Part 39

4.7K 283 50
                                    

Narrador.

Carina, andava de um lado pro outro enquanto aguardavam o médico que atendia Maya viesse com notícias. Mesmo nervosa e não querendo preocupar sua sogra, Deluca se viu na obrigação em avisá-la, mas preferiu ligar para a sua primeiramente, onde contou apenas o que sabia "o carro de Maya capotou no barranco" apenas isso. Claro que sua mãe chorou, afinal a nora acidentada era como uma filha para ela.

A família iriam pegar o primeiro voo para Nova York. E Carina não tinha dúvidas disso.

Seu corpo todo tremia, lágrimas já não tinha mais, se secaram. O dia lá fora já tinha clareado, e assim como o coração da jovem italiana o tempo lá fora estava fria e nublado.

- Carina, eu acho melhor irmos comer alguma coisa na cantina. Você está ha muito tempo sem comer. -avisou Gal que estava o tempo todo ao lado da noiva de sua amiga acidentada.

-Estou sem fome. Mesmo assim muito obrigada. -a morena colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- Mas tem que comer, pense no seu bebê, Carina. Queremos que ele cresça forte não é? -Gal sorriu sincera tocando no ombro da italiana. Carina assentiu sentindo mais uma vez uma vontade imensa de chorar.

-Eu sei, não quero ser uma mãe ruim, mas não quero sair daqui, vai que o médico aparece com alguma notícia dela- explicou colocando a mão sobre seu ventre.

-certo! Eu vou lá buscar um chocolate quente, e rosquinhas, Maya disse que você ama. -as duas trocaram um sorriso sincero. Carina realmente estava grata em ter Gal ali por perto, nunca foram grandes amigas, apenas trocavam o básico de palavras, nada além disso. Além do fato da atriz ser uma das pessoas que mais causava ciúmes na italiana.

Poucos minutos depois a mulher estava de volta, estendeu os pedidos na mão da morena e se sentou ao seu lado. Ambas ficaram em silêncio, Carina comendo e Gal mexendo em seu celular conversando com o seu pai que perguntava por Bishop.

-Obrigada, Gal. Não só pelo café, mas também por estar aqui com nós. -disse alguns minutos depois.

- Imagina, Carina. Apenas dando apoio a duas amigas. -seus lábios se contrairam em um pequeno sorriso.

A dançarina se levantou com o lixo na mão e jogou no cesto próximo ao bebedouro, aproveitou para pegar um copo d'água, estava na hora de tomar suas vitaminas. Maya não iria ficar feliz em saber que ela descuidou de sua saúde e a do bebê.

-Carina, você está se sentindo bem? -perguntou a outra de repente se pondo em pé. Seus olhos estavam saltados para fora, os lábios entre abertos.

Sangue; era que seus olhos viam na calça jeans da italiana.

-Sim. Porque? -a mesma pegou os comprimidos que estavam na bolsa e tomou um por um.

- É-é meu Deus, você está sangrando.

-Não, não, diz que isso não esta acontecendo por favor?! -pediu sentindo seus olhos úmidos com lágrimas que até então não tinha. Seus lábios tremiam novamente, com as mãos trêmulas e com medo levou a mão entre as pernas sentindo úmido.

Sangue.

Horrorizada olhou para seu dedo. Realmente era sangue. Não poderia estar acontecendo isso, em hipótese alguma iria perder seu bebê. Seu bebê com Maya. Seu bebê com o amor de sua vida.

[…] Carina abriu seus olhos devagar se incomodando com a claridade repentina, franziu o cenho ao sentir algo em seu braço, era o soro fisiológico. Ai que se deu conta que estava deitada na maca, em um quarto hospitalar.

Ouviu vozes, olhou pra porta, sua mãe e Kate estavam ali. E como um estalar se lembrou do acontecimento de alguns segundos atrás. Segundos, mal sabia ela que estava naquela maca a quase uma hora.

I love my best friend | Marina Where stories live. Discover now