lo pelo casaco e encostou-o ao poste da baliza.

"Apenas pára de tentar, Louis!"

"Eu peço desculpa."

"Dizes-te nosso amigo mas não te importas de sacrificar a nossa felicidade se isso implicar que tu fiques bem! Eu não posso ter um amigo assim, se me quiser foder, conto um segredo meu à Madison e espero pelos resultados a longo-prazo!"

Suspirei: "OK, Liam... larga-o. Vamos falar civilizadamente, vamos ser racionais, chega de correr pela minha casa."

O Liam largou-o, respirando fundo e afastando-se. Fez-se silêncio durante uns tempos e, posteriormente, o Louis descolou-se do poste da baliza e decidiu falar.

"Não posso fazer mais nada por agora a não ser pedir desculpa, e volto a pedir se for preciso: desculpem, a sério. Eu estou muito, muito, muito, muito, MUITO arrependido, eu juro pela minha mãe, pelo meu pai, pela Lottie, pela Fizzy, pelas gémeas, pelo meu trabalho no Mac, pelo meu curso na universidade, pelos meus avós, pelo que quiserem." Implorou. "Mas se não me quiserem perdoar, eu percebo, mas por favor, Zayn."

Ele olhou para mim, engoliu em seco e apertou os lábios.

"Eu vi a Bella." Desviei o olhar. "Ela está miserável, por favor! Ela não fez nada de errado, eu sei que ela escolheu proteger-me, mas ela não tem culpa, é uma das grandes qualidades dela e não vais encontrar ninguém que seja tão leal como ela é, eu peço desculpa por a ter colocado nesta situação, mas por favor, fala com ela!"

"Louis... tu tens noção de..."

"Tenho!" Interrompeu. "Eu tenho noção do que é que ela fez e percebo que estejas furioso, mas por favor!, a culpa não é dela, é minha."

Eu estava tão zangado; tão, tão zangado, profundamente irritado com o facto de o Louis ter escondido o motivo dos piores cinco anos da minha vida e de a Bella saber e não me contar. A última coisa que queria era olhar para o Louis, olhar para a Bella, olhar para a Madison, porém, eventualmente, terei de o fazer - menos com a Madison, quanto menos a vejo, melhor fico. E o pior é que eu fiz o que fiz, eu disse o que disse, e a Bella perdoou-me e passou uma borracha pelo momento em que eu lhe atirei à cara que ela não pode engravidar, para defender a Anna que tanta merda fez com o irmão dela. E, no entanto, cá estou eu, a não perdoar a minha namorada por ter sido uma ótima amiga quando ela me perdoou por eu ter sido um grande idiota.

"Sabes o que aconteceu a seguir?" Perguntei.

"Quando?"

"Depois de a Madison me ter contado o que tu fizeste, eu falei com a Bella no hotel, sabes o que aconteceu a seguir?"

Ele franziu o sobrolho: "Suponho que vocês tenham discutido..."

"E o que aconteceu depois de discutirmos?, ou melhor, o que aconteceu enquanto discutíamos?" O Louis fez um não com a cabeça. "Apanharam-nos. Por tua causa, por teres enganado a Bella para tentares comer o Harry ou o que quer que te tenha passado pela cabeça, ele entrou-me pelo quarto adentro aos gritos, a gritar com a Bella, e atrás dele vieram duas amigas da Bella que não faziam a menor ideia do que se estava a passar. E quando a Madison me ligou, era eu quem estava aos gritos, e sabes o que aconteceu a seguir? Apanharam-nos! Uma professora entrou pelo quarto adentro no momento em que eu reclamava do facto de a Bella ser a minha namorada e te ter protegido. Eu posso ser demitido e nunca mais arranjar um trabalho na minha profissão, ela pode ser expulsa e não entrar na universidade, e tudo porque tu não consegues controlar as tuas hormonas!"

Novamente, o Louis ficou sem palavras. Talvez tenha sido um pouco duro, mas o Louis é o centro deste problema. Bastava ele ter sido honesto, dizer que não precisava de estudar alemão, que simplesmente queria a companhia do Harry, para a Madison não ter nenhuma carta na manga, para não ter um motivo para irritar o Harry e o fazer invadir o meu quarto de hotel e trazer a trupe toda atrás, fazendo tanto barulho e levando os outros a fazer tanto barulho também que a Candice ouviu tudo do seu quarto e decidira investigar.

Pronto, fui demasiado duro, fui demasiado direto. Era óbvio que ele estava a falar a sério, ele estava arrependido, e eu acabei de lhe atirar com outra coisa pelo qual ele se vai arrepender para o resto da vida. E nem sequer foi só isso: eu acabei com a esperança dele. Ele esperava, bem lá no fundo, ele esperava resolver as coisas e eu acabei de lhe mostrar que não pode porque os estragos não eram só de há cinco anos atrás, os estragos não eram só uma zanga entre mim e a Bella. Era mais do que isso.

"OK, já percebi." Murmurou. "Estão todos melhor sem mim, já percebi."

"Não foi isso que eu quis dizer." Embora tenha parecido exatamente isso.

"Desculpem. Tu, o Liam, a Bella... toda a gente!, desculpem. Eu sei onde fica a saída."

E eu tive a lata de ficar a vê-lo ir-se embora.

OK, vamos ter uma conversa com o Liam e fazê-lo ter calma, fazê-lo desculpar o Louis, porque, foda-se, o gajo está arrependido!, depois vamos falar com a Bella e resolver esta merda, tenho saudades dela. Depois vamos falar com a Danielle e com a Jessica e contar-lhes o que o Louis nos disse, porque foda-se, mesmo. E depois vamos falar com o Louis... porque embora ele ache que estamos todos melhor sem ele, eu cá acho é que estamos todos na depressão sem ele. E depois vamos tratar da Madison e acabar com esta merda, ela já anda a gozar connosco há demasiado tempo, já chega. E, por fim, vamos falar com o Horan e aceitar a responsabilidade e arcar com as consequências.

Estou farto de dramas.

AREN'T WE ALL, ZAYN? ESTAMOS TODOS FARTOS DE DRAMA POVO EU SEI, POR ISSO É QUE ESTOU QUASE A ACABAR COM ESTA PORRA DRAMÁTICA, JOGAI OUIJA TODOS JUNTOS E SACRIFIQUEM A MADISON DE UMA VEZ MEU DEUS.

Adiante, peço desculpa pelo Louis, prometo que não o faço sofrer mais <3 é o meu bby :( adiante, admitam QUE ADORARAM ELES OS 3 A CORRER PELA CASA DO ZAYN, A SÉRIO, EU ESTAVA A ESCREVER E A RIR-ME BUÉ SOCORRO

E admitam que ficaram chocados com oeu fiquei com o preço da comida do mcdonald's, 36 libras e 33 "centimos", esqueço sempre o nome das little coins, nossa, ADIANTE

Obrigada por chegarem até ao capítulo 94( i gotta get a life jeez) e COMENTEM QUE A SUSERANA MANDA, obrigada ^^

até breve!

Néeh!

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