Oitenta e Seis

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Luria Narrando

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Luria Narrando.

A casa de Keise era a coisa mais lindinha da vida, estava toda organizada e muito cheirosa.

Fizemos uns petiscos, ela conectou o celular na televisão colocando um sertanejo e ficamos na sala tomando uma cervejinha.

- Não posso beber muito porque vou acordar bem cedo para 8 horas abrir a loja e deixar a vitrine do balcão recheada.

- Ai amiga, acho que tu podia organizar uma inauguração bafônica, com descontos, degustação, divulgar no Facebook, Instagram, WhatsApp.

- Mas aí eu tenho que organizar tudo direitinho e fica tudo em cima da hora para amanhã.

- Vou pegar o papel e a caneta. - Se levantou e foi saindo, repensei o que ela disse e achei uma ideia muito bacana, o que me levou sorrir animada.

Ela voltou e nós organizamos tudo deixando tudo pronto para divulgação.

- Agora vamos bebemorar - Falou vindo com uma vodka da cozinha, ela colocou uma dose em cada copo ela tinha seis copos, eu arregaleo os olhos e ela sorriu travessa - Melhor de três - Falou me dando um copo e colocando os outros na mesinha de centro da sala.

Contamos até três e tomamos as doses, por incrível que pareça eu consegui tomar as três doses primeiro que ela, balancei a cabeça rápido fazendo careta sentindo minha garganta arder.

- E o que os seus pais falaram de você morar sozinha? - Perguntei tomando um gole da cerveja enquanto estávamos sentadas no sofá.

- Minha mãe ficou chorando, agora meu pai mandou eu usar camisinha  e tomar vergonha na cara - Sorriu e eu gargalhei.

- Seu pai é demais, parou de querer te mandar para a clínica né.

- Graças a Deus, também falei umas boas a ele, eu não sou criança não amiga, sei dos meus atos e também sei arcar com as consequências deles.

- Concordo - O celular dela tocou e ela foi atender. - O que é cãopeta. To em casa com a Luria. Ah agora tem tempo ela mim?. Pois não tenho para você, estou ocupadíssima com minha amiga, tchau.

Nem precisei perguntar para saber que ela Lelek. Viviam que nem gato e cachorro. Ela trocou a música colocando um funk.

- Bora dançar - Me puxou e eu fui sorrindo.

(...)

Estávamos só de calcinha e sutiã, no nível hard da bebida, eu via um monte de Keise pela sala, sorria para o vento.

- Eu amo você seu filho da desgraça, por você estou disposta a ser uma piranha do amor - Keise mandava mensagem bêbada para Lelek, sua voz era lenta e as palavras se embolavam.

- Mas você não me quer, então não vou te querer mais, se foda aí sozinho - Mandou outra mensagem.

- Quero transar muito, mas não vai ser com você porque você não me quer, vou jazin pegar o RD, fazer ele xonar com minha pepeca de mel. - Outra.

- O que minha xota faz tua pica perdoaaaaa - Cantou no áudio e eu neguei com a cabeça me aproximando dela vendo ela querer chorar. Dei um tapa no rosto dela.

- Piranha não chora - Falei tentando me manter em pé porque estava tonta tonta vi ela me encarar sério.

- Peraí sua rapariga que eu quebrar a sua cara desgraça - Me empurrou e eu caí, puxei sua perna e ela caiu no chão também, nos encaramos e começamos a gargalhar. - Bora colar os velcros - Subiu em cima de mim.

- Deusulive, gosto de xereca não, manda mil piru, mas meia xereca não. - Neguei com o dedo e ela gargalhou.

- Também não gosto de xereca não,  nada contra as mulheres que gostam, isso só prova que somos gostosas e maravilhosas demais. - Falou pensativa.

- Mas tem homens que também gostam de homens ami. Então para eles vale o mesmo pensamento? - Questionei

- Jamais, amigas a maioria dos casais gays, piroca com piroca traem.

- A verdade é que homem e mulher trai não por ser homem ou mulher, mais sim pela falta de caráter e respeito pelo seu companheiro.

- É, tanto faz - Deu de ombros e deitou por cima de mim - Tá tudo girando, droga.

- Você falando de homossexualismo me fez lembrar da Nina.- Falei.

- Ela era lésbica né, doida pra enfiar um dedinho nessa sua tabaca - Falou e eu gargalhei negando com a cabeça.

- Que porra é essa mermão? - Olhamos para a porta onde Kennedy estava junto de Lelek.

HeroínaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora