Justine Jones, uma policial preenchida por traumas, é designada à missão que daria continuidade para o legado de seu pai, o Capitão Jones. Entretanto, em meio a perdas e excruciantes experiências, Justine encontra-se diante aos homens que irão torna...
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❝Preciso de uma chance só para respirar, me sentir vivo
E quando o dia encontrar a noite, mostre-me a luz
Sinto o vento e o fogo, contenho bem a dor
Está nos meus olhos, nos meus olhos❞
Good Years - ZAYN
HARRY.
Era simplesmente frustrante a forma com que Ava Díaz conseguia tornar-me inerte à tudo enquanto estava diante dos seus olhos castanhos e lábios carnudos.
Ouvi-la sussurrar aquelas palavras em uma distância mínima de meu rosto trouxe um sentimento efervescente que nunca havia experimentado antes. Sentir coisas totalmente novas por alguém que instigava-me era, no mínimo, inquietante. Entretanto, ao envolver-me na constante intensidade das órbitas escuras de Díaz, valia a pena perder-me em meus próprios pensamentos.
Após proferir tais vocábulos, a mulher deixa um sorriso de lado sobrar em seus lábios. Para meu espanto, aquela era a primeira vez que eu conseguia interpretar a face de Ava com total nitidez, sua expressão era dotada de malícia.
Com isso, em questão de segundos, junto nossos lábios.
Pressiono seu corpo contra a parede, subindo minha mão até sua face. Noto o arrepio da mulher ao sentir meu toque envolvê-la, fazendo um sorriso escapar durante o beijo.
Voltar a sentir as delicadas mãos da mulher sobre minha pele, nossas línguas em mesmo compasse e seu peito contra meu tronco era o motivo de meu estômago revirar-se dentro de mim. Minha mente fugia dos questionamentos em relação à intensidade de meus sentimentos, apenas saboreando aquele momento.
Ava coloca suas mãos embaixo do tecido de minha regata, fazendo-me suspirar entre o beijo. Minha pele arrepia ao sentir o dedilhar da mulher pela extensão de meu tronco.
Desço minhas mãos até as coxas de Díaz, levantando as mesmas ao sustentar a mulher em meu colo, ainda pressionando-a contra a parede. Ava sorri em meio ao beijo, subindo suas mãos para meus cabelos, como da primeira vez que nos beijamos.
Desde nosso primeiro beijo tudo havia se tornado extremamente confuso em minha mente, eu procurava a mulher em todos os ambientes que estava, buscava entender o que sentia, mas fugia da ideia de aceitar que algo estava acontecendo comigo. A cada dia havia mais dificuldade em mentir para mim mesmo sobre minhas emoções.
