Physical Education Teacher Z...

By DownToEarthButterfly

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Eles dizem "Professores e alunos não se podem envolver." Também eu dizia. More

Sinopse
Introdução
1
2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20 - Parte 1
Capítulo 20 - Parte 2
Capítulo 21
Capítulo 22
Boas notícias
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Warning
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39 - Parte 1
Capítulo 39 - Parte 2
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 49
Capítulo 50
Informações à moda da Néeh
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Extra Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Extra do Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71 - Parte 1
Capítulo 71 - Parte 2 & Capítulo 72
Extra do capítulo 72
AVISO
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
ATUALIZAÇÃO
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Extra Capítulo 82
Capítulo 83
O Cabelo da Bella
Aviso
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Final da P.E.T.
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Extra do capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98 - Parte 1
Capítulo 98 - Parte 2
Capítulo 99
Capítulo 100
Epílogo
The Fanfiction Awards
Good Goodbye

Capítulo 48

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By DownToEarthButterfly

GENTE, QUASE 4000 PALAVRAS. EU PROMETI QUE IA SER GRANDE, E É GRANDE! Pronto, tenho o meu primeiro teste na quarta (matem-me) e agora que veio um, vão começar a vir os restantes, todos seguidos, dois por semana. Como é óbvio, vou começar a demorar. Peço desculpa, mas tem de ser!

ADIANTE, boa leitura, aposto que vão morrer no final do capítulo MAS POR BONS MOTIVOS XD obrigada pelas quase 60 mil leituras, isso deixa-me TÃO FELIZ! <3 comentem e votem, volto em breve!

*

No momento em que a Sophie falou, desejei que alguém me tivesse oferecido um buraco móvel onde me pudesse meter sempre que algo deste género - embaraçoso e inconveniente - acontecer. E, como não há buraco nenhum, nem sei o que responder. Que tenho um?, o Zayn não é propriamente o meu namorado; nós gostamos um do outro e meio que estamos... juntos. Beijamo-nos acidentalmente. De qualquer das maneiras, ele está perto disso, porém, o que vou dizer? Que tenho?, vão-me perguntar como se chama, a idade, e blá, blá, blá e eu quero evitar isso.

"O costume." Repliquei, esperando ser o mais vaga possível.

Tudo o que eu queria era sair daqui. O último dia do ano parecia nunca mais acabar e eu mal nele entrar em condições. Só queria as cinco da manhã do ano seguinte, só queria sair daqui e ir ter com alguém que compreendia a 100% tudo aquilo que eu sentia e que se encontrava nos mesmos sarilhos que eu.

Mas, ao que tudo indica, cada segundo que passava era mais lento que o anterior. Tinha a sensação de estar aqui há horas quando só tinham passado quarenta e cinco minutos. Na minha cabeça, já devíamos estar a acabar o jantar, e eis que nem tinha almoçado sequer, de modo que, quando me sentei à mesa para almoçar, sentia-me já em março de 2015. Durante anos - anos! -, os relógios roubaram-me tempo, nas mais diversas situações, quando eu precisei bastante dele. Lá parece que os senhores relógios se arrependeram e me estão a devolver o tempo todo que me roubaram... HOJE.

O almoço demorou tanto tempo que, quando me levantei e passei por um espelho que estava na sala de estar, me admirei por não ver a minha cara cheia de rugas. Pela quantidade de tempo que levou, já devia estar com uns 70 anos.

Como era costume - ou quase tradição - as mulheres continuaram sentadas à mesa a falar, os homens espalharam-se pelos sofás, também a falar, e as pessoas abaixo dos 20 anos, mais a Anna, estavam sentadas na carpete felpuda da sala de estar, junto da lareira, ora a ver televisão, ora a falar. De momento, eram mais os que viam televisão do que os que estavam, de facto, a falar. Apenas o Mark e a Anna falavam um para o outro.

Depois de décadas sentada nesta carpete, a minha avó pôs um lanche reforçado na mesa com a ajuda das filhas e noras - já que os homens são uns preguiçosos e nenhum dos netos queria realmente ajudar. Das quatro às seis, demos voltas à mesa, petiscando aqui, bebendo um pouco de sumo ali. O movimento era tanto que, embora nevasse lá fora, estava um calor insuportável cá dentro.

"Bels?" Chamou a minha irmã, que não largava o telemóvel há umas duas horas. "A Carly pediu ao Harry para me pedir a mim para te perguntar se preferes o baile do dia dos namorados ou a festa de Carnaval."

