Capitulo 6

235 109 149
                                    

Nota: Capitulo revisado, outros erros, avise.

Alguns anos atrás.

— Mãe, o que é isso que você faz com o papai? — Perguntei curioso depois que eles colaram os lábios um no outro — Parece nojento...

— Isso é um beijo, meu anjinho. — Minha mãe explicou rindo da minha reação — Quando você crescer, vai entender melhor, mas isso é o que as pessoas fazem quando se gostam.

— Eca! Beijo é ruim, vocês tipo, trocam saliva — Fiz uma careta, saindo de perto dos meus pais — Espero nunca fazer isso!

É, isso era o que eu esperava. Nunca pensei que quando eu crescesse, algo assim aconteceria. Eu sempre evitei contato com garotas, às vezes elas fazem esse tipo de coisa sem esperarmos. Prometi a mim mesmo, nunca beijar ninguém. A pessoa participante, jamais esqueceria e eu iria magoa-la porque para ela, aquilo era tudo, o melhor momento da vida dela. Contudo, para mim não seria nada, se tornaria uma memória descartada que se um dia, talvez quase impossível, mas um dia em um futuro bem distante, eu lembrasse, já seria tarde demais. E aquela pessoa, estaria o mais distante possível de mim, me odiando eternamente.

Entretanto, parece que situações impossíveis, podem se tornar possíveis mesmo. Pelo jeito eu não morri, ainda estou em casa e lembro do beijo com Sammy, a garota estranha que invadiu minha casa, loirinha com o nome na blusa. Isso deve ser algum tipo de brincadeira... Por que eu ainda estou lembrando de tudo isso? Eu não morri?

— Richard, cheguei! — Minha mãe gritou da cozinha — Pode vir aqui e pegar suas coisas? Preciso fazer o almoço.

— Mãe? Mãe! — Gritei também, correndo até a cozinha — Mãe, aconteceu algo horrível!

— Oque!? Você está bem? Por que está tão pálido? — Minha mãe perguntou assustada — Eu te chamo a horas e você não respondeu...

— Não! Digo, Sim! Bem, não sei... — Falei nervoso — Você demorou demais!

— Fui comparar o que me pediu... Não achei na loja de sempre, então fui procurar em outras — Ela explicou preocupada — Me diga logo o que houve!

Espera... Será que devo contar a ela? E se tudo piorar? Se ela contar a Sammy, a garota vai achar que menti sobre tudo e vai ficar mais magoada. Refleti e pensei no que eu poderia falar para minha mãe. Eu nunca mentia pra ela, mas dessa vez a urgência iria falar mais alto.

— Ah. É que... Eu achei um vídeo de quando eu era criança — Ri para disfarçar — Você me deixava andar só de cueca? Que mico mãe! Não mostrou isso a ninguém, não é?

— Você era tão fofinho! — Ela disse rindo também, mudando de assunto. É, parece que me safei dessa vez — Olha, aqui estão os pendrives. Comprei CDs também e uma filmadora! Agora você pode gravar lá fora também!

Ela estava muito animada. Só que eu não lembrava o que eu tinha pedido antes. Pelo jeito, resolvi voltar a gravar e disse isso a ela. Minha mãe comprou tanta coisa, parecia até que eu ia iria gravar um filme. Infelizmente, o primeiro vídeo ia ser bem assustador e impactante, imagino assistindo amanhã. Peguei todas as coisas e ajudei minha mãe a guardar as compras, o mínimo por ela ter se esforçado tanto por mim e ajudei também a fazer o almoço.

— Obrigada mãe! Não sei o que faria sem você! Agora vou subi e gravar algumas coisas — Agredeci animado com as sacolas nas mãos — Ah, vou dormir mais um pouco depois, tudo bem? Estou com muita dor de cabeça... Poderia não me chamar?

— Ah tudo bem... — Ela respondeu desanimada — Não pode almoçar comigo hoje?

— É que estou com um pouco de dor de cabeça — Menti novamente me sentindo a pior pessoa do mundo — Que tal jantarmos juntos?

Até o cair das folhas - Em RevisãoWhere stories live. Discover now