• Jeremy | Super Proteção

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Sentada sozinha na pensão Salvatore, olhei sem rumo para a lareira do outro lado da sala. Meus irmãos Stefan e Damon estavam ajudando Elena em algum negócio que eles não se importaram em me incluir, me disseram para ficar em casa. "Para minha própria proteção", segundo eles. Mas eu sabia que era uma grande mentira. Eles parecem se esquecer que eu não sou mais a garotinha perfeita que eu era em 1884, antes de ser transformada.

Isso não os impediu de me tratar como tal, no entanto.

Com um copo de uísque de Damon em minhas mãos, que eu sabia que não deveria beber, minha audição intensificada captou o som da porta da frente abrindo e fechando, seguido por passos apressados vindo em minha direção. Eu preguiçosamente virei meu olhar para a porta a tempo de ver Jeremy entrar correndo na sala, seus olhos cheios de preocupação. Quando seu olhar pousou em mim, ele pareceu relaxar.

— Hey Jer... – eu o cumprimentei preguiçosamente, girando o Bourbon em torno do copo de cristal, entediada, antes de engolir o que restava.

Eu o ouvi suspirar de alívio.

— (S/n)... – ele falou um tanto sem fôlego. – Você está bem?

— Por que eu não estaria? – perguntei a ele, colocando o copo de cristal vazio no chão antes de me virar para encará-lo diretamente, descansando meu queixo em meus braços enquanto me inclinava contra o encosto do sofá.

Enquanto ele olhava ao redor da sala, verificando as janelas e muitos outros possíveis pontos de entrada, ele começou a se mover em minha direção. — Ah... Bem, Stefan e Damon tem um grande problema com lobisomens e...

Eu zombei duramente, interrompendo-o com uma risada ofegante. — E eles mandaram você aqui para me verificar, não foi? – perguntei retoricamente, balançando minha cabeça decepcionada porque eu já sabia a resposta.

Eu me levantei do sofá, jogando meus braços em exasperação. — Se você não notou, Jeremy... – falei sarcasticamente, passando por ele e voltando para o corredor principal. – Estou perfeitamente bem. Não preciso de todo mundo me vigiando 24 horas por dia. – tentei o meu melhor para não deixar minha raiva transparecer ao som dos passos de Jeremy seguindo de perto. Eu o senti colocar a mão no meu ombro, me girando duramente para encará-lo, dando um passo para trás ligeiramente em um silêncio atordoado com o quão perto estávamos.

— O que há de errado com você? – Jeremy sussurrou em descrença, encolhendo os ombros em confusão. – Eu não entendo. Você está agindo como se todo mundo estivesse te ignorando, você está agindo como se fosse ingrata porque estamos protegendo você...

— Eu não sou uma criança, Jeremy! – eu gritei com raiva, me aproximando dele com meus punhos cerrados ao meu lado. – Tenho 135 anos, pelo amor de Deus! Posso ser mais nova que Stefan e Damon, mas sou tão forte e experiente quanto eles! Sou perfeitamente capaz de cuidar de mim mesma, até consegui me defender do Elijah quando ele veio atrás de mim, mas ninguém parece entender isso! Não diga que estou agindo como se todos estivessem me ignorando, porque vocês estão.

Um silêncio pesado caiu sobre a casa, o único som que podia ser ouvido era o som dos grilos cantando nos jardins do lado de fora. Em meio ao silêncio, finalmente percebi como minha respiração estava difícil, finalmente percebi as lágrimas caindo dos meus olhos e a imensa dor que percorria meu peito. Minhas emoções intensificadas estavam se tornando demais.

— Eles não se importam comigo, Jeremy... – eu solucei, limpando minhas bochechas furiosamente. – Meus irmãos passaram tanto tempo defendendo a Elena que eles não tiveram tempo de ver o que toda essa proteção está fazendo comigo. Eles até tiraram meu anel da luz do dia e o esconderam em algum lugar para que eu não pudesse sair de casa e me colocar em perigo, e eles até fizeram a Bonnie colocar um feitiço de barreira em volta da minha própria casa para que não pudesse sair durante a noite!

Jeremy permaneceu em silêncio, ouvindo cada palavra que eu dizia. Sua expressão mudou de séria para preocupada, com uma mistura de tristeza e compaixão. Ele caminhou em minha direção lentamente, olhando para mim com olhos tristes. Eu olhei para ele com um olhar choroso.

— Eu sou uma inútil. Eles me veem como desvantagem, ou apenas como algo que pode atrapalhar seus planos... – comecei, meu olhar caindo sobre o pouco que restava do chão entre nós. – Eu não sou nada.

Em um instante, observei a mão de Jeremy gentilmente tocar o meu queixo, levantando meu olhar de volta para ele, sua expressão agora voltando a ser séria.

— Nunca mais diga isso. – ele rosnou com raiva, movendo as mãos para os meus ombros e segurando-os com firmeza. – Você é muito mais do que você pensa.

Eu balancei a cabeça lentamente, não acreditando em uma palavra do que ele disse. — Eu não sou mais uma criança, Jeremy. – choraminguei, encontrando-me cedendo ao seu olhar ansioso. – Por que eles não podem ver isso?

No silêncio que seguiu, funguei levemente e suspirei pesadamente. Eu me senti tão patética chorando e me lamentando assim.

— Posso ganhar um abraço? – eu perguntei sem pensar, timidamente contraindo meus braços mais perto do meu corpo, apenas desejando que eu pudesse de alguma forma ficar invisível e me esconder da minha pergunta embaraçosa. Quando ouvi Jeremy rir, levantei meu olhar para encontrar o dele e senti um pequeno sorriso se formando em meus lábios.

— E você precisa pedir? – ele questionou retoricamente, antes de avançar rapidamente e envolver seus braços em volta do meu corpo, puxando-me para ele e me segurando perto. Passei meus braços ao redor de seu corpo em troca, enterrando minha cabeça em seu peito e respirando profundamente. Eu não pude deixar de cair para frente em seu domínio, minhas emoções intensificadas cobrando seu preço e me deixando física e emocionalmente exausta. Eu ouvi Jeremy rir de minhas ações, seu peito vibrando suavemente. – Vamos... – ele começou, cuidadosamente se afastando e me segurando com os braços estendidos. – Você deveria descansar um pouco. Vou conversar com o Stefan e com o Damon pela manhã.

— Promete? – eu perguntei timidamente, olhando para o garoto diante de mim com os olhos semicerrados.

Em resposta, Jeremy deu um passo à frente e capturou meus lábios em um beijo gentil. Quando nos afastamos, Jeremy sorriu brilhantemente. — Eu prometo. – ele sussurrou, antes de pegar minhas mãos suavemente nas dele. – Agora vamos, vamos descansar um pouco.

É seguro dizer que na manhã seguinte, depois que Damon pegou Jeremy e eu dormindo juntos no meu quarto, e depois de muito convencimento da parte do Jeremy e até da Elena, ele e Stefan prometeram me incluir em seus planos para impedir Klaus. Bonnie suspendeu o feitiço da barreira e Jeremy até me devolveu meu anel da luz do dia, que foi quando eu descobri que o anel esteve com ele esse tempo todo.

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CRÉDITOS: shadowhunter-diaries no Tumblr. Traduzido por mim!

Gente, eu prometo que vou tentar encontrar mais hots do Jeremy para postar aqui, mas por enquanto fiquem com esse bem fofinho...

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