Katsuki é um ômega romancista que apenas deseja paz e silêncio para poder finalizar seus projetos, e foi essa necessidade que o fez comprar um apartamento em um prédio onde a maioria dos inquilinos são idosos. Seu nirvana pessoal, no entanto, agora...
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🌸2 meses🌸
Naquela manhã Eijiro estava sozinho com Mirai, após Katsuki ser convocado para uma reunião na editora. O filme estava nos últimos dias de gravação e ele precisava analisar e liberar o roteiro com as modificações.
O alfa enfrentou dez minutos de recomendações desnecessárias antes que Katsuki realmente saísse de casa. O ômega interno de Katsuki estava apreensivo de ter que deixá-la, ainda que confiasse em Eijiro para aquela tarefa.
— Tudo bem, eu vou tentar não demorar. — se demorou mais alguns segundos, beijando e aromatizando a filha que exibia um sorriso satisfeito e desdentado no colo do pai alfa.
— Nós vamos ficar bem, prometo. — piscou, sorrindo e Katsuki suspirou, forçando-se a se acalmar.
— Eu sei, só é difícil ficar um tempo sem ela. Enfim, preciso ir.
E foi. Não sem antes voltar e beijar Mirai novamente e repassar mais alguns detalhes com o alfa que riu de seu desassossego.
— Agora somos só nós dois, não é? — moveu-a cuidadosamente para frente, apoiando sua cabeça contra a palma da mão de modo que seus pés se apoiavam contra o peito do alfa.
O mais incrível era observar o quanto Mirai gosta de interação, sempre muito serelepe e animada ao ver qualquer um conversar consigo. Ela movia os lábios e tentava emitir os sons, balançando os braços e pernas quase furiosamente.
Não tiveram muito tempo sozinhos, afinal, já que suas mães resolveram visitá-lo de surpresa. Eijiro agradeceu imensamente o fato de Katsuki não estar em casa, ele simplesmente detesta gente que surge sem ligar ou avisar e sem dúvida ia ficar injuriado.
— Ela vai ser bem tagarela, igual a você quando criança, Jiji. — Izumi, a mãe ômega de Eijiro, afirmou sem nenhuma dúvida enquanto segurava a neta que ria de suas caretas engraçadas — Não é mesmo, meu Pequeno Grilo.
— Não a chame assim, mamãe, é ofensivo. — avisou, suspirando — Principalmente na frente do Katsuki, ele não vai gostar.
— O que posso fazer se ela é assim? — encarou Eijiro com um sorriso — Você tinha o dobro do tamanho dela nessa idade.
— Isso é maldoso, Izu. — o olhar de Saori era divertido, embora lutasse para se manter séria.
— A verdade é apenas uma, e vocês não vão me calar. Isso não significa que ela não seja bonita, pois ela é maravilhosa, ainda mais tendo puxado a cor dos seus olhos, Saori.
Aquele era um detalhe que tinha deixado a todos surpresos. A medida que Mirai crescia, sua irís assumia a cor lilás da avó paterna.
— Agradeço o elogio, mas isso não anula a minha repreensão.
