I love my best friend | Marina

Part 05

M.

Quando à noite caiu, Carina estava animada para o seu encontro, e não parava de tagarelar como sempre fazia quando estava nervosa ou ansiosa. Ela parecia estar feliz, e eu tentava estar por ela, como sempre fiquei em todas suas conquistas, porém essa de certo modo parecia me afetar, e muito.

A ajudei e escolher a melhor roupa que havíamos comprado no shopping pela manhã. Ela ficou linda nele, o vestido era justo de alças finas, ele ia até um pouco acima de seus joelhos, nos pés sua bota favorito de cano alto, com um pequeno salto (tinha sido presente meu, ela tinha visto na vitrine de uma loja caríssima e se apaixonou, no dia seguinte voltei a loja e o comprei. Foi uma longa parcela, mas tinha válido apena). Por cima jogou uma parka na cor marsala, deixando seus cachos soltos. Céus, essa mulher é perfeita.

Quando ela desceu, após o paspalho avisar que tinha chegado, lhe desejei boa sorte, tentando dar o meu melhor sorriso. Pois eu a amo, e a sua felicidade vem sempre em primeiro lugar. Eu me sentia angustiada, e com raiva de mim mesma. Como eu podia ter feito isso com a gente?! Me permitir me apaixonar assim?! Eu preciso de livrar desse sentimento o mais rápido possível.

E foi assim que comecei a me envolver, mais e mais com Katy, Linda, Polly, Julie e outras garotas. As garotas da universidade, dos pubs que passei a ir com mais frequência, eu não permitiria tais sentimentos. E tudo isso porque dois meses depois de tantos encontros entre Carina e Yoon, ele finalmente a pediu em namoro.E ela aceitou. Ele parecia o cara perfeito para ela, e era de certa forma. Sempre lhe dando flores, chocolates, a levando nos melhores restaurantes da cidade e assistindo os filmes mais clichês que Carina ama. A mesma quase não tinha mais tempo para nós duas, afinal era muita coisa, trabalho, dança, faculdade e agora o namoro. As sexta-feira eram as nossas, ao menos eu a tinha uma vez na semana.

Eu segui a minha vida, mas os meus sentimentos por Carina ainda existiam, porém guardados. Hoje era mais uma sexta-feira, como tive prova pela manhã, acabei não vendo Carina, então combinamos de nos ver em um restaurante próximo. Era nossa folga o que facilitava muito para passarmos o dia juntas.

- Ei! Bishop. -me virei tendo Andy e Vic vindo em minha direção.

- Ei! Meninas. -sorri guardando o celular no bolso do meu jeans após checar a mensagem da italiana que dizia já estar ao meu aguarde no restaurante.

- Qual é a boa pra hoje? -perguntou Vic passando os braços em volta do meu pescoço enquanto caminhamos em direção ao estacionamento.

- Pedir pizza e jogar video game?!- deduzo enrugando meu nariz. Mas sabia que essa não era a programação.

- Só que não. - respondem me fazendo rir. - Festinha lá na nossa nova casa. Uma comemoração por essa nova conquista. -continua Andy tendo sua mão entrelaçada com a minha.

- Enfim irei conhecer.-respondo. -Será que horas?

- Depois das 9. É o horário que os jogos começam. -Victoria me lança uma piscadela me fazendo rir.

- E, Gal Gadot estará lá também. Então capriche. -provocou Andy me dando um sorriso safado. -Ela perguntou se você iria, e eu disse "claro que sim".

- Cara ela esta tão na sua. -disseram em uníssono me fazendo rir. Era a frase de um seriado que assistíamos.

Gal Gadot, é a garota mais popular da universidade. Estudante de artes cênicas, além de ser muito linda e gentil. Nunca chegamos a ficar, porém tem aquele lance de flerte entre a gente. Nem sei porque não ficamos ainda, mas tenho interesse.

- OK!. Eu vou indo nessa, Carina esta me esperando para almoçarmos. -respondi destravando meu carro.

- Vai lá cadelinha da Carina. Au au. -ambas começar a latir me fazendo entrar rapidamente no carro, tínhamos virado praticamente os centros das atenções. Sai buzinando enquanto elas riam feito duas loucas.

[ × ] Depois de almoçar, e comermos algo com muita açúcar a pedido meu claro, Carina inventou de irmos a uma ferinha de artesanatos próximo a uma avenida. Ela amava esses tipos de coisas, e como uma boa amiga, a acompanhei. Afinal queria que ela fosse comigo até a nova casa da Vic e Andy. Mesmo desconfiando que Andy já tenha feito o convite, já que as duas fazem aula de dança juntas.

- Que pena, as barraquinhas já estão quase todas fechando. -usei o meu tom de voz mais triste possível. Graças a deus não iria precisar perambular.

- Sim, queria tanto ver todas. -a mesma fez um biquinho fofo. Nossos braços estavam entrelaçados um no outro enquanto caminhávamos. O movimento estava bem fraco, tudo abria bem cedinho e fechava depois das 2 da tarde.

- Quem sabe na próxima semana não conseguimos vir de manhã. Afinal as férias estão logo ali. -respondi seguindo a italiana para uma barraquinha, umas das poucas abertas

- Sim. Também terei algumas folgas das aulas de dança. Andy vai me substituir por alguns dias. -respondeu olhando alguns trecos de enfeite para varandas.

- E a turma dela?

- Ela irá juntar as duas equipes. O grupo de salsa não é tão grande, e ela irá trabalhar isso com a minha equipe. Eles estão tão animados que estou com medo deles não me quererem de volta. -se virou rapidamente para mim.

- Isso é algo impossível de se acontecer. Você é uma professora insubstituível. -disse sincera. Carina, era uma ótima dançarina e professora.

Mesmo tendo poucas barracas abertas, Carina pode aproveitar bastante, pois a mesma conseguiu olhar com mais detalhes os artesanatos. E eu como uma boa admiradora de obras de artes, olhava com atenção cada gesto, sorriso e olhar que a mesma dava. De como ela sorria animada para cada coisa que via, de como tirava suas dúvidas com os donos das barracas. Porque tem que ser tão perfeita?

Saimos da feirinha com algumas sacolas. Compramos sorvete em um carrinho próximo a rua que meu carro estava estacionado. Até que tinha sido uma tarde produtiva.