Quarto

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Malu narrando

Abri meus olhos e rapidamente me levantei, porém me arrependi, tinham algemas me prendendo na cabeceira da cama, quando as puxei acabei ferindo meus pulsos, quase os cortou.

-Você finalmente acordou, que ótimo.

Vi um homem entrar o quarto, ele estava com uma bandeja nas mãos, olhei ao redor e vi que estava em um quarto.

Eu-Onde estou e por que estou algemada?

-Você está na minha casa e você está algemada para não fugir, bobinha.

Ele deixou a bandeja ao meu lado na cama e a minha vontade era de chutar ela para longe. O homem se sentiu na minha frente e eu pude vê-lo melhor, Cabelos castanhos claros, olhos verdes azulados, pele parda, ele era bem mais alto que eu e era bem forte também. Como eu percebi? Bom, Ele estava sem camisa.

Eu-Afinal quem é você?

-Você não sabia de nada, não é?

Eu-Do que eu deveria saber?

-Seus pais tinham acertado que se casaria comigo, para firmar a paz entre os caçadores e lobisomens. Mas ai você achou seu companheiro, pra piorar ele era o rei dos vampiros e isso... Complicou um pouco as coisas, mas eu finalmente consegui ter você.

Eu-Isso é mentira, meus pais nunca fariam isso.

Quase gritei, ele estava mentindo não é? Meus pai nunca fariam isso... Ou fariam?

-Não fique triste, ou era você, ou sua linda irmãzinha teria que casar com o meu irmão mais novo.

Eu-Que droga! Você só pode ser louco.

Afinal mesmo se eles tivessem feito esse contrato, o Supremo alfa era Rafael e não ele, então eu devia ter "ido" para a alcateia de Rafael, não é?

-Antes que me pergunte, seus pais já tinham conseguido a paz com o Supremo alfa, porém com a gente não, nós somos os banidos, fomos expulsos das nossas alcateias e agora estamos aqui, construindo a nossa própria matilha. Foi por causa deles que consegui chegar até você.

Ele iria colocar a mão no meu rosto, mas eu rosnei e ameacei mordê-lo, então ele recuou com um sorriso sínico no rosto.

Eu-Não coloque suas mãos imundas em mim.

-Okay gracinha, mas então como vou te alimentar?

Eu-É fácil, você me solta.

Falei como se fosse a coisa mais óbvia, mas ele apenas mexeu a cabeça em negação e eu o encarei com ódio no olhar.

-Se quiser comer, terá que deixar eu te alimentar, para o seu bem e o do bebê, espero que deixe.

Ele tinha um brilho ameaçador no olhar, não tinha saída e eu estava mesmo morrendo de fome, parecia que eu não comia à dias, eu pensei um pouco e assenti devagar enquanto ele veio se sentar na cama novamente.

Ele me deu a comida, pelo menos estava boa... Mas eu me sentia uma criança, sendo tratada por ele daquele jeito, se bem que eu não tinha muita escolha já que ele podia fazer algo contra meus filhos.

As vezes estar grávida tem suas desvantagens, e essa é com certeza uma delas. Depois de acabar de comer, ele deixou a bandeja em cima de uma mesa ao lado da cama e sorriu para mim.

Eu-Por que está sorrindo, idiota?

-Você deveria ser mais carinhosa e grata, sabe, eu vou te proteger da guerra e você não vai ter que se sacrificar por seus filhos, eles vão nascer aqui e você estará com eles enquanto eles crescem.

Eu-Pensei que iria querer se livrar deles, se bem que mesmo que tentasse, antes de fazê-lo, já estaria morto.

-Não seja tão agressiva, sabe você não pode se estressar, isso vai fazer mal para os bebês e antes que me pergunte, não, eu não vou me livrar dos bebês, ao contrário vou cuidar deles como se fossem meus.

Eu-Não vou deixar, eles são filhos do Matthew e não seus.

-Matthew será morto na guerra, então tecnicamente eu serei o pai deles quando nos casarmos.

Eu-E quem disse que vou me casar com você?

-Eu disse, eu dou as regras aqui e você só obedece, "manda quem pode, obedece quem tem juízo".

Falou antes de sair batendo a porta, prefiro ficar aqui apodrecendo nesse quarto, do que me casar com ele, eu definitivamente tenho que arranjar um jeito de sair daqui, mas mesmo que consiga tirar as algemas, neste quarto só tem um janela e a mesma tem grades.

Olhando bem para o quarto parece que cada detalhe foi planejado, as paredes eram pintadas de azul e branco, o piso era feito de madeira, numa outra parede oposta da cama -Que era onde eu estava- tinha... Um berço, quer dizer aquela parte inteira estava cheia de coisas de bebê, agora mais do que nunca sei que cada detalhe levou anos para ser planejado... (Mídia)

Esse cara só pode ter uma obssessão por mim, por que em todas as paredes tinham fotos minhas coladas, fotos até de quando eu era criança, tinham fotos minha... Tomando banho, que tarado!

Tinham algumas fotos minha até andando, também tinha uma foto que parece ter sido tirada no dia da festa, eu estava com meu vestido vermelho sentada na mesa comendo, como é possível? Ele estava na festa? Se estava deve ser por que a alcatéia onde estou, deve ser perto do castelo... Eu tenho uma chance!

A Companheira do rei dos vampirosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora