Dezenove

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Já estão desleixando com os votos e comentários em. Se não colaborarem. Vou colocar meta de novo conforme o número de lidas. 'Ram.

Luria Narrando.

- Luria acorda - Senti alguém balançar meu corpo, abri os olhos devagar e era Geiza, eu estava dormindo no chão, acabei dormindo aqui após ficar andando pelo quarto igual uma louca a procura de drogas. - Bom dia.

- Bom dia - A respondi.

- Já sentiu a abstinência né? - Perguntou.

- Já e não to gostando nada dela, quando eu sentia na rua logo tratava de achar droga pra fumar, agora fico igual uma louca esvairada atrás mesmo sabendo que não irei encontrar - Confesso suspirando.

- Tem vários estágios te aviso logo e cada vez mais vai avançando, mas uma hora a acaba, a vontade de usar droga que é grande, porém esses sintomas a mais da abstinência acabam.

- É difícil demais - Falei me levantando do chão.

Dormi aqui após me deitar no chão não conseguindo conter as lágrimas e nem aguentando mais os sintomas da abstinência que não passava, acabei dormindo após tanto chorar.

- Limpa a boca que tá toda babada - Falou segurando o riso.

Me levantei limpando minha boca.

- Quando voltar você escova os dentes e lancha, lá vai ser rapidinho - Avisou quando eu estava caminhando em direção ao banheiro - Pega esse potinho aqui e deposita o xixi, solta o primeiro jato no vaso e depois enche tá - Assenti pegando o potinho e indo em direção ao banheiro.

Fiz assim como ela instruiu, voltei e estendi o potinho para ela que grudou algum papel no mesmo.

- Vamos lá - Falou abrindo a porta.

- Vamos - Respondi passando pela mesma.  Chegamos no laboratório e ela me pediu para sentar na cadeira, estendi o braço no aparelho que tinha.

Ela higienizou as mãos, colocou as luvas, pegou uns pontinhos colocando etiqueta e se aproximou de mim, colocou aquele treco no braço e esperou a veia aparecer.

Assim que ela foi começando a tirar sangue eu fui me sentindo mais fraca.

- Tô ficando fraca - Avisei com a voz falha.

- Já estou terminando, aguenta só mais um pouquinho. Luís corre aqui - Chamou.

Quando ela estava no quinto potinho minhas vistas escureceram total e eu apaguei.

(***)

Quando acordei percebi que estava deitada, abri meus olhos enxergando o quarto em que eu estava ficando.

- Acordou bela adormecida, não pode ser espetada por agulha não é - Brincou Geiza e eu sorri me sentando. - Vamos lanchar para evitar outro desmaio. - Pegou uma bandeija e colocou em meu colo.

- O que é isso? - Apontei para um copo com um líquido verde.

- Vitamina de abacate - Falou e eu chega salivei, sempre gostei de vitamina de abacate.

Tomei o café da manhã com ela me observando, estava com tanta fome que nem liguei, fora que era acostumada a comer no meio da rua né.

- Quando eu vou ter minha rotina? - Perguntei enquanto mordia um pedaço do pão de leite.

- Quando o período de abstinência passar, não é seguro vocês sair por agora.

- Será que vai demorar muito? - Perguntei

- Não muito, daqui uns dois ou três dias, cada paciente é diferente, aí eu não posso afirmar com certeza o tempo.

- E quando sai o resultado dos exames? - Perguntei a ela.

- Em uma semana ou mais, porque são muitos exames.

- Fiz o exame de HIV?

- Sim, todos os exames de doencas sexualmente transmissíveis - Explicou - Pedi um check-up de tudo.

Assenti com a cabeça, assim que terminei ela pegou e saiu com a bandeija em mãos. Aproveitei para ir tomar um banho e escovar os dentes.

(...)

12 horas sem drogas.

Assim que terminei de escovar os denstes senti meu nariz escorrer e meus olhos lacrimejarem.

Droga, lá vem de novo essa abstinência.

Todos os sintomas da outra vez estavam apareceram de uma vez agora, pensei que seria somente eles novamente mas não outros sintomas começaram a vir a tona.

E lá estava eu novamente caçando drogas quando senti uma fraqueza se instalar em meu corpo, me sentei na cama sentindo meu corpo todo se tremer e um frio atingir meu corpo.

Peguei a coberta me cobrindo e fechei os olhos ouvindo e sentindo meus dentes baterem um contra o outro.

O frio não passava de jeito maneira,  engraçado que mesmo sentindo frio, meu corpo estava suando.

- Aí - Botei a mão na cabeça sentindo ela doer e pulsar, peguei o travesseiro a abracei

- Eu não quero mais passar por isso, já chega, eu não quero sentir essas coisas - Falei comigo mesmo olhando por todo o quarto. - Maldita hora em que eu fui virar uma dependente.

Fiquei abraçando travesseiro e balançando meu corpo tentando me controlar.

Mas nada disso me impediu de levantar e voltar a caçar o que estava me fazendo sentir todos esses sintomas.

E nessas tentativas falhas fui sentindo meu corpo doer,  até eu nao aguentar mais de dor e ficar imóvel.

*****
Boa tarde.

HeroínaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora