• Kol | Silenciosos Como Um Trovão

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Tempestades.

O som da chuva batendo contra a janela, a escuridão das nuvens, os relâmpagos aparentes e queimando tudo o que atinge. Você odiava tudo isso.

Mas acima de tudo, você odiava o barulho. O estrondo, a forma como vibrava através de você, não deixando nada além de medo em seu rastro.

Vivendo com os Mikaelsons, você pensaria que nada mais te assustaria. Mas, se esta noite fosse alguma coisa, você estava errada.

Não eram necessárias as habilidades de um vampiro para ouvir seu coração martelando no seu peito. O som externo te apavorou, mais do que qualquer coisa que você já enfrentou, e não demorou muito para perceber que se aconchegar em um cobertor não iria ajudar.

Saindo da cama, você caminhou descalço pelo corredor, tentando evitar os rangidos do piso. Um, isso apenas aumentaria toda a atmosfera do filme de terror, e dois, você não queria acordar ninguém. Os Mikaelsons tinham muito com o que se preocupar no momento.

Eventualmente, você alcançou seu destino. Abrindo a porta, você viu o irmão Mikaelson mais novo dormindo em sua cama, o peito dele subindo e descendo, a cabeça quase enterrada sob o cobertor. Entrando na ponta dos pés no quarto de Kol, você considerou como exatamente você faria para ir para a cama dele e abraçá-lo sem acordá-lo.

O vampiro seria o seu conforto durante a noite, você decidiu. Ele era caloroso, bonito e sempre sabia como te animar. Desde que você começou a morar com a família Original, vocês dois formaram algum tipo de conexão, mas não tinham certeza de para onde isso estava indo.

Ainda não, de qualquer maneira.

O piso rangeu e você praguejou mentalmente.

— (S/n)? O que você está fazendo? – a voz de Kol veio da cama, o sono ainda evidente em seus olhos castanhos.

Sua resposta foi abafada pelo estrondo seguinte de um trovão e Kol te viu recuar.

— Espere, você está com medo da tempestade?

Você balançou a cabeça, respirando pesadamente em uma tentativa de se acalmar depois de ver um raio cair pela janela.

— Venha, então.

Kol jogou o edredom para trás, revelando seu peito nu e te convidando a se deitar ali. Felizmente, você aceitou, aconchegando-se no peito dele, já se sentindo melhor.

— Desculpe, eu te acordei.

Kol riu, dando um leve beijo em seu cabelo.

— Está tudo bem. Contanto que você esteja bem, eu não me importo.

Sorrindo, você ouviu seu coração batendo no peito mais uma vez, mas desta vez não era de medo.

Kol pareceu ouvir também.

— Tão assustada, hein?

Ele colocou um braço em volta da sua cintura, seu aperto em você mais forte a cada trovão.

Você pegou a mão dele, ganhando um olhar surpreso dele, que logo foi seguido por um sorriso.

— Kol?

— Sim?

— Como nós dois estamos acordados... – você parou, sem ter certeza se o que se seguiu era a coisa certa a dizer. – Como estamos ambos acordados, talvez devêssemos discutir para onde as coisas estão indo entre a gente.

— O que você quer dizer com isso, (s/n)?

Você se mexeu para encará-lo, seus lábios a centímetros de distância um do outro.

— Quero dizer, o que nós somos?

— O que você quer que sejamos?

Os olhos dele voaram para seus lábios, e você sabia a resposta.

— Eu gostaria muito que estivéssemos juntos. Se é o que você quer.

A mão de Kol se moveu para cobrir sua bochecha, sorrindo para você enquanto fingia considerar sua proposta.

— Eu gostaria muito disso.

Ele te beijou suavemente, seus lábios se moldando como um quebra-cabeça. Uma combinação perfeita.

A tempestade foi abafada pelo seu coração martelando mais uma vez enquanto Kol continuava a beijá-la, parando de vez em quando para sorrir para você.

Eventualmente, o sono atingiu vocês dois e você se aninhou nele, não mais com medo do tempo lá fora.

Quando Elijah veio acordar seu irmão na manhã seguinte, ele não ficou nem um pouco surpreso ao encontrá-la envolta em seus braços, ambos dormindo profundamente.

Ele tinha, é claro, ouvido tudo.

— Silenciosos como um trovão, vocês dois.

E com um sorriso no rosto, ele fechou a porta, deixando vocês descansando.

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CRÉDITOS: kmikaelsonimagines no Tumblr. Traduzido por mim!

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