Capítulo 32

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Eu estava mais tranquilo agora que todos sabiam. Diferente dos meus pais que quando souberam falaram muito na minha cabeça, meu pai nem tanto, mas minha mãe reclamou muito. Disse que me arrisquei demais, que fui inconsequente e que poderiam ter nos feito algum mal na escola, mas depois que ela se acalmou elogiou tudo que fizemos.

Allan disse que o que fizemos não tinha problema, mas que tudo o que fazíamos tinha consequência, agora a escola nos conhecia como os garotos gays e seriamos vistos assim por onde passássemos, pois as notícias corriam rápido, os benefícios e malefícios dos nossos atos nós iríamos suportar. Mas que poderíamos contar com ele para o que precisássemos.

Caio estava adorando e Ritinha muito mais, faziam questão de divulgar nosso namoro, mas não tinha ninguém que não soubesse, postávamos diversas fotos de nós dois juntos nos nossos aplicativos de fotos. Eu estava amando aquilo, era divertido ver a surpresa de algumas pessoas com o fato de eu ser gay.

- Cara, nem acreditei, mas na foto vocês estavam se beijando tão bem que era impossível não acreditar – Léo falou enquanto voltávamos para casa – Alguns meninos do time acharam bem estranho sabe, mas você é o capitão e é amigo da galera então o pessoal está de boa.

- Menos mal Léo, mas sei que tem muita gente no time que não gostou, não to nem aí, eu estando bem com Filipe está tudo ótimo – Falei sorrindo.

- Me desculpa cara, há uns tempos atrás eu comentei dele sobre o corpo do Filipe e tudo mais, foi sem querer – Ele pensou – Na verdade não foi sem querer, era verdade, mas não sabia que ele era seu namorado, se eu soubesse não falaria – Léo falou ajeitando seu boné.

- Está tudo bem, eu sei que Filipe é lindo e chama a atenção de todo mundo – Nós sorrimos – Está chegando a nossa competição, espero que a gente vença, estamos fazendo uma ótima campanha, a partida contra os rubro-negros vai ser difícil.

- Verdade cara, vai fazer o que no aniversário? – Léo indagou com animação enquanto passava a mão em seu peitoral, ele estava sem camisa chamando a atenção de muitas pessoas.

- Não sei cara, tem o jogo, quase todo ano meu avô faz um churrasco, mas não sei se quero isso não – Falei um pouco pensativo.

*

- Oi meu amor – Filipe disse sorrindo ao abrir a porta. Ele estava com um short curto e uma camiseta branca, seu cabelo estava seco e bagunçado, eu gostava, pois daquele jeito ficava mais volumoso.

- Oi – Falei com cansaço, lhe dei um beijo e entrei.

- Saudades de quando você me carregava no colo – Ele falou alisando minhas costas.

- Desculpa, é que eu tenho estado tão cansado, são tantas coisas – Disse olhando aqueles lindos olhos castanhos claros.

- Espera aí – Ele disse. Joguei minha bolsa no chão e sentei no sofá, eu estava exausto. De repente Filipe volta com umas quatro cobertas e três travesseiros, começou a forrar o chão – Tira sua roupa, fica só de cueca, garotão da bunda gostosa – Ele riu.

- Filipe! – Falei enquanto tirava a bermuda esportiva.

- É a verdade – Confirmou pondo as mãos na minhas bunda – Olha que bumbum lindo e bom de apertar.

- Safado, metade da escola tem vontade de fazer isso que você está fazendo.

- Metade? A outra metade é cega então né, isso aqui é um patrimônio da humanidade, mas foi tombado por mim, então tenho direito exclusivo – Filipe falou e virei para lhe beijar.

- Você vai ficar só de short? – Perguntei quando terminei de lhe beijar.

- Sim, vou, vem e deita logo.

DE AMIGO PARA NAMORADO - DescobertasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora