Katsuki é um ômega romancista que apenas deseja paz e silêncio para poder finalizar seus projetos, e foi essa necessidade que o fez comprar um apartamento em um prédio onde a maioria dos inquilinos são idosos. Seu nirvana pessoal, no entanto, agora...
Olá, amades, sou eu trazendo mais dessa fic rsrsrs
*Postado em: 28/09/20
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Semana 26
As últimas semanas de Katsuki foram distribuídas em turnos em casa, no hospital e trabalho. Ele assumiu uma nova rotina disciplinada e conseguiu liberar Ashido do trabalho de ajudante, ainda que ela teimasse em voltar para poder ajudar de quando em quando. Comparecia as consultas médicas toda semana para uma bateria de exames a assim monitorar se seus esforços estavam resultando em uma evolução positiva. O primeiro obstetra que tratou dele, ainda no hospital, o encaminhou para um especialista em medicina fetal de alto risco, mais preparado para atender seu caso.
Quando estava em casa ele evitava a todo custo ter contato com Eijiro que ainda o busca tentando uma reconciliação. Katsuki ainda guarda mágoa e certo ressentimento por tudo o que aconteceu e como precisa priorizar sua saúde e tranquilidade, resolveu apenas deixar o assunto relacionamento de lado, certo de que lhe pouparia muitos aborrecimentos. Os poucos episódios em que permitiu a aproximação do alfa não foram muito pacíficos e ambos se desentenderam novamente.
Ele ama Eijiro e desconfia que esse é um sentimento que vai se estender por muitos anos e já aceitou o fato do alfa ser imaturo para lidar com certos assuntos. As atitudes dele até são bonitas e singelas, mesmo assim Katsuki pode sentir a inconformidade acerca de toda a situação. Katsuki entende que ele se sente traído por causa da gravidez acidental e que tenta ao máximo não demonstrar, o que é perceptível mesmo escondido sob um sorriso de falsa conformidade.
Por isso, por mais que deseje a presença dele, Katsuki opta por não correr riscos desnecessários e mantêm-se afastado. Até mesmo trocou a fechadura da porta entre as duas casas, tencionando arrancá-la e tornar a fechar a passagem um dia. Ele não vai morar naquele prédio a vida inteira e os compradores não verão com bons olhos uma porta de acesso interno entre um apartamento e outro.
Felizmente Aizawa entendeu a sua situação e tem contornado os possíveis problemas envolvendo o trabalho de Katsuki. Ele paralisou os projetos e lida com a burocracia mais enfadonha para que o ômega não se irrite lidando com os números. Os roteiros continuam chegando para a sua avaliação, porém são trazidos por alguém da empresa para que Katsuki não tenha que se deslocar o tempo inteiro.
Bolota não sai mais de seu apartamento e o segue por todo lugar, vigiando cada um de seus movimentos com os olhos atentos. Se Eijiro se importa com o desaparecimento do cachorro, Katsuki não sabe e também não liga. Bolota é um bom companheiro, calmo quando em companhia do ômega e Katsuki já se afeiçoou demais para deixá-lo se afastar, afinal, ele precisa de uma companhia para as noites solitárias, uma que seja externa, que ele possa abraçar e acariciar.
Semana 27
O apartamento é muito grande e sufocante e Eijiro precisa constantemente de ar para não enlouquecer de vez. Ele anda de um lado a outro, sem nunca encontrar uma atividade que preencha o vazio dentro de si, sempre melancólico e ansioso.
