DE AMIGO PARA NAMORADO - Desc...

By BobbyEliot

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Aviso: Esse livro contém nudez, linguagem imprópria e cenas explicitamente sexuais não recomendada para menor... More

Livro de Rostos
Introdução
Capítulo 1 - Negação
Capítulo 2 - Raiva
Capítulo 3 - Medo
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40 - Parte 1
Capítulo 40 - Parte 2
Pós Créditos
Entrevista
Talk Show
O (Tal do) Talk Show
Aviso

Capítulo 37

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By BobbyEliot


O mês passou rápido e ao mesmo tempo se arrastando, era horrível não ter nada para fazer ou fazer pensando em Filipe, não íamos mais pra escola juntos, na sala um sentava longe do outro e não trocávamos nenhuma palavra.

Duas semanas haviam corrido e nada, eu nem sabia o que sentir, só sabia que a cada dia a falta da presença de Filipe abria um buraco no meu coração, eu realmente queria algo novo, mas não queria ter o novo e perder meu amor, eu amava meu namorado e lhe perder não era uma opção.

Caio quase não falava mais comigo, nossas maiores conversas eram na sala, ele havia ficado bem chateado, pois eu tinha estragado tudo o que fizemos juntos para trazer Filipe e quando eu o tive em meus braços lhe joguei longe.

Ritinha era quem mais ficava comigo, me fazia rir e me chamava dos piores nomes, mas eu sabia o que era tudo para que eu desse algumas risadas, aquilo era bom, me distraia, ás vezes eu ligava para a menina apenas pra ficar um pouco menos triste.

Quando eu não estava treinando ou malhando no clube estava dentro do meu quarto, só saía para fazer as refeições, isso porque minha mãe exigia minha presença na mesa, eu adorava ficar lembrando dele, do seu cabelo e de seus olhos.

Achei o ingresso do jogo da seleção brasileira e meu rosto se iluminou, lembrei o quão bom foi aquele dia, logo corri para o computador e abri a pasta com as fotos dele, era tão bonito e sensível, conter as lágrimas era impossível, dava um aperto no peito que eu não sabia nem explicar.

E assim foi durante toda primeira semana, até que minha mãe entrou no quarto e falou que repetir de ano não iria me trazer Filipe, eu sabia que aquilo não ia acontecer, pois minhas notas estavam boas, mas ela não queria que eu fosse mal nas provas.

*

Estudar era minha rotina, eu fazia aquilo com vontade, estudava alguma coisa que eu tinha dificuldade e depois pegava uma matéria que eu gostava, assim conseguia estudar por mais tempo e sem ficar cansado, Filipe que havia me dado essa dica.

Saudades dele.

E aconteceu que no dia da prova eu estava rindo, aquela semana inteira seria daquela forma, faríamos prova e iríamos embora, pois não havia mais matéria para ser aplicada, na maioria dos dias teríamos duas provas e em alguns teríamos três.

A cada dia eu tinha menos coisa para estudar e podia focar mais em certas matérias, eu estava me entregando e minha mãe estava percebendo, vi que aquilo acalmou um pouco o coração dela, Dona Catarina sabia que estudar me afastou um pouco dos meus problemas, ou você sofre por amor ou sofre tentando resolver alguma questão de trigonometria.

Logo passaram as provas, faltando cinco dias para chegarmos no último mês do ano as aulas terminaram. Era sempre uma festa, os alunos riam e brincavam, escrevíamos nas camisas, nos reuníamos nos pátios da escola, jogávamos bola, era um dia de diversão e comemoração, as salas de aula do ensino médio não estavam muito diferentes das salas da educação infantil.

- Oi – Falei parando na frente dele quando eu entrava no banheiro.

- Oi – Ele respondeu sem ânimo.

- Então vai fazer o que? A galera queria tomar sorvete, quer ir? – Indaguei.

- Legal você me convidar – Estranhamente ele sorriu sem abrir a boca – Edu só me chama pra alguma coisa quando tiver certeza.

- Porque não está falando comigo? – Perguntei.

- Porque não está falando comigo? – Ele retrucou e fiquei calado – Obrigado pelo convite, mas eu vou aproveitar pra chegar cedo na escola de dança pra ensaiar.

- Nossa, você vai se apresentar né? Quando vai ser, quero ir e nem diga que eu não posso – Disse de forma séria.

