Noventa e Nove

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Luria Narrando.

(...)
Kennedy se virou pra mim e eu o encarei séria.

- Vamos Kennedy, conta pra ela. - A garota falou.

- Luria - Respirou fundo e eu fui perdendo a paciência.

- Kennedy fala logo o que tem pra falar.

- A real é que tu tá ligada que eu sempre quis ser pai, e tu não pode me dar um filho, então. - Não estava acreditando no que estava ouvindo, como ele era imundo dessa forma.

- Então você foi atrás dessa garota e transou com ela para ter um filho. E porque tu não terminou comigo primeiro? Você sabe o quão frágil fico quando o assunto é filho e tu faz isso comigo, você é um infeliz, um sujo.

- Mas...

- Não tem mas - O interrompi - Pega as tuas coisas e vaza da minha casa e nunca mais chegue perto de mim, se puder fingir que eu nem existo eu agradeço, pois eu farei o mesmo.

Entrei dentro de casa e fui para dentro do banheiro me tranquei e abaixei na porta deixando todo o choro que segurei, descer pelos meus olhos.
(...)

Balancei minha cabeça livrando as cenas que criei em mente e encarei os dois a minha frente.

- Qual é a tua garota? Tá tramada pra cima de mim porque nessa porra? - Perguntou indo pra cima dela que engoliu seco.

- É que eu... - Gaguejou.

- Que você ouviu alguém dizendo que ela era estéril e veio querer tirar onda com a cara dela, botar a mina pra baixo, ainda me botando nas tuas tramas pra ferrar com meu relacionamento, mandada é o que tu é. Mulher xoxa infeliz. - Falou.

- Kennedy. - Chamou com a voz trêmula - Me desculpa.

- Desculpa? Você vai ver a desculpa pra tu nunca mais tramar pra ninguém, vacilona do caralho. - Fechou o punho e por um momento eu pensei que ele ia bater nela. Mas ele permaneceu na dele. Porque apesar do que ela fez eu não ia deixar tal ato - Eu vou ali dentro e se tu correr vai ser pior - Avisou e entrou.

- Como você consegue ser tão suja - Falei me aproximando dela - Mulher se ame pelo amor de Deus, que coisa mais baixa, o cúmulo do ridículo o que você fez. Tão bonita por fora e imunda por dentro. - Kennedy voltou com o rádio na mão. Logo ouvi um barulho de moto e RD tinha chegado.

Kennedy conversou com ele e ele olhou para a garota. Depois de um tempo conversando eles se aproximaram.

- Quando foi que tu teve relação com o mano mermo que nem ele tá sabendo - Perguntou RD a encarando sério.

- Faz muito tempo - Ela falou baixo.

- E agora que tu veio engravidar foi? Esperma tava com lezeira era 

- Eu não estou grávida dele não - Assumiu.

- Bora pro desenrolo princesa - RD disse passando as mãos no cabelo da menina e ali eu já tinha sacado.

- Não, por favor - Pediu começando a chorar e tentou correr ma ok hs RD segurou o braço dela a fazendo voltar.

- É melhor ir por bem, te garanto que vai ser melhor para você - Falou rude e ela assentiu com a cabeça e eles saíram.

Chegou cliente e eu fui atender enquanto Kennedy entrou para dentro de casa.

Quando deu a hora do almoço eu fechei o portão e entrei para casa.

- Já almoçou? - Perguntei para Kennedy que só negou estalando a língua. - O que foi?

- Na moral mermo Luria, gostei da tua atitude de chegar me machucando não tá ligada. Tava aqui de boa fazendo um rango pra nós e tu chega me machucando por fofoca de garota imatura que tu nem sabia se era verdade ou não.

- Kennedy eu fiquei nervosa com a questão, imagine você no meu lugar.

- Não justifica tu chegar me machucando não parceira. É só perguntar no bagulho. Até porque se eu chegasse em você apertando seu peito com força por causa de fofoca de macho tu não ia gostar. Então pensa bem nos teu atos. Que esse não foi legal não - Falou sério, pensei bem e foi errado o que eu fiz.

Porque quando ele me pegou pelo braço eu não gostei e revidei, já pensou se ele revida.

- Me desculpa - Pedi e ele assentiu com a cabeça. Pegando sua blusa e jogando no ombro, veio até mim me dando um beijo no rosto e  saiu de casa.

Me sentei na mesa e passei as mãos pelo rosto respirando fundo. Depois de um tempo me levantei e fui colocar meu almoço porque.

Tenho que arrumar é uma atendente porque quando eu tenho encomenda fica muito corrido. Tipo hoje que tenho umas três encomendas de kit festa.

Enrolei os docinhos e confeitei os bolos enquanto não dava a hora de voltar para a loja, gosto de fritar o salgado poucos minutos antes de virem buscar para irem quentinhos.

Abri a loja e fiquei no balcão, olhei meu celular e tinha uma mensagem no WhatsApp.

Sogrinha ❤️
Oi minha linda. Kennedy tá aqui viu? Chegou almoçou e agora tá dormindo. Fiquem bem logo porque esse menino come demais e vai acabar com meu estoque.

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HeroínaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora