16 - Dificuldades

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Olá, querides, saudades? 

*Postado em: 20/08/20

Alguns eventos simplesmente não tem explicação, são inalteráveis e nos deixam impotentes por serem surpreendentes demais

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Alguns eventos simplesmente não tem explicação, são inalteráveis e nos deixam impotentes por serem surpreendentes demais. Eijiro realmente não sabia o que fazer na atual situação, totalmente desarmado com as lágrimas de Bakugou. Por um minuto achou que ele ia matá-lo por tê-lo molhado sem querer, ele realmente parecia capaz de cometer um assassinato e o fato dele começar a rir insanamente serviu para cimentar essa certeza. 

Eijiro se adiantou, tentando se desculpar, certo de que não haviam palavras suficientes para consertar aquele estrago, tão irritado consigo mesmo por ser descuidado. Então, sem nenhum motivo, o rosto de Bakugou se contorceu em uma careta angustiada, seus lábios repuxaram e ele começou a chorar. Não um pranto comum, e sim pesado, visceral. Doeu fisicamente a Eijiro presenciar aquelas lágrimas, principalmente por julgar ser o culpado.  

— Por acaso você me odeia? — Katsuki perguntou, devastado.

Não parecia com Katsuki, nem soava como ele. Era suave, quase suplicante e Eijiro não o reconheceu como sendo o vizinho de sempre. 

— Não! — Eijiro se apressou em desfazer o mal entendido — Realmente não sabia que estava aí, só me assustei e perdi o controle. Foi um acidente, eu juro!

Felizmente Bakugou não o tinha surpreendido em um dia ruim ou perto de seu hut caso contrário o lado alfa de Eijiro o consideraria uma ameaça por estar invadindo seu espaço pessoal e o teria atacado sem pensar. 

— Porque vive fodendo com tudo então? — Bakugou não desistiu, atacando-o verbalmente. Ele mordia o lábio inferior, trêmulo e revoltado. 

Não foi preciso muito para Eijiro entender que quem estava falando não era Katsuki e sim seu lado ômega. Ele estava molhado, sentia-se descontente e chateado com tudo e o alfa de Eijiro subiu em suas costas, forçando-o a tomar alguma atitude. 

"Acalme o ômega, mantenha-o quente e confortável" o alfa interno gritou ordens, cravando suas garras nos ombros de Eijiro que largou tudo, inclusive a confusão e paralisia, obrigando-se a agir. 

Ele não tinha nenhuma toalha por perto, nem mesmo uma camisa, então o mais adequado seria levá-lo para cima, onde poderia encontrar materiais adequados. 

Para isso, no entanto, precisava da permissão dele.

— Bakugou, eu realmente sinto muito. Posso consertar, apenas... me deixe te levar para casa. 

Bakugou ergueu o rosto, fechando-o em uma carranca que não conseguia ocultar seu olhar suplicante. Ele queria ser tocado? E se fosse o caso até onde Eijiro tinha permissão para fazê-lo? Poderia pegá-lo no colo? Não, ele definitivamente o odiaria por isso. Oferecer um ombro de apoio? Realmente não sabia, não fazia ideia. Ele não era um ômega, não sabia se seria seguro fazer algo assim. 

Na Porta Ao LadoWhere stories live. Discover now