38 - Pedido

154 9 8
                                    

AVISO: Último capítulo quente dessa história. 


Rafael:

Acordei com a Agatha enroscada em meus braços, minha asa esquerda sobre nós. Bocejei sonolento e abri um sorriso, recordando-me do que tínhamos feito na noite anterior. O sol começava a nascer e fechei rapidamente o teto de vidro, para que ele não nos incomodasse.

Beijei seu ombro e procurei pelo meu celular sobre a mesinha ao lado de minha cabeceira. Agatha se remexeu em meus braços e me apertou mais forte, quando fiz menção de sair da cama. Sorri de novo e beijei o canto de seus lábios. Eu jamais esqueceria a noite passada. Era inacreditável que tivéssemos feito amor; e que ela tinha dito que me amava. Sem dúvidas eu era o homem mais feliz de todos.

Estiquei meu braço mais um pouco e chequei a hora em meu celular: 06:20. Acariciei suas costas, fazendo círculos com os dedos em sua pele.

— Como eu te amo, morena... — Murmurei, sentindo o deleite de a ter sobre os meus braços.

— Hmmm...hmmm... — Resmungou sonolenta e apertou o rosto contra o meu peito.

Suspirei. Por sorte no dia de Natal, meus pais davam folga para todos os empregados e era um dos únicos dias em que o nosso café-da-manhã era mais tarde – às nove e meia, e não as sete como de costume.

Desvencilhei-me delicadamente de seu abraço, triste por estar deixando-a sozinha em minha cama; mas mesmo assim me levantei. Eu precisava tomar um banho e comer alguma coisa.

Então, quando fui para entrar no banheiro, uma ideia fantástica me atingiu. Eu queria agradá-la; mimá-la, por me fazer tão feliz. Seria o nosso primeiro café-da-manhã juntos, e por isso decidi cozinhar para ela. Vou fazer a torta que ela mais gosta, antes que ela acorde.

Meus pensamentos foram atingidos pela lembrança de nosso juramento diante das estrelas, e tive outra ideia. Eu sabia, e sentia do fundo do meu coração, que não podia deixar essas juras de amor apenas na fala. Eu precisava torna-las verdadeiras e visíveis pra todos, não apenas em nossos pensamentos.

Com esses presságios, fui para o banheiro fazer minha higiene matinal e imaginando qual seria a reação dela, ao descobrir o presente que lhe darei...

Agatha:

Acordei sorrindo. Bocejei e esfreguei os olhos, me espreguiçando. Ainda sem abri-los me deliciei na cama macia; recordando-me de meu sonho.

Nele eu o Rafa nos amávamos e eu tinha conseguido lhe dizer que o amava. Inspirei. O sonho parecia ser tão visível que eu podia sentir o cheiro dele em mim. Era quase real.

Sentir o cheiro dele em mim? Opa.

Sacudi a cabeça e abri os olhos me deliciando nos lençóis de seda.

Espera aí, parei-me mentalmente. Lençóis de seda?

Alguma coisa estava errada.

— Caramba... — Murmurei girando o olhar ao redor. Analisando o enorme quarto azul, branco e dourado.

Não tinha sido um sonho. Eu e o Rafa realmente tínhamos...

Sacudi a cabeça de novo. Como eu tive coragem de fazer isso em Lumina?, me questionei mentalmente.

Então, ainda sem acreditar e sem saber se continuava sonhando; eu espiei embaixo do edredom; e para minha surpresa, eu estava usando apenas as minhas meias vermelhas 7/8 – que agora eu me lembrava bem, porque eu ainda estava com elas: elas eram um fetiche do Rafa.

Bem e Mal Lados OpostosWhere stories live. Discover now