Justine Jones, uma policial preenchida por traumas, é designada à missão que daria continuidade para o legado de seu pai, o Capitão Jones. Entretanto, em meio a perdas e excruciantes experiências, Justine encontra-se diante aos homens que irão torna...
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❝ Eu preferiria estar em qualquer lugar, em qualquer lugar, menos aqui
Eu fecho meus olhos e vejo uma multidão de mil lágrimas
Rezo a Deus para que eu não tenha desperdiçado todos os meus bons anos
Todos os meus bons anos, todos os meus bons anos❞
Good Years - ZAYN
O tempo paralisou-se. Perdi a noção do que acontecia em minha volta. A inércia envolveu-me ao encontrar-me no cenário presente.
Após Ian nos deixar sozinhos naquela sala em sua covarde fuga - que acabou poupando minha vida -, Liam se remexe no chão. Ele coloca uma de suas mãos na ferida em seu abdômen, grunhindo violentamente ao arrastar-se para trás de mim.
– Liam! O que você está fazendo? – exaspero, com meu olhar repleto de pavor por não poder apará-lo ao ter minhas mãos presas. O barulho de troca de tiros e gritos do lado de fora estavam mais altos, já que a porta estava aberta.
Payne, com sua respiração cortada e grunhidos agonizantes de dor, leva sua mão até as minhas que estavam amarradas. Em seguida, encontro-me livre.
Antes que eu pudesse pensar sobre, levanto-me rapidamente. Arrasto Liam de volta ao lugar que estava no chão, ajoelhando-me ao seu lado. Coloco minhas mãos na ferida, estancando-a da forma que eu conseguia.
– Sempre carregue um canivete escondido em sua calça. – Payne murmura, abrindo sua mão para revelar o instrumento que usou para nos soltar. Um sorriso fraco e orgulhoso aparece em seus lábios.
O instrumento era um canivete que possuía uma parte de metal que enganchava em sua roupa, então o homem provavelmente o escondia na parte traseira de sua calça, deixando o canivete para dentro, em contato com sua pele, para não ser visto - provavelmente o incomodava, mas era muito útil. Percebo o porquê de ter visto Liam mexendo suas mãos quando Ian apareceu, tentava soltar-se para poder me ajudar. Para salvar minha vida.
Foi fácil para ele puxar o canivete que enganchava-se na sua calça, fazendo movimentos curtos e ágeis com os dedos que estavam livres - já que os pulsos que estavam amarrados - para utilizar o canivete e liberar-se.
– Por que fez isso? – murmuro, olhando-o com total pesar em meus olhos. As lágrimas escorriam pelas minhas bochechas. Ainda não conseguia acreditar que isso estava acontecendo.
Retiro minha camiseta, ficando apenas com o meu top preto ao usar o tecido para estancar o sangue de Liam com mais eficiência. Sinto meu coração palpitar violentamente ao lembrar de Valerie na mesma situação que o homem.
