Nosso Sentimento (Fim)

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KARIN UZUMAKI



Estava me sentindo inquieta desde que chegamos a pousada com Itachi quase morto, ainda não consegui me recuperar de toda aquela adrenalina e nem tive tempo de ter a satisfação da morte daquele velho imundo. Por mais que eu não quisesse me preocupar, me sentia em divida com Sasuke e por isso me preocupava por ele ainda não ter retornado após a briga com o irmão.

- O que está fazendo? - Itachi questionou quando terminei de trocar suas bandagens.

- Fazendo com que seus curativos não infeccionem - me levantei - Parece que você está bem, nem parece que quase morreu a poucos dias.

Ele ficou parado me encarando, aquele silêncio era incômodo, por isso tratei de fazer o que tinha e sair o mais depressa possível.

- Obrigado - sua voz grave fez meus pelos se ouriçarem.

- O que disse? - o encarei por cima dos ombros.

- Eu agradeci por você ter me salvado, se não fosse você certamente não estaria vivo.

- Não diga besteiras, foi a Sakura que te salvou.

- Você me deu seu sangue, você esteve comigo...

Senti meu ventre estremecer e respirei fundo. Não conseguia entender o porquê meu corpo reagia daquela forma na presença do Uchiha mais velho. Porém, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, a presença do chakra de Sasuke me fez encarar a janela.

- Sasuke voltou.

Ele respirou aliviado e assentiu.

- Se precisar de mim estarei no meu quarto- disse saindo.

Corri para o pequeno cômodo em que estava dormindo nesses últimos dias e tentei me acalmar. Ouvi a voz de Haruki no corredor e depois Akemi discutindo com ele sobre alguma coisa.

Decidi tomar um banho e relaxar, no dia seguinte iriamos retornar para a organização e isso me deixava tensa. Maldita hora em que decidi seguir os passos de Sasuke.


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Senti as mãos de alguém me chacoalhando e acordei irritada, por ser um chakra conhecido eu não estava com a guarda baixa, porém odiava a ideia de alguém interromper meu sono.

- Acorda logo sua preguiçosa.

- Mas que porra Akemi, o que você quer? - a penumbra do quarto me permitia ver apenas suas íris rosadas.

Tateei o criado mudo até encontrar os óculos e a enxergar melhor.

- Precisamos sair daqui.

- O que? - tentei entender suas palavras enquanto despertava - Ficou maluca?

- Eu não acredito que você não pensou no mesmo que eu, depois que matamos aquele filho da puta... Isso é decepcionante; enfim... Lembra quando éramos menores e víamos os capangas de Hiroshi escondendo o dinheiro roubado naquele cofre?

Suas palavras começavam a fazer sentido.

- Está tudo lá - disse arregalando os olhos - Matamos os capangas e os seguranças pessoais, mais ninguém sabe daquele dinheiro a não ser a gente... E seria idiotice de nossa parte não irmos até lá requerer aqueles bens - sorriu - Pense nisso como uma indenização por todo o mal que aquele velho nos fez.

- Deveríamos avisar alguém... - disse incerta.

- Karin, quer mesmo voltar para aquela organização cheia de criminosos loucos para nos matar? Pensa bem, podemos desaparecer no mundo, teremos dinheiro o suficiente para viver bem por muitos anos. Podemos mudar nossa identidade, ir para uma terra distante e recomeçar... O que me diz?

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