Apesar de querer sair daqui a correr, receber notícias dos meus amigos com quem não falava há uma semana, ainda que fosse uma mera pergunta sobre uma assunto da nossa lista, meio que me animou. Pensei brevemente no assunto: um baile de dia dos namorados chamaria mais a atenção de casais pomposos e apaixonados; a festa chamaria a atenção de toda a gente, estivessem as pessoas numa relação ou não. Porém, essa festa de carnaval seria exatamente igual à festa de Halloween, e as pessoas começam a ficar fartas se as coisas forem sempre iguais.

"Posso ligar ao Harry?" Perguntei. A Martha ficou a olhar para mim, com os olhos azuis arregalados e os lábios esticados numa linha reta. "Eu vou à casa-de-banho, a mãe e as tias parecem as beatas da igreja, não vão dar pela minha falta. E eu preciso de falar com o Harry sobre..."

Calei-me e fiquei à espera da resposta dela. Ambas sabíamos o que eu estava a pedir, e se a mãe soubesse, ambas apanharemos um castigo danado que durará até às férias de verão; contudo, eu já corri muitos riscos por causa da Martha, e ela certamente lembra-se disso, porque me estendeu o telemóvel dela, previamente desbloqueado.

"Não vás às mensagens." Advertiu.

Feliz, eu assenti e levantei-me, perguntando à minha avó onde era a casa-de-banho porque, supostamente, eu já não me lembrava. A minha avó interrompeu a sua conversa com a minha mãe para me dar a resposta e eu saí da sala de estar, encarando um frio infernal no corredor, com um sorriso estampado na cara e um telemóvel no bolso do meu casaco.

Ao entrar na casa-de-banho, tranquei a porta e sentei-me num banco que os meus avós usavam para se calçarem depois do banho, entre o chuveiro e o cesto da roupa suja. Não perdi tempo em ligar ao Harry. Ele atendeu, dois toques depois.

"Guten Tag?" (Boa tarde em alemão u.u)

Tal como eu atendia o telemóvel em Japonês, o Harry atendia em alemão, visto que tinha aulas de alemão desde o décimo ano, juntamente com o meu irmão. Para ser sincera, eu ainda não sei qual a tradução do que ele diz, após dois anos a ouvir a mesma coisa. Bem, agora é a minha vez.

"Moshi-moshi?" Disse, receosa.

"Bella?" Exclamou ele, com uma pitada exagerada de admiração na sua voz. "Até que em fim, a Martha disse-me que estás sem telemóvel desde... bem, desde o Natal."

"E estou." Suspirei. "Sobre as listas, eu voto no baile de S. Valentim."

Expliquei-lhe o meu ponto de vista e ele ouviu cada palavra que eu proferira.

"Pois, bem visto. A Victoria sugeriu fazermos uma espécie de correio durante essa semana. O dia 14 calha num sábado, mas na semana de 9 a 13, espalhamos caixas de correio pela escola e as pessoas vão lá meter cartas. Não necessariamente para namorados e namoradas, mas também para pessoas que gostamos, amigos, funcionários... professores."

A minha faringe bloqueou e o ar não passou para os pulmões corretamente; comecei a tossir depois de me engasgar completamente com o próprio ar que eu respirava desde que nascera.

"Estás bem?" Indagou ele, do outro lado da linha.

"Sim, sim... ouve, Harry, sobre o que aconteceu na véspera de..."

"Não tens de te explicar. Para ser honesto, prefiro nem saber."

Engoli em seco, assim que a tosse parou, e procurei as palavras que melhor pudessem transmitir o quão grande era o meu pedido de desculpas: "Eu queria ter-te contado, mas não podia, tu não gostas dele e..."

"Exatamente, devias focar-te no facto de eu não gostar dele, perceber porquê e tomar melhores decisões."

Revirei os olhos. E lá vamos nós tocar no assunto da psicopata.

"Ouve, Harry, o que quer que a Madison te contou, é mentira."

"E como podes ter a certeza de que quem mentiu foi ela? Ela esteve lá os quatro anos metida, não esteve? Num hospital em Londres?, porque terá sido?"

"E que tal irem à porcaria do hospital verificarem o verdadeiro motivo. Nenhuma das pessoas que assistiram ao que se passou acredita nela, pergunta à namorada do Mark, que quiseres, eram da mesma turma." Ripostei. Não era bem disto que eu queria falar durante a chamada.

"Olha, Bella, mesmo que seja mentira, mesmo que o professor Malik esteja inocente, pensa um bocado: estás a ver o que estás a fazer? Queres arruinar a tua vida? Se és apanhada, bem que podes dizer adeus à universidade, nenhuma te vai aceitar, e ele pode ser metido na cadeia, coisas do género."

"Só me estás a dizer coisas que eu já sei!" Guinchei, já a sentir as lágrimas a subirem-me aos olhos e a turvarem-me momentaneamente a visão. "Eu sei o que é que está em jogo e sinto-me horrível por tudo isto. Mas eu gosto dele, e esperava o teu apoio agora que sabes."

"O meu apoio, Bella?" Retorquiu ele, indignado. "Como assim o meu apoio? Queres que eu te apoie em arruinares todas as oportunidades que tu própria construíste para ti ao longo dos anos, por causa de um gajo de quem provavelmente não vais gostar daqui a umas semanas?"

"Daqui a umas semanas? Há quanto tempo gostas tu da Martha? Há meses, antes da porcaria das férias de verão, até. E tu nem sequer estás com ela, e mesmo assim gostas dela. É muito mais provável tu parares de gostar dela daqui a umas semanas do que eu parar de gostar do Zayn!"

"Ah, tu chamas o gajo pelo primeiro nome? Isso deve ir muito avançado."

Claro, está a fugir ao assunto.

"Eu não tenho culpa que ele seja o meu professor de Educação Física, Harry." Murmurei eu, passando a mão pelos cabelos revoltos que me caiam para a frente da cara.

"Pois não, ninguém está a dizer isso. Mas tens culpa, tu e ele, pela relação que têm. Eu não quero saber do quanto tu gostas dele ou não, ou do quanto ele gosta de ti ou não, eu não te vou apoiar nisto, e nem sequer me venhas falar disto mais tarde, porque eu não quero saber. Se é para ter de observar de perto a tua ruína, não, obrigado. Tu não estás a ver o que estás a fazer? Tanto tu como ele têm um botão de auto-destruição colado a vocês e estão a confiar um no outro para não premirem o botão um do outro."

Expulsei todo o ar que tinha acumulado nos pulmões e encostei-me à parede fria de azulejos da casa-de-banho. A minha cabeça tombou para trás, de modo a que eu ficasse a fitar o teto braço, quatro luzes brancas rigorosamente espaçadas umas das outras. O pestanejar seguinte foi como abrir uma porta para deixar as lágrimas escorrerem pela minha cara.

"Harry, nós temos cuidado. Talvez não tivemos assim tanto cuidado como devíamos ter tido, mas acredita que agora passamos a ter. Só quero que repares que a minha família e a tua sabem disto porque alguém decidiu abrir a boca, e não fui eu. Foi a Madison. Se ela não fosse como é, e tu próprio já me disseste que ela não regula bem, provavelmente teria o meu telemóvel comigo e não estaria trancada numa casa-de-banho para falar contigo às escondidas. Eu sei, acredita que eu sei o que estou a fazer e sei o quão mal as coisas podem correr. Tudo o que eu pedia era que compreendesses porque o estou a fazer, porque eu não estou a ser forçada a nada. Eu gosto dele, e sei que não devia... mas não é propriamente uma coisa que eu posso escolher, pois não?"

Ele suspirou: "Não, não é. Mas mesmo assim... faz-me um favor e deixa-me fora disto, por favor. Não te ponhas a dizer às pessoas que me vais ajudar a estudar para Inglês quando na verdade vais ter com ele ou algo do género."

"OK." Anuí. "Mas tu faz-me um favor também e tenta saber o porquê de terem internado a Madison."

"Pronto, pronto. OK. Olha, vamos jantar daqui a pouco, a gente vê-se na escola. Feliz ano novo, Bella."

"Feliz ano novo, Harry." E desliguei, com um coração despedaçado depois de ouvir tudo o que ele me dissera.

Logo que voltei para a sala, entreguei o telemóvel à Martha, que parecia estar já a desesperar por não o ter nas mãos há um par de minutos, e sentei-me num lugar qualquer livre no sofá, junto do meu pai que estava embrenhado numa conversa com o meu tio Paul, sobre o facto de a Rainha de Inglaterra ser tão frágil como cristal, e nem por causa disso se retirar.

Pouco tempo depois, fomos chamados para jantar. Mal via a hora para tudo isto acabar e sair daqui. Estava triste, mesmo muito triste, e a alegria era tanta entre as pessoas em meu redor que ninguém parecia sequer notar. O jantar acabou, a mesa foi arrumada e limpa e todos se juntaram na sala de estar, dispersos pelos sofás, cadeiras e carpetes. Eram onze horas quando a Anna atendeu uma chamada.

"Olá, xuxu!" Solicitou ela, com um sorriso de orelha a orelha. "Não posso ir, a viagem demora quatro horas... não há problema, apenas afastem a Perrie e a Rose das bebidas, já que eu não vou estar aí para fazer isso... o quê? Cinco e um quarto? Mas... Ah, pronto, OK, OK. Vemo-nos nos teus anos, suponho?... OK, adeus!" E desligou a chamada, virando-se para mim repentinamente. "O Tu-Sabes-Quem disse que às cinco e um quarto tu-sabes-o-quê."

Franzi as sobrancelhas, mas assenti. Bem... tenho umas longas seis horas pela frente.

Quanto a meia-noite se aproximou, abriram-se as persianas para podermos assistir ao fogo de artifício que seria lançado do London Eye, que era o que ficava mais perto de nós. Todos os programas que estavam a dar na televisão fizeram um intervalo e a contagem decrescente começara. Podiam faltar dez segundos para o momento que todos mais esperavam, mas para mim faltavam cinco horas, quinze minutos e dez seguntos para o momento que eu mais esperava. De qualquer das maneiras, não foi por isso que deixei de assistir ao fogo de artífico da janela da sala de estar, ou de brindar à saúde de toda a gente com um copo de champanhe na mão. Eram só mais cinco horas e catorze minutos até lá.

POV Zayn

"Afastem a Perrie das..." Advertiu o Louis num grito, calando-se de imediato assim que viu a Perrie a beijar o gargalo da garrafa. "Eu não vou tomar conta dela, por muito que a Anna me tenha pedido para o fazer."

"É verdade, chegaste a pedir à Anna para dizer à..." Eu nem pude acabar a frase, porque este gajo fez o favor de me interromper.

"Sim, sim, ela disse à tua dama." Porque é que o Louis quando está amuado com alguma coisa não deixa as pessoas falar? Foda-se. "Já agora, eu devia ser pago para estar numa festa e não estar a beber."

"Cala-te, Tommo." Resmungou o Liam, sentado no sofá. "É só uma vez."

Tive de lhes pedir para ficarem sóbrios também. A Anna e a Marisa são quem costuma tomar conta de nós, mas nem uma nem outra estão presentes. Eventualmente, eu terei de sair desta festa para ir buscar a Bella e não posso, de maneira nenhuma, deixar esta casa ao comando de pessoas que veem as mãos com dez dedos em vez de cinco.

Já passava da uma da manhã. Ela já devia estar a caminho de Bradford. Entretanto, tudo o que posso fazer é esperar e tomar conta de todos os meus convidados, com a ajuda do Liam e do Louis. Aah... principalmente da Perrie, a Perrie é um perigo. E por falar nisso, devíamos estar ao pé dela.

"Eu vou ali à Perrie." Avisei eu, antes de sair do sofá.

A Perrie tem um sério problema com a bebida: não está habituada. Bebe uma vez por ano, e quando bebe, fica com mais litros de álcool no corpo do que litros de sangue. Quando a apanhei, já sem se conseguir equilibrar, agarrei-a pelos pulsos e trouxe-a cuidadosamente para o sofá onde estava sentado com o Liam. Quem não ficou muito feliz por a ver foi o Louis, ciente de que teria de tomar conta dela assim que eu me fosse temporariamente embora.

"Super acho que ser reformado devia ser um emprego. Acabávamos o liceu e estávamos reformados, super concordo!" Gritou ela.

Um problema da Perrie: quando está bêbada, parece que fala através de um megafone... só que sem o megafone.

"Acho esplêndida a ideia." Concordou o Liam, apenas para não revoltar a Perrie.

Um outro problema da Perrie: quando está bêbada e revoltada ao mesmo tempo... não dá. Apenas. Não. Dá.

O convívio manteve-se, tanto entre as pessoas como entre as garrafas e os copos de plástico. O tempo foi passando e as duas da manhã chegaram. Fui fazer café para mim, para o Louis e para o Liam e sentei-me mais um bocado na sala de estar, a beber uma chávena de café bem quente, a ouvir música e a falar com as pessoas. Dentro da minha turma, apenas eu, o Liam e o Louis costumávamos ficar naquele estado quase letal em que no dia seguinte não nos lembrávamos de nada depois das onze da noite. Tirando nós os três, apenas a Perrie e a Rose exageravam, por não estarem habituadas. Os restantes iam bebendo, mas iam mantendo a sua sanidade normal. Nenhum deles ficava completamente louco...

"Acho que vou adotar uma ovelha." Comentou a Perrie, do nada. "No verão tirava-lhe o pêlo, ficava a fazer uma camisola no outono, no inverno usava-a. Acho que dava jeito uma ovelha."

Entreolhei-me com o Liam e ambos nos esforçamos para engolir as gargalhadas.

"Não, não. Melhor. Acho que vou comprar um Alpaca."

"O que raio é um Alpaca?" Perguntou o Louis.

E neste momento, tanto eu como o Liam desejamos a morte do Louis. Ele conseguiu deixa-la... revoltada.

"COMO ASSIM TU NÃO SABES O QUE É UM ALPACA, SEU INCULTO! VÊ-SE MESMO QUE NÃO ANDAS NA UNIVERSIDADE!"

"Mas eu estou na universidade." Defendeu-se ele, em voz baixa.

Mais uma hora se passou; durante essa hora, aturamos a Perrie a citar as informações do wikipédia sobre os Alpacas e em como só os cegos não sabem diferenciar um Alpaca de um Lama. Perto das três da manhã, o Brad e a Angela passaram por mim, cada um com um braço de uma Rose quase a desfalecer em cima dos seus ombros, e dirigiram-se para a casa-de-banho ao lado das escadas. Graças a Deus, a Perrie tem vários problemas, menos o vómito. A Perrie não vomita. O que ela mete lá dentro, fica lá dentro.

A uma certa hora da noite, começou-se a jogar ao Verdade ou Consequência. Sou obrigado a participar por ser o anfitrião, mas deixei bem claro que por volta das cinco me ia pôr a mexer. Parece estranho dizer que um jogo tão básico como estes demora duas horas, mas demora. Com a minha turma do liceu, demora três ou quatro se for preciso. Começamos brandinho, e assim que alguém for ousado o suficiente para sugerir algo maluco, todos começam a exagerar.

"Andy, verdade ou con..."

"Consequência, nem se pergunta." Respondeu o Andy. Normalmente, é ele quem começa a mandar as piores consequências para o ar. Já sofri muito às mãos dele.

"Quantas namoradas já tiveste?" Questionou a Eleanor. (sim, a Eleanor que estão a pensar, essa mesmo)

"6."

"Qual foi a tua quarta namorada?"

"A Theresa."

"Liga-lhe, mete em alta-voz e pergunta-lhe se ela sente saudades do teu Andyzinho." (Com andyzinho, estão a referir-se ao zezinho, mas como ele se chama Andy xd)

"Não preciso de ligar." Disse-lhe o Andy, enquanto tirava o telemóvel do bolso. "Eu sei que ela sente. Mas vale a pena tentar, vamos só esperar que ela esteja acordada."

Com efeito, a Theresa atendeu e o Andy perguntou-lhe, então, se ela sentia falta do seu Andyzinho. A Theresa deve ter sido das pessoas mais ranhosas que conheci, e como já era de esperar começou a barafustar com o Andy do outro lado da linha. Entre risos histéricos, ele desligou o telemóvel e virou-se para a Perrie. É sempre giro jogar ao verdade ou consequência com a Perrie, porque ela escolhe sempre, SEMPRE, verdade.

"Perrie..." Ronronou ele. "Verdade ou consequência?"

"Verdade." Eu não disse?

"É verdade que o Niall já te amarrou a uma cama?"

Prefiro não saber o que a minha ex-namorada fez ou deixou de fazer com o gajo por quem me trocou, mas pronto.

"Não. Eu acho isso um tremendo ato de desrespeito para uma mulher..." E, durante cinco mintuos, a Perrie feminista fez um discurso feminista sobre o poder das mulheres e como os homens são machistas com elas.

Mais uma hora se passou. Eram quatro da manhã quando peguei pela primeira vez em muito tempo no telemóvel. Ao mesmo tempo que a Rose completava o seu desafio de beber uma garrafa inteira em menos de trinta segundos, eu fui à cozinha buscar mais café. Fiquei a observar a rua entretanto. A estrada coberta de neve, a escuridão tão forte que transformava os candeeiros em pequenos sóis autênticos. Ah... quero a Bella aqui.

"Ela conseguiu!" Bradou o Liam ao meu ouvido quando me voltei a instalar na minha sala de estar. "Ela bebeu uma garrafa em menos... oh, meu, que nojo!"

A consequência dela era beber uma garrafa de vodka em menos de trinta segundos. A consequência dessa consequência foi ela vomitar para dentro do chapéu do Tom a seguir. Bem... antes dentro do chapéu dele que do meu tapete.

Às cinco da manhã, subi as escadas e fui pegar num casaco. Já estava na hora de sair de casa e ir buscar a Bella. Não conseguia pensar direito, pois estava assombrado com a sensação de que alguma coisa iria correr mal. Quantas coisas entre nós os dois correram perfeitamente bem?, ou tínhamos a Madison a vigiar, ou fomos apanhados pela Perrie - sóbria -, ou estávamos impossibilitados de estarmos juntos... não sei... é muito arriscado para ela. Se calho de a deixar em casa e os pais dela já estarem acordados...

"Tomam conta das coisas enquanto for ao centro?" Inquiri eu, já no hall de entrada.

"Na paz, mano, mas despacha-te. O Tommo está de mau humor."

Assenti e peguei nas chaves de casa.

POV Bella

"Amanhã às onze quero tudo a pé!" Proferiu a minha mãe, encarando as nossas caras sonolentas no corredor. "Vamos buscar os avós a essa hora, percebido?"

"Sim." Dissemos todos nós, ao mesmo tempo.

Em passo acelerado, subi as escadas e enfiei-me no quarto. Apressei-me a trocar de roupa e a pegar numas calças pretas, cujos rasgões nos joelhos se tinham transformado em buracos enormes com o passar dos meses, uma camisola de lã cinzenta - não vá o Zayn fazer as piadas do costume por me vestir sempre de preto -, umas botas... pretas - EU NÃO TENHO BOTAS DE OUTRA COR -, e um casaco preto e cinzento.

Apanhei uma chuva danada ao sair da casa dos meus pais e, durante as quatro horas de viagem, o cabelo secou em algumas zonas e está num estado de perfeito desastre. Acho que lhe vou enfiar um gorro na cabeça. Pronto. Eram cinco e dez, acho que vou para a janela, não vá a Martha avistar o Zayn ou o carro dele primeiro do que eu.

A frincha debaixo da porta passou de alaranjada para preta; a luz do corredor foi apagada, os meus pais já se devem ter metido os dois na cama. O caminho está livre, espero.

OK, lá está ele!

Abri a porta do quarto e, em pézinhos de lá, atravessei o corredor e tentei descer as escadas da forma mais silenciosa que pude. Quase ia tudo por água abaixo quando o Mark saiu disparado da cozinha e se esbarrou em mim. Quase gritei, quase caí, quase estraguei tudo.

"O que estás aqui a fazer? Porque estás vestida? Onde é que vais, sua lunática?"

"Não tens nada a ver com isso é a minha resposta para as três perguntas." Repliquei, o meu olhar vidrado na porta.

"Vais ter com o... gajo?"

Não respondi.

"Vê se estás aqui antes da dez, a mãe deve acordar a essa hora."

"Eu sei!" Resmunguei. "Posso ir?"

"Podes, podes, vai lá." E tanto eu como ele seguimos caminhos opostos. Ele foi dormir, eu saí de casa.

O frio era tanto que os meus ossos pareceram enregelar; sentia-me como um robô cujas peças não estavam devidamente oleadas e, por conseguinte, não se podia movimentar. O vento cortava-me a pele exposta do pescoço e logo me arrependi por não ter trazido um cachecol. Mas isso não interessava; assim que abri a porta do carro e me meti lá dentro, o calor era tanto que mais parecia ter entrado no inferno...

"Isso é uma camisola cinzenta ou estou a alucinar?" E esta foi a primeira coisa que ele me disse.

"Não sei. Será que sou real ou fruto da tua imaginação?"

"Podia tentar, mas nunca conseguiria imaginar algo como tu." Comecei a rir e ele deslizou a sua mão pelo meu braço, chegando à minha e agarrando-a. "Pareces-me real."

"Não preferes ter a certeza?"

E ele aproximou-se de mim, beijou-me, mordeu-me o lábio e começou a rir: "Tenho a certeza absoluta."

Parabéns ao Rafael, à Luísa e à Ana (PORQUE É QUE TANTA GENTE FEZ ANOS NESTA SEMANA TIPO FDS!) Eeeeee é tudo por hoje :) espero que tenham gostado, vemo-nos em breve xuxus <3 cya!

Néeh!

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