Capítulo 27

160 19 10
                                    

Marisa Vilarela

Dante me puxou para perto dele, encostando minhas costas no seu peito e de seguida abraçou minha cintura e encostou seu rosto no meu pescoço, eu sentia sua respiração ritmada sobre minha pele me causando arrepios.

-- Me solte - minha voz saiu como um gemido.

-- Eu não quero te soltar, você não quer que eu solte você. - falou e de seguida encostou seus lábios a minha pele.

Me contorcia sentindo os efeitos de seus toques em meu corpo, eu precisava sair daquela situação tão tentadora mas não tinha forças para dizer que não.

-- Você se lembra que estamos numa sala de aula? - nada poderia estragar aquele clima, a não ser as palavras que acabava de proferir.

Dante afastou seu rosto do meu pescoço e beijou minha bochecha, pouco a pouco ia afastando nossos corpos e soltando a minha cintura, suas mãos não mais tocavam meu corpo e não sentia mais tão próximo aquele perfume maravilhoso.

-- O que eu faço com o que sinto por você?

-- Não sei Dante, deposite noutra pessoa.

-- Não fale assim como se não me quisesse também.

-- Eu falo assim porque não te quero - menti descaradamente.

-- Eu sei que isso não é verdade, eu senti seu corpo tremer com meu toque.

-- Isso é engano seu, mas para o seu azar eu não pretendo ficar me explicando para você.

Lhe dei as coisas e segui dando alguns passos em direção a saída, Dante se aproximou tão rápido, pegou no meu braço, virou meu corpo colocando meu rosto contra o dele e selou um beijo em meus lábios.

Eu batia no peito dele na tentativa de o afastar mas não fazia força nenhuma, eu estava completamente entregue a aquele desejo. Dante enroscou seus braços em meu corpo e intensificava cada vez mais aquele beijo, eu não sabia se poderia me afastar dele.

Quando finalmente cessamos o beijo, Dante se afastou e olhou para mim, eu olhava para ele igualmente e nenhuma palavra se ouviu ali durante dois minutos aproximadamente.

Olhei para o relógio de parede pendurado na sala de aula e droga, eu só tinha 10 minutos para chegar no trabalho.

-- Estou atrasada - falei desesperada. -- tenho que ir logo senão eu perco o meu trabalho. - saí de sala quase correndo, começaram a me vir flashbeck's da última vez que fui despedida do meu trabalho.

-- Espere... eu levo você - Dante gritou assim que me viu sair da sala. -- Não corra Marisa. - ele seguiu meus passos e só parou depois que me viu parar em frente ao portão. -- Eu vou te levar, não precisa se preocupar.

Não fiz mais nada além de seguir os passos de Dante e aceitar que ele me levasse ao trabalho, não podia me dar ao luxo de perder mais um emprego.

No caminho para lá, ninguém disse uma única palavra, não sei se ele esperava que eu dissesse alguma coisa, mas eu com certeza esperava ouvir alguma coisa vindo dele, mas nenhum de nós abriu a boca.

Quando finalmente chegamos, só com dois minutos de atraso, desci do carro sem dizer nada e sem olhar para ele, corri e entrei no restaurante antes que tivesse problemas por causa do atraso.

...

A tarde no trabalho não foi tão diferente do habitual, arrumei e limpei várias mesas, atendi vários clientes e quando o movimento ficava mais fraco eu sentava e pegava um livro para estudar, durante a tarde minha atenção se voltou para outras coisas, o trabalho e os estudos, Dante sumiu da minha mente.

No final do dia, quando minha hora chegou, peguei nos meus pertences e saí do trabalho para casa, saí caminhando como nos outros dias e após 15 minutos cheguei em casa.

Atravessei o portão e fui logo para meu quarto. Ao abrir a porta e entrar, eu tive uma surpresa enorme, havia por cima da cama uma enorme caixa embrulhada para presente. Coloquei minha pasta sobre uma cadeira que ficava no quarto e me apressei em abrir a caixa.

Não havia nada fora dela, nem um bilhete ou qualquer outra coisa que indicasse o remetente.

Abri as pressas, não aguentava de curiosidade. A primeira coisa que vi após abrir a caixa foi um enorme e lindo vestido vermelho, ele era todo justo e perfeito. Quando o tirei para poder apreciar um bilhete caiu ao chão.

"Espero que goste do vestido, quero que use na minha festa de aniversário este sábado, você virá como minha namorada.             Ass: Dante."

Fiquei tão emocionada com o presente que nem me questionei sobre como ele teve meu endereço. Corri para tomar um banho para experimentar o meu novo vestido lindo.

Minha namorada

Ele disse minha namorada!
Aquela frase ecoava em minha mente.

Depois do banho voltei ao quarto para provar o vestido. E ele ficou perfeito em meu corpo, me olhava no espelho e não conseguia controlar o enorme sorriso estampado no meu rosto.

-- É a coisa mais linda - falei para mim mesma em meio a tantos sorrisos e pequenas gargalhadas.

Voltei minha atenção para cama com intenção de pegar meu celular e tirar uma foto. Havia lá uma mensagem de um número não registado.

"Gostou do presente?"

Eu já sabia que era ele. Deveria responder? O que poderia dizer.

Peguei no celular e digitei: sim.

-- Não, é muito curto parece falso.

Voltei a digitar: eu adorei, muito obrigada.

-- Não, parece exagerado de mais.

Voltei a escrever: obrigada, o vestido é lindo.

-- Será que está bom assim? - estava tão nervosa, era a primeira vez que ganhava um presente daquelas proporções e não sabia a o que dizer, como poderia agradecer.

Escrevi simplesmente: "obrigada, o vestido é lindo"

Enviei a mensagem e joguei o celular bem longe como medo de ver a resposta. Voltei novamente a atenção ao espelho e fiquei me avaliando, até ouvir a porta do meu quarto abrir.

Olhei para trás e não acreditei no que via, meu coração quase rasgou meu peito e saiu pulando porta a fora.

...

Oi vidas, postei quatro capítulos para compensar a demora, espero que adorem.
Muitos beijinhos 💋
E não se esqueçam de deixar aquele voto. ⭐

MARISA - A CamareiraWhere stories live. Discover now