• Elijah | Homem Cheio de Fantasia (parte 1)

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Você arrumava suas coisas com euforia, queria partir antes do nobre original chegar e tentar se explicar. Você não queria ter que ouvir o quão falsamente arrependido ele estava, queria estar longe.

Por que? Tudo começou no restaurante da cidade, quando você ativou seu gene de lobisomem, Elijah viu em você uma pobre garota que não tinha conhecimento de nada sobre o sobrenatural, não tinha nem mesmo sobre sua própria espécie, você estava aterrorizada e então aceitou a ajuda do homem de terno preto.

Ele te ajudou em todo o processo, te ensinou a se controlar e te deu um anel para controlar as transformações quando você não queria mais se transformar. Aos poucos você foi criando sentimentos por ele, e de início tentou afoga-los em meio as imensidões de sentimentos que sentia, no entanto era mais forte que você.

Quando Hayley deu a luz a filha de Klaus, ele se afastou, mas ainda ia lhe ver e passava um tempo com você. Mas foi quando Hayley tentou afastar Hope dos Mikaelson que tudo mudou, Elijah ficou a favor da lobisomem enquanto você permanecia ao lado de Klaus, discordando totalmente da decisão da mulher e do nobre.

Você se aproximou do híbrido, ele não era um psicopata louco, ele era simplesmente humano. Tinha atitudes humanas, como o medo, o medo constante que ele tinha de ser deixado para trás. Em uma ou duas conversas que tiveram, ele se abriu completamente, e quando você adormeceu devido ao álcool em seu organismo, ele a levou para cama. Era justo dizer que você o amava. 

A porta se abriu atrás de você e você rapidamente terminou de fechar as malas e se virou.

— Não precisa partir, preciso de você aqui.

Você sorriu para Klaus.

— Posso manter meu irmão distante de você, (s/n), mas preciso que fique, preciso de alguém de confiança para me ajudar a cuidar da Hope. – ele se aproximou e você se agarrou no corpo dele, como faria em um ursinho de pelúcia.

Você não queria ir e deixa-lo enfrentar seus próprios demônios, mas sabia que era impossível viver no mesmo lugar e não trocar palavras com Elijah. Klaus beijou o topo de sua cabeça, inalando o cheiro do shampoo que vinha de seu cabelo.

— Eu não irei para fora do país, Nik, só vou me hospedar em um hotel.

— E para que? Você tem todo o conforto necessário aqui.

Niklaus era um homem teimoso e com certeza continuaria insistindo até seu irmão chegar. Você ergueu a cabeça, seus lábios próximos ao queixo dele, ele torceu os lábios em um sorrisinho.

— Certo, lobo mau, me convenceu. Mas convença seu irmão a ficar distante, ou eu mesma o colocarei para dormir.

(...)

Dias haviam se passado, você ainda tentava se acostumar com a movimentação que sempre ouvia pela casa agora, Hope estava adorável, mas a via poucas vezes, apenas quando Klaus a levava para seu quarto. Você havia se aprisionado ali, tentando a todo custo evitar encontrar Elijah... e por um tempo tinha funcionado.

— Nós precisamos conversar. – a voz ecoou da porta que logo se fechou em um estalo, você abriu a boca para gritar por Klaus, no entanto ele foi mais rápido. – Meu irmão não está.

Você se levantou e passou por ele, girando o trinco e abrindo a porta. — Saia. – você ordenou firmemente.

— Por que está me evitando?

Você riu, ele seria tão cínico?

— Fora, Elijah! Ou eu não respondo por mim. – você avisou caminhando de volta para sua cama, ele cruzou os braços, desafiando-a.

Você apanhou a estaca de carvalho debaixo do colchão e caminhou até ele, estava brava demais, em sua mente tudo se repassava, as tentativas de conversas, de não lutar contra ele, mensagens. Nada. Ele havia ignorado tudo e agora queria conversar.

Você era altamente perigosa com raiva, era impulsiva, antes você até havia passado por um psicólogo, estava tentando de toda forma se controlar, não ser tão egoísta e orgulhosa, mas nada funcionou e com a transformação tudo só se intensificou.

— Eu mandei sair! – você gritou, pronta para cravar a estaca no peitoral firme do original, mas ele a impediu e a jogou na cama, abrindo seus dedos, fazendo-a soltar a estaca, ele a rendeu. – Dê o fora daqui! Sai!

— O que houve com você? Passar tanto tempo com Klaus te fez adotar esse comportamento, não é? Eu lhe avisei.

Você rosnou e tentou tirar seu anel. Queria morde-lo, queria vê-lo sofrer.

— Você me disse? Tudo que eu me lembro foi de você me ignorar! De você virar as costas para sua família por uma mulher!! O que era aquilo, hein Elijah? Achou que afastando o bebê de seu irmão se sentiria pai? – você riu. – Achou que ouviria ela o chamar de papai? Que seria você o primeiro a ver os primeiros passinhos, os primeiros dentes dela? Você é patético!

Ele fraquejou, diminuindo o aperto em seus pulsos.

— Você nunca será pai, nunca será abençoado como seu irmão foi. Você é pior que o Klaus, sabia? Se esconde atrás deste terno, pensa que enquanto ele e suas mãos estiverem limpas tudo bem, mas isso não te faz menos monstro, só te faz um homem cheio de fantasia!

Ele a soltou, as lágrimas brilhando nos olhos dele. Você se arrependeu e quase se entregou ao choro também, também doía em você dizer tudo aquilo a ele, mas só estava tentando aliviar sua dor, seu rancor... Você o amava e ele te abandonou.

— Eu sinto muito, mas pedi para sair. – você trancou a porta e se jogou na cama, tudo caindo sobre seus ombros, toda a dor do desamparo, todo os sentimentos por ele duplicando as sensações. Ah Deus.

(...)

Seu rosto está inchado e você está enrolada nas cobertas, o quarto estava escuro e frio, você não queria sair. Não precisava comer nem beber nada, havia se recusado a sair nas vezes que Klaus a havia chamado, queria ficar sozinha.

Mas era pedir demais. Você sentiu o lado vazio da cama afundar com o peso de alguém e logo os braços estavam ao seu redor.

— O que houve, lobinha? – o sotaque britânico te vez sorrir e você entrelaçou os dedos nos de Klaus.

— Estou bem. – você resmungou.

— Me conte.

— Elijah esteve aqui, nós discutimos, eu o disse coisas horríveis e tudo veio à tona novamente. Eu sou patética e cruel.

— Shh. – ele a apertou quando ouviu os soluços voltarem. – Eu falhei, devia ter ficado aqui e o impedido de subir.

— Você tem outros compromissos, não pode ficar aqui para sempre. – você admitiu e suspirou, mordendo os lábios para prender o choro. – Não faça nada para ele Nik, acho que já está doendo.

— Tudo bem lobinha, agora tente dormir, você está péssima.

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CRÉDITOS: @TwilightStory12

Vou postar a parte 2 amanhã!

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