Bem e Mal Lados Opostos

7- Uma ótima atriz

     Agatha:

    Almocei e me preparei para a chagada do Augusto. Hoje seria o dia em que ele viria aqui em casa tentar me ensinar um pouco sobre a matéria de Matemática. Affs! Matemática... Uh! Só de pensar a minha cabeça já dói. Eu simplesmente sou uma negação nessa matéria. Mas na verdade, o propósito de chamá-lo aqui em casa, não é bem estudar... Na verdade eu vou provocá-lo, zoar um pouquinho com a cara dele. Eu sei, sou má! Haha. Vou aproveitar que os meus irmãos estão dando um passeio com a minha tia Sara (e quando ela tira o sábado para passear com eles, ela não volta tão cedo), e aproveitar que o meu pai vai estar em uma reunião de negócios e que a minha mãe irá com ele, para poder colocar meu plano em ação.

  - Agatha! - minha mãe grita do corredor. - Desça filha, o Augusto já está aqui.

 - Já vou mãe! - grito de volta. Eu sei que vou matá-lo. Pois, estou vestida com um shortinho jeans curto; uma regata azul-marinho (um pouquinho decotada) e uma sapatilha da mesma cor, e deixei os meus longos cabelos soltos. Ah... Ele vai pirar! (Eu sei me acho. Fazer o que? Eu posso). 

 - Pode sentar Augusto, a Agatha já irá descer, aguarde um pouquinho - ouço minha mãe falar lá da sala.

 - Aguardo sim. Obrigado senhora Almeida- ele responde. Sempre muito educado. Argh! Vamos ver até quando ele será assim...

 Desço as escadas com os meus cadernos e livros nas mãos. Tratei de vestir uma camisa por cima da minha regata (só enquanto o meu pai ainda está em casa). Coloco a enorme pilha de cadernos sobre o sofá, e me viro para cumprimentá-lo:

 - Oi Augusto! - digo beijando a sua bochecha e ele cora. - Tudo bem com você? -pergunto sorrindo e ele cora ainda mais.

- Tu- tudo - ele gagueja olhando para os meus lábios carnudos. - E com você?- pergunta.

- Melhor agora...- suspiro e mordo o meu lábio inferior. Ele estremece e engole em seco.

- Vamos para a aula? -pergunta desviando o olhar dos meus lábios.

- Claro que sim! Querido professor! - exclamo brincando e ele sorri. Percebo que ele tem um sorriso belo (não tanto quando o do Rafa, mas belo). Ele está usando tênis brancos, uma camiseta azul-clara e calça jeans preta. Mas continua com os cabelos partidos de lado. Affs! Vou para pegar os meus livros e cadernos, mas ele me para e pega quase toda a pilha por mim. Um perfeito cavalheiro. - Obrigada - respondo sorrindo e ele assente com a cabeça.

Colocamos nossos cadernos na mesa da cozinha. Vou para me sentar, mas ele é mais rápido do que eu e puxa a minha cadeira para que eu me sente. Nossa que cavalheiro! (Mas isso as vezes me irrita. Argh! Para que tanto cavalheirismo? Nós estamos no século XXI e não no século XIX!). Não respondo nada, apenas assinto com a cabeça e ele se senta na minha frente. Isso vai ser demais!

 - Vamos lá Agatha! Que parte da matéria você quer que eu te ajude? - pergunta arqueando as sobrancelhas.

 Sorriu: - Todas! 

 - Todas? - ele pergunta espantado.

- Claro! Por isso chamei o melhor aluno da classe - respondi rindo e segurei a mão dele, que se arrepiou imediatamente. Nossa! Entrelacei nossos dedos. Me inclinei sobre a mesa e olhei bem no fundo dos seus olhos. - Por onde vamos começar, meu professor? - perguntei com uma voz rouca.

 Alguém limpou a garganta, assim me fazendo soltar da mão do Augusto e me fazendo sentar na cadeira.

- Boa tarde Augusto! - meu pai exclamou furioso. - Então o que vocês estão fazendo?- meu pai é direto né? Pois é!