- Você pode ir, sempre quis que você fosse, seria legal se eu tivesse um namorado para apresentar aos colegas, mas estar sozinho combina bem com meu papel na apresentação – Ele disse me olhando.

- Filipe! Estamos namorando, se você sorrisse agora pra mim eu sorriria da mesma forma e seria o cara mais feliz dessa escola, vou te assistir dançar, me manda mensagem com o dia e a hora, se não mandar eu vou entrar no site ou peço pro Allan – Falei e dei um beijo em sua bochecha – Ei, seu papel não era o da lagarta que vira borboleta? – Indaguei ao lembrar.

- Continua sendo, mas acho que a metamorfose não chega para todos – Ele disse e saiu.

Eu não sabia o que dizer, aquelas palavras entraram como um tiro no meu peito. Filipe foi embora e eu fiquei ali parado, até que Caio chegou perguntando por que eu estava ali, respondi que não era nada demais, claro que menti e também tenho certeza que ele percebeu, mas não queria chateá-lo no último dia de aula.

*

A apresentação de Filipe seria no domingo, faltando apenas três dias para virar o mês, não queria entrar no último mês do ano brigado com a pessoa que tinha tornado aquele ano totalmente único, eu nunca esqueceria nada do que aconteceu desde o início do ano.

No dia da dança minha mãe iria comigo, Caio e Ritinha iriam juntos, e daríamos uma carona para Allan, meu pai não poderia ir porque teria que estar no trabalho ás seis da tarde.

- Obrigado por nos trazer pai – Agradeci.

- Tudo bem meu filho,só torce pro trânsito estar livre, faltam três minutos pras seis horas – Ele disse sorrindo.

- Fica tranquilo, hoje é domingo, as pistas estão bem vazias – Minha mãe falou dando um selinho em meu pai.

Chegamos ao teatro, ficava no bairro em que Filipe fazia as aulas, aliás, o local do espetáculo era próximo á escola de Arte. Fomos um dos primeiros a chegar, entregamos os ingressos e subimos para o segundo andar onde havia um salão com uma lanchonete e banquetas, ali ficaríamos esperando até que liberassem a entrada para a sala de teatro. O lugar era bem bonito, o chão brilhava, minha mãe estava adorando, ela gostava de lugares assim.

- Deveríamos vir mais aqui – Ela disse olhando para mim – É um lugar bonito, devem acontecer muitos eventos legais por aqui.

- Agora que estou namorando um bailarino isso será frequente – Falei olhando nos olhos de minha mãe e ela alisou meu rosto.

- Chegamos, mas não precisa dos fogos, podem guardar, somos econômicos – Caio disse enquanto vinha andando com sua bermudinha e botinha vermelha que dava ainda mais estilo ao seu caminhar.

- Nada disso, pode soltar fogos, bomba, tiro e o que mais tiver, não saí de casa á toa – Ritinha falou ao nos ver, estava com um vestidinho preto.

- Vocês vieram cedo – Falei enquanto eles chegavam mais perto.

- Não íamos deixar vocês aqui, sabíamos que chegariam cedo porque seu pai iria trabalhar – O loiro falou olhando as pessoas que começavam a chegar – Mas parece que chegamos no horário certo, e aí, nervoso? – Caio disse ajeitando minha camiseta.

Eu estava vestindo uma camiseta de tom azul médio, com um bolso do lado esquerdo, uma calça jeans bem escura não muito apertada e um coturno masculino preto, também coloquei um cordão, no braço tinha algumas pulseiras, levei um casaco xadrez apenas para dar um charme, não queria vesti-lo.

- Já vi que vou ter que ficar de olho em você, ta ficando cheio de bailarinos e bailarinas aqui, se alguém se aproximar mais do que eu digo ser o limite não pensarei duas vezes, mato mesmo! – Ritinha disse ficando bem próximo a mim.

- Sua louca, os bailarinos estão se preparando lá dentro – Falei mexendo no cabelo dela.

- Olha ali Eduardo, aquela garota, está te olhando, a perna dela está numa curva que é impossível pra quem não dança e olha que ela está de salto, a safada está se exibindo pra você! – Minha amiga falou – Fora os meninos ao redor, meu bem você está de camisetinha, esses garotos fariam tudo pra ver você no chuveirão por três minutos e deixariam tudo "sujo"!

