✟ lights up ✟

seven

Começamos a andar pela rua que se estendia atrás da casa principal, indo de casa em casa e conversando um pouco com cada morador que residia ali. Eram, até onde eu contei, cerca de vinte casas, sendo dez em cada lado da rua extensa e sem saída. 

Louis e Niall faziam todo o diálogo, apenas deixando que eu observasse. Normalmente eles faziam perguntas como "Tem precisado de algo?", "Notou alguma movimentação estranha?" e apenas se certificam da fidelidade dos tais residentes da comunidade.

Prendi meu cabelo em um rabo, sentindo o calor emitido pelo sol esquentar cada vez mais meu corpo. Andávamos para a próxima casa, apenas trocando comentários simples mas mantendo a seriedade na tarefa. Faltavam apenas algumas casas para terminarmos, após algumas horas no local fazendo as visitas.

– Díaz, faltam apenas 5 casas. A próxima vamos deixar você fazer as perguntas. – disse Louis, olhando para mim enquanto passava a mão pelo sua testa suada. Aquele calor realmente não estava nos dando um trabalho mais facilitado. Respirei fundo, me dirigindo com os homens até a próxima casa. Suas características eram padrão. Simples, ás vezes com uma estrutura mais fragilizada porém aparentava segurança, pois tinha absoluta certeza que os homens do grupo principal não deixariam alguém habitar em uma estrutura de risco. 

Todas as casas possuíam um portão de ferro simples, então tocamos a campainha anexa na parede ao lado do portão, esperando alguém nos atender. Saiu da casa uma mulher de idade, vestia uma roupa simples e possuía seus cabelos negros cacheados em um coque. Ao ver os dois homens ao meu lado sorriu, se aproximando de nós e abrindo seu portão após tirar o cadeado que havia no mesmo. 

Observei a senhora e suas características, como sua pele negra e olhos grandes e castanhos. Tombei a cabeça para o lado, buscando em minha mente características semelhantes que já havia visto. 

– Niall! – disse a mulher, abrindo um sorriso de ponta a ponta ao ver o homem, abraçando o mesmo. – Como vai meu genro? – perguntou, fazendo-me arregalar minimamente os olhos ao cair a ficha. A mulher era mãe de Valerie. Sorri com a cena. 

– Vou bem. – Horan responde, sorrindo abertamente e rompendo o abraço com a senhora. Após a mulher também cumprimentar Louis, olhou para mim, franzindo o cenho. – Essa é a Ava Díaz, Sra. Thompson. – Niall me apresenta – Ela é a nova membro do grupo principal. 

Os olhos da mãe de Valerie arregalaram-se, expressando entendimento. Sorriu para mim, simpática. 

– Então você foi o motivo da festa que tirou meu sono ontem. – brincou, rindo graciosamente e me puxando para um abraço. Percebi de onde Valerie havia tirado seu senso acolhedor e simpático. Sorrio abertamente, me sentindo confortável nos braços da mulher, figura que sentia muita falta de ter. 

– Sinto muito por isso, Sra. Thompson. – digo sem graça, ainda sorrindo. – É um prazer conhecer você, não conheço muito a sua filha, mas ela parece ser uma mulher incrível e agora entendo de onde puxou tal característica. Niall provavelmente concorda comigo. – simpatizo com a senhora, vendo a mesma e Niall sorrirem com meu comentário. – Bom, estamos aqui para as visitas semanais. Agora é minha vez de fazer as perguntas em relação à isso e então, gostaria de saber como você está e se tem passado alguma necessidade... – ao perceber o teor sério que a conversa tomou, Sra. Thompson encerra seu sorriso, expressando atenção e certa inquietude com o tema. Não conseguia imaginar a aflição diária da mulher ao viver em tal realidade e ter sua filha exposta ao perigo constante.