Domando o coração (camren)

By BWritter

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Camila é a mais jovem colunista de uma famosa revista de moda, por conta do estresse do trabalho e da correri... More

Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capitulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capitulo 25
Capitulo 26
Capitulo 27
Capitulo 28
Capitulo 29
Capitulo 30
Capitulo 31
Capitulo 32
Capitulo 33
Capitulo 34
Capitulo 35
Capitulo 36
Capitulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capitulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67

Capítulo 42

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By BWritter

LAUREN POV

Aqueles foram os piores dias da minha vida. A cada local que eu olhava eu via momentos os quais compartilhei com meu pai. Eu não queria ninguém perto, só queria me isolar e Camila vivia insistindo em ficar perto de mim. Eu tentei pedir para ela se afastar, mas ela era insistente. Todo mundo ficava o tempo todo perguntando se eu estava bem, se precisava de alguma coisa. Eu odiava aquilo. Odiava com todas minhas forças. Os únicos momentos em que me sentia bem era quando estava com Sofia. Ela não ficava perguntando como eu estava, apenas saia e se divertia comigo. Andamos de cavalo, tomamos banho no rio, mostrei algumas coisas para ela e a ensinei a dirigir um trator. Ela era péssima, mas foi legal.

- Trouxe suco para você. Deve estar super cansada de ficar cortando vidro o dia inteiro. – Sofi apareceu.

- Um pouco, mas adiei demais isso. Daqui a pouco um guaxinim invade a casa e começa a morar lá. – Nós duas rimos. – Você viu Camila por ai?

- Ela estava com Ian, por quê?

- Nada, ela sumiu praticamente o dia inteiro. – Dei de ombros. Por mais que eu não a quisesse por perto para ficar me enchendo de perguntas, eu queria saber por onde ela andava, fazia tempo que a via conversando demais com Ian.

- Ela anda cuidando de algumas coisas na fazenda da sua mãe.

- Sério? – Eu não havia notado.

- Sim. Ela foi até a cidade levar algumas coisas da horta para vender, junto com sua mãe.

- Minha mãe é dona de muitas cabeças de gado, mas fica vendendo plantinha na feira da cidade. Essa mulher não aprender.

- Camila está seguindo o mesmo caminho. – Sofi se sentou na escada da entrada da casa.

- Que nada, daqui a pouco ela volta para Berlim, vai comer nos melhores restaurantes e participar de coquetéis com pessoas ricas e vai esquecer que vendeu alface na feira. – Soltei uma breve risada nasal.

- Eu jamais trocaria isso por nada. É tudo tão calmo e esse ar do campo é tão bom. Purifica a alma. – Ela fechou os olhos e a brisa tocou seu rosto, fazendo seu cabelo ir levemente para trás. Sofia era exatamente o que eu procurava a cinco anos atrás

Apenas voltei a fazer meus afazeres. Sofi disse que voltaria para a casa e tomaria um banho, o dia estava quente. De longe pude ver Camila e Ian se aproximando, os dois pareciam bem próximos. Não era ciúmes, eu até me sentia bem, porque ela não ficava atrás de mim o tempo inteiro perguntando se eu estava bem. Quando ela foi se aproximando, parou um tempo para ver o que eu estava fazendo.

- Você quer um suco? – Ela perguntou

- Sofia já fez pra mim enquanto você estava passeando com o Ian. – Apontei para o copo e ela apenas entrou em casa.

[...]

O dia da leitura do testamento do meu pai foi péssimo. Eu estava super mal, meus irmãos só queriam sua parte em dinheiro e deixariam a fazenda. Se eu não ficasse aqui mamãe iria ficar sozinha e provavelmente não conseguiria administrar tudo. Aquilo me deixou muito chateada. Camila estava comigo na leitura do testamento, mas quando terminou eu apenas decidi caminhar para esfriar a cabeça. Ela ainda tentou me chamar para fazer alguma coisa, mas eu só queria ficar sozinha. Fiquei algumas horas atirando pedrinhas no rio, até que ouvi alguém se aproximar. Provavelmente seria Camila.

- Eu disse que queria ficar sozinha. – Falei e ouvi os passos pararem.

- Então eu vou dá meia volta e ir embora. – Era a voz de Sofi.

- Ah, é você. – Dei um breve sorriso.

- Se quiser ficar sozinha eu posso ir embora. – Soltei um longo suspiro.

- Já jogou pedrinhas no rio?

- Todo mundo já fez isso. – Ela se aproximou.

- Consegue fazer ela quicar seis vezes. – Falei de maneira convencida.

- Seis vezes? – Ela parecia surpresa.

- Sim.

- Me ensina? – Seus olhos brilharam.

- Claro.

Ficamos a tarde inteira jogando pedrinhas. Ficar com Sofia era bom que eu não precisava falar sobre como me sentia ou o que estava sentindo. Ela apenas queria fazer coisas bobas, conversar sobre nada e rir.

[...]

- Então você vai preparar a cesta para nosso piquenique?

- Vou. – Falei assim que chegamos de frente para a minha casa.

- Oba, nos encontramos aqui em meia hora.

- Fechado. – Fui em direção a minha casa para pegar as coisas. Camila estava no banho por isso nem a avisei que iria sair.

O piquenique estava ótimo. Sofi fazia eu esquecer a dor de perder meu pai, a preocupação sobre a fazenda e o fato de que a qualquer momento Camila poderia ir embora, sem nem se quer olhar para trás. Durante aquele piquenique eu tive uma duvida que não poderia ter, eu fiquei confusa em relação a Sofi e quase nos beijamos, mas no momento em que eu olho naqueles olhos castanhos, eu lembrei de Camila, minha noiva. Ficou nítido como Sofi ficou chateada depois daquele quase beijo, parecia decepcionada. Então disse que estava com dor de cabeça e terminamos o piquenique. Entrei pela porta da cozinha da minha mãe e fui mexer na geladeira. Sim eu ainda estava com fome. Tinha uma tigela de arroz com leche e decidi comer um pouco. Estava delicioso.

- Hey mãe. – Me sentei ao seu lado no sofá.

- Onde estava? – Ela desviou o olhar da TV para mim.

- Por ai.

- Não deveria estar com sua noiva? – Olhei a hora.

- Daqui a pouco eu vou, estou comendo. Isso está ótimo.

- Diga isso a Camila, foi ela quem fez.

- Sério? – Minha mãe assentiu. – O que houve mãe? – Ela parecia querer dizer algo, mas estava se segurando.

- O que está fazendo da sua vida Lauren?

- Como assim? – Coloquei a tigela em cima da mesa e me virei para ela.

- A duas semanas atrás você estava feliz, gritando aos quatro ventos que amava Camila e que iria se casar com ela e agora está assim. – Franzi o cenho.

- Assim como?

- Filha você realmente não sabe? Você tem parado para prestar atenção nos seus atos? Eu te conheço bem e sei quando você fica magoada ou sofre um baque emocional muito forte você atira para todos os lados e fere sem pena, ainda mais as pessoas que você ama.

- Está dizendo isso porque eu peço a Camila para ela me deixar sozinha?

- Você tem certeza que tem feito apenas isso?

- Mãe, Camila as vezes me sufoca, fica perguntando se eu estou bem. Eu estou bem não está vendo!

- Você está fingindo que esta bem Lauren. Se ela quer conversar e fazer você se abrir, é para que suas dores emocionais passem, mas você se fecha, se isola e afasta quem tenta chegar perto. Eu parei de tentar desde que você tinha dezesseis anos, mas Camila ela insiste porque ela não gosta de ver pelos cantos e tenta com todas suas forças te ajudar.

- Eu não fico pelos cantos.

- Você passou dois dias trancada em uma sala vazia, que só tinha uma cadeira. Camila estava praticamente desesperada para tirar você de lá e a única coisa que você fez com ela foi gritar e mandá-la embora. Minha filha se eu estivesse no lugar dela já teria ido a muito tempo.

- Mas ela vai. – Rebati. Não era justo. Eu não era a vilã dessa história toda ou era? Ao meu ver eu tratei Camila normal, mas minha mãe estava dizendo que não. – E eu não tratei ela tão mal assim, posso ter dito uma vez ou outro de maneira mais ríspida, mas não dessa maneira que você fala.

- Eu já presenciei Lauren, por isso eu estou falando. – Abri e fechei a boca diversas vezes. – Vá para casa e converse com Camila. – Eu me levantei do sofá. – Peço a Deus que não seja tarde demais.

Passei o caminho todo pensando naquilo e a única coisa que vinha a minha cabeça, era que Camila estava tentando arrumar uma discussão para ir embora sem se sentir culpada. Assim que entrei em casa senti um cheiro de vela, andei até a sala de jantar e vi duas velas que pareciam ter sido apagadas recentemente. Chamei por Camila e ela estava no andar de cima. Ao entrar no quarto a vi fazendo a mala e a idéia de que ela queria brigar para ir embora sem culpa voltou. Brigamos e eu falei coisas que não deveria ter dito, me descontrolei, mas Camila em nenhum momento elevou a voz para mim. Quando ela saiu pela porta a realidade da situação me acertou em cheio e eu finalmente cai na real. Eu havia sido a pior pessoa para ela essas ultimas duas semanas, eu estava ferida e queria feri-la também, eu sempre fazia isso. Camila estava certa em me deixar. As sete da manhã foi o horário em que eu finalmente decidi ir atrás dela e tentar pelo menos me desculpar, mas o horário em que e ia sair Harry e Louis estavam chegando de Carro.

- Cadê ela? – Os dois se olharam.

- Embarcou tem duas horas. – Harry respondeu. Eu ia correr para dentro de casa, mas Louis me impediu.

- Lauren, eu não acho que seja uma boa idéia você ir atrás dela.

- Por quê?

- Sinceramente não acho que você a mereça. – E a olhei de maneira indignada. Como ele podia falar uma coisa dessas pra mim? Depois de tudo que eu fiz?

- Você também acha isso? – Perguntei para o Harry.

- Laur, tu pisou na bola é melhor da um tempo para ela.

- Vocês não são meus amigos, são dois falsos que estão tentando me impedir de ser feliz. – Praticamente cuspi as palavras.

- Agressão verbal muitas vezes é pior que violência fisica. – Louis falou.

- O que?

- Agressão verbal, xingamento e grosserias. São formas de agressão verbal, tudo o que você fez com ela.

- Ta bom amor, já chega. – Harry falou.

- Ela tem que ouvir. Sabe quantas vezes ela chegou lá em casa chorando? Não, porque você nem se quer percebia isso, estava por ai passeando com uma menina de dezoito anos, que ainda por cima era sua cunhada.

- Você não sabe de nada.

- Eu sei, porque eu estava lá para Camila. Ela largou o emprego que amava por você, e você alguma vez cogitou em se mudar por ela? Abrir mão do que você queria por ela? Porque a todo momento você tentava fazer ela abrir mão dos sonhos e objetivos com ela.

- Chega Lou, vamos. – Harry o puxou para casa.

- EU NUNCA FIZ ISSO! – gritei e as lagrimas começaram a cair por meu rosto.

- Me diz porque você construiu escondida essa casa então? Você planejava uma vida a qual só se passava na fazenda, mas você já pensou em ter filhos e morar na cidade? Já pensou no fato de que mesmo depois de ter filhos Camila poderia continuar trabalhando? Não, porque você é egoísta Lauren, acha que ela está a sua disposição, acha que ela tem que aturar tudo por você, simplesmente porque no passado ela errou. As coisas não são assim, ela não é uma marionete e...

- Chega. – Harry se abaixou e jogou Louis por cima do ombro e o carregou para casa. Eu fique ali chorando ajoelhada na grama, percebendo só agora meus verdadeiros erros. Eu cobrei dela o que nunca dei para ela. Eu nunca estive disposta a me mudar, mas ela ia fazer... por mim, mas agora ela se foi, porque eu a fiz partir. Louis estava certo, eu não a mereço.

[TT e Ask: /FifthWriter]

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