Katsuki é um ômega romancista que apenas deseja paz e silêncio para poder finalizar seus projetos, e foi essa necessidade que o fez comprar um apartamento em um prédio onde a maioria dos inquilinos são idosos. Seu nirvana pessoal, no entanto, agora...
O capítulo foi escrito meio as pressas então me perdoem se tiver algum erro rsrs
🌟Publicado em: 17/05/20 🌟Revisado em: 24/11/20
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A câmera estava ligada, o áudio bom e sem ecos, com exceção do microfone que Eijiro ainda estava ajeitando. Não era um bom dia para gravar, na verdade era um dia de merda porque ele se sentia um merda, mas não podia enrolar Mina por mais tempo que já fizera. Ela estava ansiosa para a entrevista, e ele tinha que produzir um novo vídeo para o canal, então decidiu que era hora de parar de procrastinar.
Por estar desanimado preferiu não fazer ao vivo como de costume, assim poderia refazer, editar ou simplesmente apagar e fingir que nunca existiu. Podia não ser um expert em assuntos difíceis (sequer chegava perto disso), mas não significava que ofereceria qualquer tipo de entretenimento aos seguidores, até porque tinha muitos e o caminho para conquistá-los havia sido árduo.
Começaram falando sobre moda, assunto que Mina obviamente tinha mais conhecimento que ele, quase uma graduada. Eles selecionaram algumas fotos de famosos, artistas dos mais variados estilos, e passaram a julgar suas roupas. Eijiro tentou ao máximo não transparecer a chateação que sentia, afinal não era momento de deixar os demais perceberem que se sente merda, mas estava difícil. Bastava olhar para a varanda que as imagens do incidente lhe vinham a memória para o desestabilizar e fazer seu estômago se contorcer.
Não demorou para Mina perceber o olhar amuado que ele tentava esconder a todo custo e, como lhe era natural como respirar, tratou de colocá-lo contra a parede a fim de descobrir o que o estava deixando chateado. Era o normal dela agir como analista, guia espiritual, psicológica e guru dos amigos, sempre ansiosa por ajudar, fosse com uma palavra amiga ou um cascudo bem dado.
Mina: Então, bebê, conta pra mamãe aqui o que está deixando você tão desanimado.
O alfa encarou a imagem da amiga na tela agora dividida em duas e suspirou com o queixo apoiado na mão. Sequer estava prestando atenção no que ela falava, apenas se lamentando pelo incidente na sacada.
Eijiro: Não é nada demais, apenas mais uma das minhas burrada (bufou, chateado) De alguma maneira eu sempre acabo estragando tudo.
Mina: Ih, o que é isso? Negativo, nada de se sentir um merda, não no meu turno, amigo. Você é maravilhoso. Agora conta: tem a ver com o seu novo crush?
Eijiro olhou para ela com os olhos estreitos em um aviso claro, esperando que ela pudesse compreender que não queria entrar no assunto.
Eijiro: eu não tenho um novo crush!
Sabia que não seria suficiente ara detê-la pelo simples fato de ser ela. Mina não desistia fácil de suas ambições com apenas olhares ou avisos, mesmo as mais simples. Na verdade sabia ser persistente como ninguém, uma característica invejável.
