Katsuki é um ômega romancista que apenas deseja paz e silêncio para poder finalizar seus projetos, e foi essa necessidade que o fez comprar um apartamento em um prédio onde a maioria dos inquilinos são idosos. Seu nirvana pessoal, no entanto, agora...
Mais um hoje porque eu consegui. Amei os comentários, gente e prometo que vou respondê-los assim que acabar de escrever o próximo. Como podem ver eu os li, mas estava tão concentrada em escrever esse capítulo que quis terminá-lo antes. Obrigada pelo carinho AAAAAAAAAAAAAA
*Postado em: 25/09/20
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Com pouco esforço, Eijiro ergueu o peso de duzentos e cinquenta quilos por cima da cabeça, contendo os rosna dos que reverberavam em sua garganta pela força que estava fazendo. Podia sentir os músculos estendidos e o pulsar da jugular, bem ckmk cada nervo do corpo no limite.
O único momento em que a mente de Eijiro permaneceu em branco, livre de pensamentos e ele agradeceu o silêncio da consciência que não parava de julgá-lo.
Os jurados aprovaram sua performance com movimentos positivos de cabeça, cochicando uns com os outros naquela linguagem que mais parecia um rugido baixo e arrastado. Pareciam verdadeiramente impressionados com sua capacidade de suportar tantos quilos sem muito sofrimento.
Sero e Denki estavam sorridentes na platéia, erguendo os polegares e os movendo de jeito frenético enquanto gritavam e se abraçavam, pulando eufóricos quando os juízes revelaram o resultado positivo.
Eijiro deveria estar feliz também, ele tinha se preparado para aquele momento por meses, dado tudo de si, contudo, a única coisa que sentiu no momento em que soltou o peso no chão e a mente voltou a fervilhar, foi vazio e certo nojo de si mesmo.
O que ele estava fazendo nos últimos anos? Certo, ele tinha medo de não ser suficiente para Katsuki, acabar desiludindo-o de certa maneira, mas não justificava sua indecisão. Estava machucando-o com tudo aquilo e não havia nem mesmo um único motivo forte o suficiente para justificar sua postura imatura.
Logo ele que lutou tanto para conquistar aquele ômega marrento e descobriu-se apaixonado, incapaz de viver sem tê-lo ao lado. A verdade é que tinha se mal acostumado com a rotina, deixado-se seduzir pela facilidade de um relacionamento sem restrições e, assombrado pelos fantasmas das tentativas falhas, acabou deixando tudo apenas acontecer, sem se preocupar com o amanhã, vivendo um dia de cada vez.
Frustrou-se ao perceber que Katsuki queria mais, e o pressionou por uma resposta. Estava tudo muito bem na sua visão, poderiam manter o mesmo esquema, só que ele era o único satisfeito e foi egoísta ao pensar que o ômega deveria estar satisfeito como ele.
Ele aproveitou enquanto lhe era conveniente e acabou colocando tudo abaixo.
Nem mesmo conseguiu se animar com o resultado de seus esforços, apenas se retirou antes de ser abordado pelos amigos.
— Esse é o nosso monstrão! Tá aí mostrando de novo para o que veio! — Sero bateu nas costas dele, animado e com um sorriso gigante no rosto. O sorriso de Eijiro foi tímido e fraco, sem vontade de realmente comemorar. Não tinha clima para isso — O que aconteceu, cara?
