"irritante... tudo naquela criatura me irritava, desde seus sorrisos fáceis até sua determinação em se colocar em perigo para salvar alguém durante uma missão. Mas com o tempo percebi que o que mais me irritava não eram apenas os olhares curiosos, o...
Sinto o peso do seu corpo conforme vou ganho distância no céu, mas não ligo, as dores em meus braços não se comparava em nada a dor em meu peito ao testemunhar o que ele fizera com Sakura. O inimigo se debate tentando se soltar, subo o mais alto que consigo, fazendo o ar pressionar meu peito, olho nos olhos dele e que agora parece lutar pelo ar.
----- Vai pagar pelo que fez a ela.
Seus olhos escuros se arregalam ao perceber o que eu estava preste a fazer, não dou tempo para que ele possa raciocinar. Solto seu corpo, me lanço novamente sobre ele, punhos cerrados, assim como ele havia feito com Sakura, acerto seu peito e rosto impulsionando mais seu corpo ao chão.
A aterrissagem causa uma enorme cratera no solo, uma cortina de poeira se ergue, graças ao Sharingan minha visão não é prejudicada. O desgraçado faz menção de se levantar com certa dificulde.
Não preciso fazer o os selos para soltar a enorme bola de fogo nele, mas isso não é o suficiente para me fazer parar, agradeço aos céus por haver bastante nuvens para produzir uma de minhas armas mais letais.
Elevo minha mão esquerda ao céu concentrando o chakra ao mesmo tempo que invoco o relâmpago em forma de dragão. A energia a nossa volta se torna estática.
Novamente meu olhar cruza com o dele.
-----KIRIN!!!
Minha mão desce levando o dragão bem no centro de seu peito causando um buraco, a luz do raio se apaga aos poucos, limpando o céu, observo com um prazer doentio o rombo que fiz eu seu tronco. Minhas mãos sujas com seu sangue me acalma. Me afasto e começo a voltar ao que era com certo desconforto.
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-----Nossa... fazia tempo que não me divertia assim. ---- diz Hidan as minhas costas me trazendo de volta a realidade.
Sua aparência era pior que a minha, o sangue cobria seu corpo e seus olhos estavam frenéticos olhando o estrago a nossa volta com admiração.
Segundos depois Karin aparece apoiada em meu irmão e Sakura está desmaiada nos braços do Haruno.
-----Porque ela não está curando? ---- pergunta seu irmão a ninguém em particular.
De fato ela estava machucada, os hematomas me traziam náusea, me aproximo e percebo que sua respiração está baixa.
-----Ela está fraca. De alguma forma seu chakra foi drenado e enquanto não acordar não poderá liberar o selo para se regenerar. ---- diz a ruiva com pesar.
-----E então? Qual é o plano agora? ---- pergunta Haruki a Itachi.
-----Vamos direto para a aldeia. Não interessa se formos visto. E pra matar quem cruzar nosso caminho. A uma pousada a cinco quilômetros do nosso destino. Ficaremos lá até que nos recuperamos, depois migraremos para a casa de Pain que fica na Vila.
Duas horas depois estávamos enfrente a pousada de beira de estrada, chegamos a recepção e como baratas, todos saiem correndo, menos os proprietários: uma família de três. Que nós olham assustados.
Não era difícil de imaginar o porquê, todos nós vestimos a capa da organização e estávamos cobertos de sangue.
-----Aka...tsu...ki. ---- diz o velho assustado.
-----Queremos todos os seus quartos. Não importa o preço. ---- diz Itachi ao homem. ----Por hora quero a pousada fechada. Se alguém aparecer aqui nos informe imediatamente.
-----S-sim... ----- diz o homem. ---- vou acompanha-los até seus aposentos.
-----Não será preciso.
Caminhamos em direção aos quartos, abro a segunda porta dando em um quarto de casal. Dou passagem para que o Haruno entre com a irmã. Ele deposita com cuidado seu corpo inconsciente na enorme cama.
-----Você pode ficar aqui? ---- pergunta. ---- preciso de um banho.
-----Sim.
Ele se dirige a porta.
-----Não deixe que Hidan apareça por aqui. Ele não é confiável. ---- avisa.
-----E você é?
Ele parece pensar antes de responder.
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-----Não, mas por hora não à quero morta.
-----Estranho vindo do cara que tentou matar ela.
-----Infelizmente estou em dívida com Sakura e costumo pagar minhas dívidas. Não espero que você entenda e não o quero... Vou mandar trazer comida para vocês.
Ele fecha a porta me deixando a sós com ela. Fico um tempo observando seu peito subir e descer. Deixo minhas coisas junto as suas em cima do sofá de dois lugares que à perto da janela. Caminho até ela e começo a retirar os dois estojos presos a suas roupas, tentando a deixar mais confortável. Vou até o banheiro e molho a compressa que havia em um de seus estojos, me aproximo, afasto a franja de seu rosto com delicadeza, minhas mãos se fecham em punho novamente ao ver os machucados em seu rosto, com cuidado para não acorda-la passo a limpar um por um.
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