Part 04

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M.

Juntando a coragem que me falta, me ponho em pé. Prendo meu cabelo em um coque frouxo, e começo a procurar por uma roupa confortável para passar o meu dia na rua. Conhecendo bem Carina, ela fará eu caminhar pelo shopping todo arrastando suas sacolas. Então nada melhor que um jeans e moletom, e tênis nos pés, tênis sempre é a melhor saída, quando o rolê inclui uma Deluca.

Quando sai de meu quarto devidamente arrumada, encontro a minha outra parte ponto as coisas do nosso café na mesinha que fica ao canto da sacada, sempre que o frio não estava de rachar nossos miolos, fazíamos nossa refeição ali. Ao ar puro.

- Hey! Morena. -sorri roubando uma torrada. Carina, logo tratou de deixar um tapa em minha mão. A mesma parecia toda delicada, e aquela mãozinha de fada parecia nem pesar uma pena, mas vai por mim, os seus tapas queimam. -Ai! Agressiva.

- Esfomeada. Nem senta e vai logo atacando. Alias, eu acho que devemos nos apressar, se não vamos voltar muito tarde da rua.

- Eu não estou com pressa. -a respondi enquanto mastigava minha torrada, agora já sentada bonitinha, como Carina havia mandado. - Aonde fica esse restaurante que o paspalho vai te levar? -pergunto fazendo Carina revirar os olhos com a minha última frase.

- O nome dele é Joe. -me mostra a língua. -Próximo ao centro da cidade.

- Quero o nome da rua. -digo-Paspalho combina mais com ele. -dou de ombros. Pego uma panqueca e coloco em meu prato, começando a rechear a mesma com pedaços de morango, e calda de mel. Enquanto a mais velha coloco uma folha de rúcula e queijo, fazendo meu cenho se franzir automaticamente.

- Você tem que parar de implicância isso sim. Poxa, combinamos que você iria ficar feliz por mim. -preferiu dando uma mordida em sua panqueca. Como ela comia aquelas rúculas?

- Estou feliz. Mas sei lá, esse chinês não me parece ser a pessoa certa pra você.

- Maya, você viu ele poucas vezes, e nunca conversaram. Não pode ter tanta certeza assim. Quando o conhece-lo, irá ver o quanto gente boa, gentil e amável ele é. E ele é coreano, e não chinês. -me corrigiu fazendo meus olhos rolarem.

- Tudo a mesma coisa. -a mesma negou soltando um "você sabe que não". Apenas dei de ombros. Aquele assunto estava me chateado. A parte chata de se estar apaixonada por sua melhor amiga era essa, ter que ouvir ela falando com carinho de uma outra pessoa. Aonde você foi se meter Maya Bishop?!.

[×]Como dito, Carina e eu passamos a manhã toda a andar pelo shopping. Almoçamos por lá mesmo. Céus aquele "passeio"parecia não ter mais fim. O frio tinha dado uma trégua, então aproveitamos que já estavamos na rua e nenhuma das duas tinham compromisso naquele horário, paramos no parque para alimentar os patinhos. Essa idéia era de Carina, a mesma tinha uma fascinação por patos, que ninguém nunca e nem tentou enteder. Por ela teríamos um pato de estimação, mas para a minha sorte no prédio é proibido qualquer tipo de animal.

- Ande mais rápida, Maya. Parece uma velhinha. -me provocou correndo feito uma menina ansiosa no parque.

- Pra que a pressa? Não é como se esses patos fossem fugir. -à respondi trilhando meu caminho até o lago.

Por ser um meio de tarde, o parque estava parcialmente cheio de pessoas perambulando por ali. Crianças, adultos, velhinhos e até mesmo alguns bichinhos com os seus donos. Quando alcancei minha amiga, a mesma já sorria animada em apenas de olhar os patinhos, o que automaticamente me fez sorrir também.

Uns dos motivos dos quais me apaixonei por Carina Deluca, foi esse seu lado menina que nunca se perde. O jeito que ela enxerga as coisas, como sorrir, de como seus olhinhos ficam pequeninhos quando seus lábios se puxam em um sorriso. Se eu for citar cada detalhe que me fascina nela, passarei horas e horas aqui narrando.

- Que foi, bobona? -perguntou Carina me pegando no flagra. Eu preciso me controlar mais. -Deixe a timidez de lado, e venha alimentar os patinhos. Pois eu sei que você os ama, tanto ou mais do que eu.

- Você é sempre ridícula assim? - enruguei meu nariz, em leve careta para a mais velha (de apenas meses).

- Você me ama que eu sei. -me mostrou a língua voltando a sua atenção ao lago. Ela realmente tinha razão, eu a amo, porém de um jeito que ela não fazia idéia.

- Se você acredita em papai noel. -lhe provoquei pegando o pedaço de pão que estendia em minha direção.

Carina me olhou por longos segundos, antes de explodir em uma gostosa risada, me contagiando com aquele som gostoso que sai de seus lábios.

- O que irá fazer hoje? -perguntou depois de alguns segundos em silêncio.

- Bom, eu vou sair com uma garota da universidade. -respondi simples me ajeitando na grama.

- Tipo um encontro? -perguntou incrédula.

- Nop! Tipo sair mesmo. Eu não saio para encontros, Carina. -torci os lábios, tendo a mesma se sentando ao meu lado.

- Tecnicamente é um encontro.

- Não, tecnicamente vamos sair para foder.

- Me encanto com esse seu romantismo. -brinco ponto a mão sobre seu peito, me fazendo rir. -Agora é sério. Você vai apenas ir até o apartamento ou motel, apenas para transar?

- Mas é óbvio. E não se preocupe, eu deixei claro que será apenas sexo. E levarei algumas camisinhas.

- Fico mais aliviada com esse seu lado "cavalheira". Mas sério, você realmente vai sair com essa garota apenas por sexo, ou tem uma quedinha por ela? Seja bem mínima essa queda.

Acabo rindo do seu jeito de falar as coisas. Eu realmente não tinha nenhuma queda pela Katy, a única pessoa que me atraía, sem pensar somente no sexo, estava sentada bem na minha frente.

- Realmente não. Mas agora chega desse assunto. -dobro minhas pernas, abraçando as mesma. -Que horas são? -pergunto jogando um pedaço de pão no lago.

- 20 pras 5. -disse olhando no relógio preso em seu pulso.

- Podemos ficar até você se atrasar para o seu encontro? -brinquei. Mas com aquele fundo de verdade.

- Tenho que ouvir cada uma. -a mesma rir começando a recolher suas coisas no gramado. -Já podemos ir.

- Me ajude. -pedi esticando minha mão. Prontamente a italiana veio me ajudar, quando a mesma segurou minha mão com a sua livre de seus pertences, a puxei fazendo seu corpo magro cair em cima do meu.

- Maya! Sua palhaça. -riu sem fazer esforço para sair daquela posição.

- Vamos ficar só mais um pouquinho. -minha voz sai mais rouca que o normal. Meus olhos se prendem em seus lábios rosados, enquanto minhas mãos tiram seus cachos de seu rosto. Queria que nada atrapalhasse de ver por completo aquele rosto angelical.

- O que eu não faço para ficar perto dos meus patinhos. -sorriu se acomodando ao meu lado, a mesma deitou a cabeça em meu ombro direito, passou seu braço em volta de minha cintura.

- Eu sei que você quis dizer ficar mais perto da Maya.

- Também. -respondeu escondendo seu rosto no vão do meu pescoço. Era uma sensação boa te-la tão perto de mim. Se eu pudesse não a soltava tão já, apenas para impedir que esse encontro acontecesse, sinto que esse encontro não irá me favorecer em nadinha.

I love my best friend | Marina Where stories live. Discover now