5- Buquê de rosas vermelhas

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Enquanto nos despedíamos começou a cair uma chuva fina -calma-, mas que nos encharcou completamente. Eu ainda relutava para deixa-lo, mas sabia que era preciso. Daqui a pouco o sol já nasceria no mundo humano e em Lumina, menos em Darkinan (já que aqui é sempre noite, mas no período do dia, no mundo humano, a noite não é tão escura, como no período normal da noite), já que aqui é sempre noite. (Eu sei é complicado...) Mas mesmo assim, precisamos descansar; com isso dormimos no período equivalente ao dia para os humanos (o que foi meio complicado para eu conseguir me habituar, já que eu pensava que era humana, e vivia como uma).

Me despedi dele com mais um beijo, e ia sair quando ele me puxou para mais um, e me disse que iria me ligar (mas eu nem me importei, porque eu não ia ficar esperando a sua ligação, pois eu não sou mulher disso). Com isso, ele acabou saindo antes de mim.

Dei as costas, logo em seguida, e me virei de volta para o castelo.


Rafael:


Ainda não acredito como ela me aceitou! Como ela ficou preocupada quando disse que poderiam me prender (ela tentou esconder, mas acabou não conseguindo). Ela pode não admitir, mas sei que me ama. Ela não consegue esconder isso. A prova disso é que quando perguntei se ela queria ficar comigo, antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ela respondeu, sem pensar: "Quero", e suspirou dizendo: "Muito". Aquilo era tudo que eu precisava ouvir, para enfrentar o mundo por ela. E não seria as nossas famílias que estragariam isso! Eles não vão estragar o nosso amor. Nunca!

Eu não queria deixa-la, mas era preciso, porque o dia já estava amanhecendo e certamente minha mãe já estava louca a minha procura. Só que agora eu não sou mais o mesmo. Agora, eu sou um homem apaixonado. Disposto a tudo, para ficar com a minha mulher amada.

Dei de costas e saí, sem olha-la, porque se eu a olhasse, sabia que não iria conseguir partir. Olhei no bolso da minha calça, e peguei o pedaço de papel com seu número, o abri. Nele estava escrito Sua morena e o número dela. Será que ela se considerava minha? Assim como eu me considerava dela? Não sei, mas esse simples pensamento me deixava fascinado.


Andei em direção a floresta de Darkinan, para achar a saída. Encontrei o Igor e o Jean já indo embora. Mas que caras de pau, iam embora sem mim!

Corri em direção aos dois, e parei ofegante.

- Vocês iam embora sem mim - falei mas soou mais como uma pergunta.

- Claro! Você só ficava se pegando com a sua namorada -falou Igor.

- É que pensamos que você já tinha ido embora Rafa. Porque já está tarde, e o dia no nosso mundo, já vai amanhecer. E a sua mãe deve estar uma fera com você, ou melhor, com a gente. Porque a essa hora ela já sabe que você saiu por nossa causa. Estamos ferrados! -gritou Jean preocupado (ele sempre teve medo da minha mãe).

- Sei...-falei não acreditando.- Mas não se preocupe Jean, pois eu digo a minha mãe que eu fui porque eu quis, e porque eu gostaria de conhecer o território inimigo. Ela vai acreditar sem problemas. Não precisa ficar com medo - falei rindo.

- Mas ela é a rainha Rafa... E se ela nós der um castigo?

- Fica calmo Jean. Eu converso com ela, e depois... tenho o apoio do meu pai.

- Ué Rafa! Você deveria estar com medo da sua mãe. Não deveria? - perguntou Igor se intrometendo na conversa.

- Eu não estou com medo Rafa. Mas voltando ao assunto do Igor. Você deveria mesmo, estar com medo, da sua mãe. O que aconteceu com você? -disse Jean ates que eu pudesse responder.

Bem e Mal Lados OpostosOnde histórias criam vida. Descubra agora