Setenta

5.2K 675 209
                                    

Olha eu aqui de novo. E esses comentários poucos em?

Luria Narrando.

Me virei para encarar e era um homem, branco dos cabelos pretos,   corpo malhado, tinha uma tatuagem que cobria o braço esquerdo todo. 

Era bonito, sorri para ele sem graças e ele se aproximou.

- Prazer sou o Guilherme - Esticou a mão e eu segurei, ele beijou em seguida.

- Satisfação Guilherme, me chamo Luria. - Respondi e soltei minha mão. - Essa é minha amiga Keise - Apresentei ela que estava do meu lado comendo seu hambúrguer. Ela assentiu com a cabeça pois estava de boca cheia e ele sorriu.

- Pô, que tal a gente dar um rolê por aí? - Perguntou.

- Poxa, hoje não dá porque tô com a minha amiga, mas anota meu número aí que depois a gente marca alguma coisa - Ele assentiu e tirou o celular do bolso, falei o número e ele anotou, pouco tempo depois meu celular tocou.

- Só pra ver se tu não tá dando número errado mesmo.

- Se eu não quisesse eu falaria na lata mesmo - Respondi.

- Porra, foi mal - Falou coçando a cabeça e eu sorri.

- Relaxa - Respondi.

- Jaé, tô indo, até o nosso rolê - Falou se aproximando e deu um beijo no canto da minha boca.

- Caralho, que gato - Falou olhando ele sair - Porque tu não foi cara?

- O pouco tempo que a gente tem pra matar a saudade, vou trocar por homem? Nananinanão - Fiz com o dedo e ela sorriu.

- Isso que é amiga - Jogou o papel do lanche no lixo.

- Meu açaí - Voltei na mesa e Lelek havia acabado de terminar de tomar meu açaí. Vê se eu não mato uma peste dessa.

- Não acredito - Puxei sua orelha - Pode ir comprar outro, ligeiro.

- Oh desgraça, eu ia comprar cara, chega na moral, precisa de esculacho não véi, tá tirando, só comi porque se não ia ficar mole.

- E tu gosta do duro né? - Keise pirraçou.

- Cala a boca sua rapariga - Apontou o dedo em sua direção. -  Bem que tu gosta do meu duro dentro de você né - Falou e ela deu dedo a ele. - O dedo coloco também, só que no seu orifício anal - Ele se levantou e foi pegar outro açaí, trouxe e me entregou. - Toma passa fome. 

- Obrigada, porém saiba que não fez mais que sua obrigação após ter comido o meu açaí - Dei um beijo em seu rosto e me sentei.

- Mano Kennedy ver isso, vai querer me ripar (bater) pô. - Brincou.

- Terror nenhum, não temos compromisso nenhum - Dei de ombros e ele gargalhou.

- Por enquanto - Falou e eu dei língua para ele.

- Como assim está pegando o Kennedy e não me disse? - Se fez de monga, é claro que ela já sabia, porém fingia que não. - Não fala mais comigo - Fez bico.

- Até parece que não sabia, não se faz de songa monga não oh garota - Lelek falou.

- Aí parem de brigar, que coisa, ficam brigando e daqui a pouco estão transando até em cima dessa mesa. Isso é tesão acumulado, apenas - Falei e eles se encararam, depois começaram gargalhar da minha cara, se merecem mesmo.

Tomei meu açaí enquanto a gente conversava assuntos aleatórios. Lelek precisou ir e nós subimos para ir para casa.

- Bem que a gente podia tomar uma cervejinha, hoje é sexta.  - Luria sugeriu

- De acordo, a gente podia pegar sua caixinha de som e ficava na calçada lá de casa tomando umas. 

- Compra uma calabresa, um queijo, azeitona e pronto. Pra que melhor?  - Falou olhando para os lados. - Vish - Falou olhando para um lugar específico.

Olhei também e era Kennedy em um beco com uma garota, ela estava encostada na parede e ele com uma mão em sua cintura enquanto eles conversavam.

Acho que ele percebeu que tinha alguém olhando e olhou na nossa direção.

- Boa noite casal - Cumprimentei gastando e sorri.

- Boa noite - A garota respondeu e Kennedy ficou calado só me encarando. Eu e Keise seguimos nosso caminho.

- Amiga...

- Relaxa - Respondi - Eu e ele não temos nada sério.

- Queria ser tão segura como você, tá ficando com o cara há um tempo e não sente ciúmes.  Eu fico com todos e tenho ciúmes de todos.

- Que piranha esquisita - Gastei e comecei a gargalhar e recebi um tapa dela.

Passamos no mercado, na casa dela, no depósito de bebidas e depois fomos lá para casa.

Ajeitamos os petiscos, a caixa de isopor com a cerveja e ligamos a caixinha e fomos nos sentar na calçada.

- E o seu pai amiga, melhorou com você? - Perguntei após dar um gole na cerveja.

- Melhorou, eu conversei com ele amiga, fui bem sincera sabe e eu tô juntando um dinheirinho para me mudar também. Já passou da hora de sair das asas dos meus pais.

- Chega uma hora que a gente só quer nosso cantinho né, quer crescer e conquistar nossas coisinhas.

- Sim. Sabe até parei mais de ficar com um e outro sabe, mas claro mantendo os melhores na minha lista de contatos. - Sorriu e eu a encarei.

- Nunca pensou em namorar? - Perguntei.

- Sabe que não, eu me sinto bem solteira, talvez uma hora eu sinta vontade de quietar e ter alguém para envelhecer, mas por enquanto vou aproveitando a vida da melhor forma.

- Errada não está. - Falei olhando o movimento da rua e aquela "amiga" de Aline estava subindo mas seu bondinho, ela ficou me encarando e eu sustentei o olhar bem séria. Aqui ela não bota terror nenhum.

- Meu amor Halloween já passou para querer assustar os outros com essa cara feia - Keise falou enquanto ela passava.

- Um estrupício desse acha que mete medo não sei em quem - Falei   e ela voltou se achando.

- Tá falando comigo? - Falou e eu me levantei ficando de frente com ela. Engraçado que quando Keise falou ela se fez de sonsa

- Tá cheia dos afronta para o meu lado porque linda? Você não mete medo em ninguém não fofa, faz favor, da licença que tá atrapalhando meu lazer com minha amiga.

- Olha aqui - Veio apontar o dedo na minha cara mas eu dei um tapa abaixando o mesmo.

- Que porra tá acontecendo aqui caralho? - Olhei para o lado e RD estava em cima da moto nos encarando.

******

HeroínaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora