Quarenta

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Quando a meta bater faço uma mini maratona. Está com vocês amores.

Kennedy Narrando.

O bagulho nessa favela que eu estou tava de fuder mermo, puta que pariu, RD me mandou pra cá pra ajudar junto de Lelek e mais uns caras.

Os bota preta tavam em cima mermo, doidos pela cabeça do Fael dono daqui, os soldados dele pegaram uns canas, torturaram e mataram, o foda foi que os desgraçados deixaram os corpos na mata ao invés de botar na pista dentro de um carro ou queimar eles vacilaram desse jeito pô.

Eles foram os primeiros a morrer no confronto, Fael botou eles para peitar os polícias de frente e foram metralhados, ficou só a carcaça os pau no cu, vacilão.

Fazia dois dias que as coisas haviam "acalmado", vários manos e policias morreram nesse período de guerra tá ligado, muitas mães e familiares choraram, agradeço a Deus cabuloso por estar vivo, porque é ele que cuida papo reto, mesmo nós não merecendo.

Minha mãe me liga todo dia, tá preocupada cabuloso comigo, falando que vou matar ela de preocupação, metendo altas ideias na mente do maluco, brigando mandando eu sair dessa vida, mas já era pô, já entrei saio mais não fi.

Saudade demais da minha coroa pô, minha vida todinha aquela mulher irmão, falar em saudade. Faz três meses que não vejo pedrita, nos tava dando uns pegas gostoso rapaz, mas só nos beijinhos, parecendo dois virjão.

Tava doido para dar uma fofada(transada) com ela não nego, mas respeito de verdade o tempo dela pô, ainda mais que ali nós nem ia ficar a vontade e não ia poder barulhar, ia ficar paia mermo.

Mas nosso bagulho é sem compromisso, sem emoção, Luria é muito de boa pô.

Na próxima visita estarei lá para ver ela e dar uns beijinhos. Tinha umas minas massa aqui, mas como não sei os proceder, prefiro não me envolver, quando eu chegar na favela pego uma das nega que já fofei e ativo pro barraco do furdunço.

Estava sentado na calçada da casa do Fael junto de Lelek e uns manos, estavamos tomando uma cerva de boa e ouvindo um som, aproveitar e quanto tínhamos paz no bagulho tá ligado.

- Aê novinha, me chama de capeta e me deixa te possuir - Lelek gritou para uma que tava passando na rua junto de um bonde.

Já perdi a conta de quantas vezes elas passaram aqui só pra se amostrar, pra ver se conseguem algo, mas aqui não arruma nada, pelo menos comigo não.

Gargalhei de Lelek e neguei com a cabeça, o cara gasta demais, risada quando ele tá é garantida.

- Porra saudade das minhas negas da favela, vontade de passar o bilau em tudinho, boto fé que vou fazer um ménage quando voltar - Comentou Lelek.

- Pode esquematizar então mano, porque essa madruga vocês já vão voltar pro favelão - Fiquei felizão com essa ideia, nada melhor que nossa casa pô - Informante dos bota preta disse que eles vão dar uma trégua por um bom tempo.

- Porra irmão, graças a Deus cara - Falei e tomei um gole da cerva.

- Aê, valeu mermo por ter fortalecido nós grandão aí pô, moleques de ouro vocês tá ligado, quando precisar é só atiça que tamo ai. - Falou - Agora vamo tomar umas pra gente comemorar.

-  Pode pá pô, desce gelo irmão - Falei me animando e esvaziando a latinha de uma vez.

Foi breja até umas horas, eu e Lelek fomos pro barraco que estávamos ficando já na onda, cheguei, banhei e capotei irmão.

(...)

Acordei naquelas ressacas brabas, ô ressaca bruta, desgraçada. A cabeça tava pra explodir irmão, nunca mais nessa vida eu engato desse jeito pô, papo reto, tu tá é doido rapaz.

Era umas 3 da matina quando entramos no carro e guiamos para o favelão, já cheguei agradecendo a Deus por guiar e fui direto pra casa da coroa, já era 7 horas e uma hora dessas ela já estava coando o café.

- Meu filho, aí meu Deus obrigada, obrigada Deus - Correu até mim me abraçando forte.

- Fala minha coroa, saudades do teu rango pô. - Ela me deu um tapa e eu gargalhei, mó bom ver minha coroa, papo reto irmão, tem melhor coisa no mundo do que ver a coroa da gente bem não. - Caô pô, senti saudade da senhora mermo, mas agora tô na morga, vamo ali no sofá pa tu fazer um cafuné em mim bó - Puxei ela pelo braço, ela foi reclamando mais foi.

Ela resmungou mas logo fez, dormir rapidão. Acordei pra almoçar e só sai da casa dela de noite.

Peguei o celular e acionei uma novinha, colei na goma dela e saí de lá com o saco murcho, era disso que eu tava precisando pra ficar na moral.

Passei na boca e RD estava lá com os manos.

- Fala filha da puta, isso é hora desgraçado? - Brincou fazendo toque comigo.

- Toda hora é hora irmão, se liga, como tá o favelão? - Perguntei me sentando do seu lado.

- Porra irmão, tá na maciota. Já tá ligado que a novinha saiu lá do centro de recuperação?

- Ideia mano? - Falei surpreso, porra que dahora, tinha que dar um jeito de ver a pedrita.

- Ideia meu parceiro, te falar viu, tá gostosa demais, os menor tão tudo de olho nela, se eu não fosse doido pela minha preta ia botar no meu nome legal.

- Ali é uma mulata do caralho mermo - Falei lembrando dela. - Mas e aí como tá os bagulhos com Myllena? - Perguntei.

Ficamos batendo maior papo, depois guiei para casa para dormir.

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RESPONDAM :

Como vocês querem que seja esse encontro deles ?

Que eles tenham relacionamento com outras pessoas?

Sugestões do que pode ocorrer no decorrer da história?

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