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Trivialidades a parte, apresentamo-nos adequadamente, rimos das piadas de Jadir e das interrupções de Emerson e nos atentamos aos dramas familiares de Mikaela. Mas, depois de cerca de 30 minutos, começamos a nos dispersar e o que mais parecia desfocado era o, outrora, mais brincalhão.
- Procura por algo Jadir? – perguntei curiosa, percebendo os movimentos bruscos de pescoço que o mesmo fazia a fim de se certificar de algo que nos traspassava com uma dose de ansiedade.
- Ah n.não... = falou gaguejando, voltando rapidamente o olhar para o nosso círculo, mas sem fitar ninguém. - Eu só acho que deveríamos nos reunir aqui na próxima terça novamente.
Eu, por certo, não o conhecia muito. Na verdade, havíamos sido apresentados há poucas horas, duas para ser mais exata. Ainda assim a atitude dele parecia deveras estranha. Enfim, era óbvia que a intenção dele era de encerrarmos a reunião. Ele parecia ter algo muito importante para fazer...
- Terça-feira então... – começou Mikaela, mas nem a finalizou sendo interrompida, desta vez, por Jadir (não por Emerson, que parecia se divertir com essa tarefa).
- A gente se vê... – disse Jadir e se retirou apressadamente.
Ainda me virei para tentar acompanhar sua partida. Curiosidade faz parte do meu ramo, afinal de contas... Ok! Essa era uma desculpa. Mas, quem não gosta de uma fofoca? No entanto, minhas tentativas de stalkeá-lo infelizmente foram frustradas pelo interruptor oficial do grupo.
- Talvez pudéssemos fazer algo mais antes de terça... – sugeriu Emerson de forma afoita. Porém, eu não estava interessada.
- Acho que já vou indo também. Preciso terminar algumas tarefas da faculdade... – Ao me levantar, fitei Mikaela que, por um instante, pareceu aliviada. Deve ter sido impressão minha. – Até terça.
Ao me retirar, ficaram apenas os dois ali de papo, rodeado de várias pessoas que, como nós, usavam o café sem necessariamente pedir qualquer coisa.
Decidi passar na recepção a fim de pegar o restante do material que havia encomendado para as aulas, mas antes que eu pudesse chegar, ouvi o que parecia uma discussão e me virei para ver o que acontecia.
Tratava-se de um cara, que não parecia muito mais velho que eu, que discutia com um dos funcionários dali. Um instrutor ou assistente talvez... Eu conseguia ver a expressão do rapaz que discutia que estava um tanto carrancuda, mas não conseguia entender uma palavra que ele dizia. No entanto, o talvez assistente de instrutor eu conseguia compreender perfeitamente. Por algum motivo, ele estava sendo impedido de frequentar alguma atividade. Eu não quis me focar nas falas dele, mas em tentar compreender o que aquele sujeito, pouco mais velho que eu, tentava dizer. Espantei-me por não conseguir, eu costumava me gabar por ter a audição bem apurada. Ele estava falando baixo demais e, só compreendi que sua fala era um tanto arrastada.
Não sei quanto tempo fiquei ali o observando, o que era por demais para mim afinal, eu sempre tinha noção do tempo; mas, assustei-me ao perceber que ele havia percebido minha atenção e, pela cara que fez, pouco gostou.
Não consegui disfarçar minha surpresa, e susto, porém ele não me depositou qualquer outra atenção e seguiu em frente, carrancudo e com um andar meio robótico, lento, pisando firme.
Nunca pensei que eu poderia encontrar tanto assunto em uma academia. Aquilo poderia dar uma matéria interessante.
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Senso investigativo parece ser algo pela qual Estela esteja muito ligada. Parece que ela está encontrando motivos para estar mais tempo na academia. Agora que ela se encontrou com Adriel o que acontecerá? Em breve mais publicações virá. Aguardo v6!!!