Capítulo 25

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As aulas voltaram. O pátio estava lotado, alunos novos, alunos antigos, gente bonita, gente estranha e o nosso grupinho ali no canto. Não conseguíamos ficar sozinhos, pois eu namorava um dos alunos mais populares da escola, então toda hora alguém chegava pra falar com ele.

- O que fizeram nas férias? – Perguntei aos meus amigos.

- Eu fiz o famoso bate e volta – Ritinha falou enquanto olhava atentamente um casal do nono ano se beijar vorazmente. Ela parecia feliz e chocada.

- Aquelas viagens que vai num lugar de ônibus de viagem e volta rapidinho? – Caio indagou – Foi pra São Paulo?

- Não, bati na geladeira e voltei pro quarto – Ela disse sorrindo – Eu sou preguiçosa mesmo, férias é pra ficar sem fazer nada.

- Eu beijei muito na boca e fiquei na cama! – O loiro falou alegre.

- De quem? – Filipe indagou e Caio lhe deu um leve tapa no ombro – Você, na cama, resta saber de quem e com quem.

- Já vocês né, nem preciso dizer que foram pra cama, resta saber se foi na sua ou na dele – Caio disse implicando com Filipe que lhe mostrou a língua como uma criança.

Logo Gabriela chegou perto de nós, estava linda, parecia estar com uma mochila nova, aliás, era uma bolsa, Gabi não usava mochila, preferia bolsas, pois achava mais fashion e moderno.

- Oi Edu – Ela disse me abraçando – Como foi de férias?

- Fui bem Gabriela, e você? – Indaguei após abraçá-la, Ritinha já estava toda se balançando e Caio tentava não rir daquilo.

- Foi ótimo gente, viajei, foi bem bacana, depois te mostro as fotos – Ela disse sorrindo – E você Filipe, como foi? – Ela disse sorrindo para ele.

- Ah, quase não fiz nada, fiquei em casa, lendo e dançando – Ele sorriu. - Você arrasa menino – Ela disse colocando a mão no ombro dele – Caio, oi, você está cada vez mais lindo, oi Ritinha – A menina apenas sorriu – Gente eu tenho que falar com os meninos do terceiro ano, beijos.

- Ela é legal, gosto dela – Falei tranquilamente.

- É, até que ela parece ser legal – Filipe disse me surpreendendo.

- Não gosto dela, não mesmo, vocês são doidos – Ritinha disse ainda se balançado no banco de madeira.

Fomos para a quadra, onde os professores foram apresentados, a coordenadora e a diretora falaram, nós apenas ouvíamos tudo, depois cantamos o hino nacional e por fim pudemos ir para nossa sala de aula.

Os dias iam passando tranquilamente, estávamos aproveitando para adiantar coisas do trabalho de biologia, formando a base teórica, imaginando o projeto, discutindo a decoração e pensando os detalhes, se dependesse de Filipe seríamos os grandes campeões.

Resolvi minha situação na farmácia. Assinei tudo, e iria receber tudo num prazo de uma semana, seria mais do que eu imaginei, por sorte não foi Ernani que me atendeu e sim a moça com quem eu havia conversado da primeira vez que fui lá tratar de emprego.

Voltei a treinar com tudo e a malhar também, estava me dedicando ao futebol como nunca, precisava mostrar meu talento. Melhor era chegar da academia e passar no apartamento do meu namorado, lhe encontrar todo sorridente, feliz e se jogando nos meus braços, Filipe era um encanto.

Nossa relação ia de vento em polpa, não brigávamos, discutíamos e nem nada do tipo, ele não era ciumento e nem eu, não estávamos conseguindo dormir juntos, pois ele estava muito focado na dança e no teatro, pois teria várias apresentações no fim do ano.

DE AMIGO PARA NAMORADO - DescobertasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora