37 - Vencidos pelo desejo

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AVISO: Este, e o próximo capítulo, são os mais quentes desta história. Vocês me pediram e aí está ;) 

Por favor escutem essa música enquanto leem, pois foi ela que me deu inspiração para escrevê-lo: 

Rafael:

Eu sabia que o que estávamos prestes a fazer era errado. Estava indo contra tudo o que prezei. Mas ela estava sedutora demais, eu não sabia se conseguiria resistir por muito tempo. Por mais que eu quisesse me enganar, sabia que queria isso tanto quanto ela.

Poxa, eu pensava nela o tempo todo. A Agatha era a dona dos meus pensamentos.

Ainda mais agora, que ela e minha mãe estavam se dando tão bem... Tudo na minha vida estava como eu queria. E logo nos casaríamos; será que não poderíamos esperar mais um pouco? Pelo menos mais um ano, até assumirmos o Trono? Já quebrei tantas promessas minhas, não queria quebrar mais essa. Eu não sabia o que fazer.

Perdi totalmente o controle, quando ela pediu que eu a fizesse minha. Minhas asas se soltaram de repente, se debatendo descontroladas. O meu lado anjo queria isso tanto quanto o meu lado mundano. Por isso, sem pensar corretamente, peguei-a no colo e comecei a voar até a minha varanda.

Agatha:

— Agatha... — Rafa voltou a falar, assim que parou de me beijar, e a sua voz não estava mais tão descontrolada. Parece que ele tinha voltado ao controle. — Não podemos. Não podemos, amor. — Disse e me soltou, envergando suas asas para baixo. — Ainda não é a hora e...

Interrompi-o.

— Rafael. — Bufei, cruzando os braços. Depois respirei fundo, entrando ainda mais no seu quarto, para o caso dele me pegar de novo e me levar consigo pelo ar. — Por que ainda não é a hora? — Passei as mãos pelos cabelos, completamente estressada. — Cara, eu penso em você vinte e quatro horas! Você está em todos os meus pensamentos. Nunca desejei tanto alguém, como te desejo! — Soltei, respirando rapidamente. Foi quando a ficha caiu. Minha expressão mudou de incrédula, para decepcionada. — A menos que você não queira. — Virei-me de costas para ele, para que ele não visse a tristeza em meu rosto. — Isso explicaria tudo. Você não quer transar comigo! E eu boba achando que você me desejava tanto quanto eu desejo você. — Afirmei e abri a palma da mão como se fosse abrir um portal. — Tudo bem. Eu vou embora.

— Agatha... — Chamou, colocando a mão quente em meu ombro. — Como você pode achar que eu não quero fazer amor com você? — Perguntou me virando para ele. Sua expressão também era triste. — Eu quero isso, mais do que tudo nessa vida. — Suspirou, desviando o olhar. — Eu te desejo desde o dia em que te conheci, na sua festa de apresentação. Nunca uma garota tinha despertado em mim o que você despertou. — Confessou apertando a pele nua do meu ombro e eu arrepiei-me. — Você não tem ideia do quanto eu te desejo, morena. — Afirmou me olhando de cima a baixo.

Estremeci com o seu olhar.

— Pois então. Meu corpo também clama pelo seu. — Soltei o ar com força. — Porcaria. — Balancei a cabeça sem poder acreditar. — Eu não acredito que estou insistindo pra você fazer isso comigo. — Esfreguei a têmpora. — Qualquer garoto ficaria louco se uma menina falasse isso pra ele. E você tá aí, pensando em uma regra antiga e idiota! — Cruzei os braços de novo. — Eu determino quando é a hora.

— Agatha, eu passei a minha vida inteira seguindo regras e... — Parou de falar e seu olhar se fixou nos meus joelhos. Revirei os olhos sem entender. — As suas meias estão vermelhas?

Bem e Mal Lados OpostosOù les histoires vivent. Découvrez maintenant