- Louca – Falei rindo.

Minha mãe estava conversando com outras mulheres, ela adorava lugares assim e faria de tudo para ter uma amizade com outra mulher que gostasse bastante de coisas que ela gostava, curiosamente Dona Catarina não tinha uma melhor amiga, acho que Vó Rosa era sua maior amiga.

- Vamos gente. Já liberaram a entrada – Allan falou sorrindo, era nítida a alegria do homem com a apresentação do filho.

*

Naquele dia aprendi que antes das apresentações teatrais acontecerem soam uma espécie de sinal três vezes, aquilo servia de aviso para as pessoas saberem que em breve a apresentação teria início. E assim foi, logo a sala ficou completamente escura, uma voz fez a introdução do espetáculo e entrou uma personagem que parecia ser uma espécie de "fada-mãe".

Pelo que eu havia ouvido quando ainda estávamos do lado de fora o musical se tratava de uma pequena comunidade no meio da floresta, onde a fada-mãe cuidava dos seres e os ajudava em seus problemas, como o da joaninha zangada, a abelha perdida, as formigas que estavam debaixo de um galho, a lagarta triste e outros personagens.

Como era um musical os personagens tinham falas e tudo era muito animado e colorido, a escola de Arte era conhecida na cidade por sempre apresentava coisas legais, ter bailarinos muito bem ensaiados e os coordenadores terem uma criatividade sem fim.

Nas primeiras cenas logo todo o elenco apareceu, parecia uma reunião para decidir onde eles iam morar já que no antigo troncomínio – um tronco que era feito de condomínio – havia sido invadido pelos cupins. Nessa cena eu vi Filipe, ele estava sentado e ouvia tudo, não falava nada, quando alguém lhe perguntava algo ele apenas respondia com a cabeça.

A apresentação foi seguindo com muito colorido e muita música, estava me divertindo bastante, pois em todas as cenas tinha algo engraçado, a fada-mãe era encantadora, uma linda bailarina com longos cabelos loiros e esvoaçantes, andava o tempo todo na ponta da sapatilha de ponta, suas longas pernas lhe davam toda a soberania que ela precisava e as asas completavam o figurino que a deixavam parecida com uma Angel.

*

Até que começou o drama da lagarta, durante todo o espetáculo o personagem de Filipe foi triste, não falava e arrastava seu corpo verde de um lado para o outro, fora que a única pessoa capaz de aguentar a queimação que dava ao tocá-la era a fada-mãe, os outros animais não podiam chamar muito perto dela.

Numa das cenas o palco ficou completamente vazio e escuro e Filipe entrou apenas com uma roupa que imitava uma pele verde com alguns pelos vermelhos que era onde ficava a queimação.

Ele começou sua dança. Era algo lindo, seus pés subiam e desciam e uma música muito triste soava no fundo, ele saltava de um lado para o outro, as vezes caía no chão, as lágrimas brotavam em seu rosto, mas ele sorria, parecia feliz por estar dançando, mas triste, muito triste.

Do chão ele se ergueu e deu alguns giros, seu olhar era esperançoso e a forma que ele girava pelo palco era encantadora, seu sorriso brotava e era lindo, tornava ainda mais triste aquela cena, alguém sorrir de forma tão bonita e chorar, ele foi girando até o meio do palco e ficou parado. As luzes ficaram apagadas por dez segundos e quando voltaram ele parecia estar dentro de um casulo.

*

Se chorei? Muito, muito mesmo. Levantei, saí da sala e fui para o banheiro, apoiei as mãos na pia e depois tentei olhar para o meu reflexo, que idiota eu era, claro que eu sabia que aquilo era uma atuação, onde Filipe era um personagem, mas aquele papel nunca se encaixou tão bem como se encaixava agora.

Ele chorava por tudo que passava. Eu lembro que antes ele ignorava o fato de ser a lagarta, achava quente a roupa, detestava não ter fala e muitas outras coisas, ficava o dia todo falando da borboleta, que era isso e aquilo, que a roupa era linda, que a dança era muito melhor, que ele sorria o tempo todo. E agora eu e ele sabíamos o quão lagarta ele estava.

Logo vi Caio entrar pela porta, lhe olhei e me joguei nos braços dele, que logo encaixou minha cabeça entre seu ombro e o pescoço, depois começou a alisar meu cabelo eu o apertava e chorava, murmurava algumas coisas que ficavam abafadas pela camisa dele.

- O que eu vou fazer Caio? – Indaguei olhando em seus olhos.

- Só não deixa ele entrar no casulo Eduardo, por favor! – O loiro falou olhando em meus olhos.

Depois foi Ritinha que cruzou a porta do banheiro masculino, a garota parou e ficou nos olhando, depois me estendeu a mão, eu a abracei, era divertido, pois ela era bem mais baixa que eu.

- Caio, não podemos perder a apresentação, ajuda o Edu a se refazer pra gente poder ir lá pra fora – A garota falou pondo as mãos na cintura e parando ao meu lado, de costas para o espelho.

- Oi – Um menino falou entrando, tentei lhe olhar, mas Ritinha virou meu rosto para o espelho numa fração de segundos – O que você está fazendo aqui?

- Isso é um banheiro, eu precisava entrar e entrei, algum problema? – A garota falou sendo um pouco ácida.

- Não eu vim oferecer ajuda – O rapaz que eu não conseguia ver falava com Ritinha enquanto Caio espalhava água no meu rosto.

- Sei bem o que você veio fazer. Se oferecer né? Não precisamos de ajuda e pode sair daqui! – Ela disse se exaltando.

- Eita! Calma querida – Ele riu – Vou fazer xixi, sua louca – O garoto disse para sua infelicidade.

- Vai mijar no copinho de café! Sai daqui agora, vou te mostrar a louca – A garota disse tirando os saltos e o menino já foi recuando – Vou te mostrar pra que eu uso salto – Quando ela terminou de falar o garoto já não estava mais lá, só consegui ver ela parada com um sapato em cada mão.

- Miga você é muito louca – Caio disse rindo.

- Você pode dizer, aquele lá não! Eu que não tivesse aqui, vocês iam virar farelo na mão daquele menino – Ela dizia enquanto calçava os sapatos de salto médio.

Voltamos para a sala onde acontecia a apresentação. Filipe continuava no centro do palco como uma estátua, era engraçado, mas o casulo em que ele estava ficava cada vez mais escuro, devia ser algum efeito especial do revestimento.

O musical continuou, a turma infantil eram as pequenas formiguinhas, ríamos bastante com as graças que as crianças faziam, as mães envolta filmavam, tiravam foto e quase choravam com seus pequenos e pequenas no palco.

Não demorou muito até que a tarde foi acabando e o sol descendo. Nisso o palco foi ficando vazio, a fada ficou olhando o casulo até que se mexeu e começou a ficar muito colorido e brilhante, a fada estava encantada com o que via, logo o uma parte do revestimento se abriu, a longa e linda perna de Filipe foi saindo, apontando para cima, depois tocou o chão, logo seu braço saiu apontando para o alto e ele deu um impulso, a outra perna estava reta para trás e ele estava equilibrando o corpo em uma das pontas dos pés.

Dava para ver que tinha algo em suas costas, ele parecia meio molhado, então a fada-mãe começou a observá-lo, logo ele foi desfolhando as asas que começaram a crescer, parecia um lindo origami sendo aberto, suas asas eram incrivelmente lindas e coloridas, ele estava tão lindo quanto a fada-mãe.

Logo ele começou a dançar, enquanto o sol descia e a lua subia, a fada-mãe se juntou a ele na dança, foi incrivelmente bonito vê-los dançando tão bem, horas ele a erguia, horas eles faziam movimentos iguais, era uma coisa maravilhosa. Os outros bichos e seres foram chegando, alguns entravam na dança e outros ficavam olhando felizes.

- Olá lagar – Uma das formiguinhas falou o nome do personagem de Filipe – Você está lindo.

- Lagar Lagarta era meu antigo nome, e também não quero ouvir nunca mais aquele apelido ruim – Ele disse virando o rosto – Queima-Queima, não queimo mais ninguém – Olhou para a formiguinha – Agora eu sou Borbo Leta – Falou balançando as asas de forma graciosa.

- Então agora eu posso tocar?! – Dona Joaninha falou ríspida.

- Não, ninguém queria me tocar quando eu era uma lagarta gordinha e desengonçada, mas não deixarei que me toquem porque vou ser chato, não, vocês não vão conseguir me tocar, eu preciso voar, conhecer a natureza – Ele disse sorrindo para a fada-mãe que assentiu com a cabeça.

Logo os outros animais começaram a dançar e cantar, parecia que estava terminando Filipe e a fada-mãe eram os que tinham as coreografias mais bonitas, suas pernas subiam e desciam, além disso ele tinha muito êxito em seus saltos, seu sorriso era lindo.

No final os seres foram saindo do palco, os personagens principais foram saindo por último, ainda estavam dançando com o restinho de música que soava no fundo, todos foram saindo, só ficou Filipe e a fada-mãe, logo ele saiu batendo as asas e logo a fada fez um gesto com as mãos, as estrelas surgiram e as luzes da floresta se abaixaram, ela girou todo o palco e foi fazendo gesto com as mãos e as cortinas foram se fechando.

Algumas luzes se acenderam deixando a sala parcialmente iluminada, a cortina se abriu e foram entrando os atores, cantores e bailarinos que fizeram aquele belo show, a ordem era dos menos principais aos mais principais, dona Joaninha foi muito bem aplaudida, assim como as formiguinhas e a abelhinha.

Quando Filipe entrou foi incrível, eram muitos aplausos, levantei para aplaudi-lo e vi seus olhos me olharem, logo outras pessoas levantaram para fazer o mesmo, ele agradecia e sorria, depois foi a vez da fada-mãe. Aplausos e gritos eram ouvidos, a menina era ovacionada, reconhecida por todos como um sucesso, a menina reverenciava a platéia e agradecia.

*

- Não posso deixar você passar daqui – Uma senhora falava comigo.

- Eu preciso falar com Filipe – Eu pedi.

- Ele precisa muito – Caio pediu.

- Tia libera a passagem aí – Ritinha interveio e a mulher riu.

- Oi a senhora está aqui, se você ver o meu pai pede

Filipe parou de falar ao me ver, ele sorriu e olhou para a mulher, que logo falou o que estava acontecendo ali. Ele ainda estava vestido com a roupa de borboleta, só estava sem as asas, de perto a roupa era ainda mais bonita.

- Ta, eu vou falar com ele rapidinho – Filipe disse abrindo o portão.

- Fala rápido mesmo, não esquece que a chefona está aí fora – A mulher alertou.

Rapidamente Ritinha e Caio o abraçaram e depois ficaram de costas pra nós, como uma espécie de proteção, se a coordenadora ou a diretora da escola de Arte pegassem Filipe ali fora ainda vestido com a roupa da apresentação iriam dar uma bronca nele ali mesmo.

- Fala Edu, não tenho muito tempo.

- Nossa você me chamou de Edu! – Falei segurando o rosto dele e lhe dei um selinho.

- Não faz isso! – Ele quase me bateu – Está cheio de pais aqui, fora o pessoal da escola de Arte, não quero gente comentando que eu fiquei de agarramento no dia da apresentação, queria te apresentar pro pessoal hoje, mas né – Ele bufou.

- Tudo bem, é que fiquei feliz, olha, preciso te ter de volta, do seu amor, vou deixar você descansar, mas quarta-feira vamos sair, não marca nada nem pra quarta e nem pra quinta-feira e se tiver animado não marca nada na sexta – Ele ficou sem entender nada, eu ri e saí andando.

- A mãe da Ritinha vai levar seu pai, tia Catarina e o Edu, vou te esperar pra gente ir juntos – Caio disse abraçando o moreno que logo voltou para a parte interior do teatro.

Logo o loiro voltou e começamos a rir, aquilo precisava dar certo eu tinha pouco dias e precisaria da ajuda do meu pai, da minha avó, do Allan e principalmente do meu pai. Eu precisava mostrar a Filipe que eu o amava, que gostava dele e que estava realmente arrependido, depois disso eu precisava dar a ele uma noite maravilhosa, não, i-nes-que-ci-vél!

_________

Gente, voltei de viagem e está saindo o capítulo, eu queria terminar o livro ainda esse mês, mas vamos vendo o andar da carruagem, espero que estejam gostando, de verdade, sobre Edu e Filipe? Continuem vendo.

Está gostando da história? Gostando mesmo? Indicaria a outras pessoas? Se todas as respostas forem positivas adicione o livro a(s) sua(s) lista(s) de leitura(s). Isso ajudará a história a se destacar.

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