A Companheira do rei dos vampiros

O supremo ✅

REVISADO <3

Malu

Acordo em um pulo, chorando alto como no sonho. Emma que estava dormindo ao meu lado, acordou preocupada, mas logo me abraçou, acariciando meus cabelos. Ela sussurrou que foi só um pesadelo e eu me acalmei um pouco.

Não foi um sonho... Ele estava na minha cabeça e eu sei que todas às vezes que eu dormir, ele estará lá. Eu tenho que achar um jeito de bloqueá-lo, não sei se posso aguentar vê-lo todo esse tempo...

Eu– Desculpe por te assustar, amor.

Abracei minha pequena e ela apenas concordou.

Emma– Tudo bem, eu sei que pesadelos são ruins, mas sempre que tenho você me ajuda e eu fico mais tranquila, porque você sempre vai me proteger. Então, eu também vou te proteger!

Eu sorri e acenei para ela.

Eu– Eu sei que sim, minha heroína.

Ficamos deitadas mais um pouquinho, até eu dizer a ela para ir para seu próprio quarto e tomar um banho, como eu faria.

Quebra de tempo

Depois de tomar um banho quente bem demorado para tentar afastar a minha conversa com Matthew, saí do banheiro e me vesti com uma roupa confortavel e folgada, não me importei em arrumar o cabelo ou calçar algo.

Sai do quarto e fui para a sala, todos menos Emma estavam lá. Luan parecia estar contando-lhes algo, mas parou quando me viu e sorriu... Provavelmente contando sobre ontem.

Eu– Bom dia!

Não tentei forçar um sorriso, então apenas acenei com a cabeça para eles.

Todos– Bom dia!

Beto– Você está bem?

Eu– ... Vou melhorar.

Eles se olham entre si disfarçadamente, ou pelo menos tentando que fosse.
Sei que eles estavam preocupados comigo, mas não ia fingir estar bem... Depois de tanto tempo fazendo isso, após a morte de nossos pais, aprendi que apenas dói mais.

Andei até a cozinha. Não estava com fome, mas pelo olhar de Luan, ele realmente ia me obrigar a comer algo se eu não fosse atrás eu mesma.

Fiz um sanduíche para mim e coloquei um pouco de suco de maracujá em um copo.
Foi difícil cortar as coisas com facas de plástico... Essa foi só mais uma medida para eu não me machucar.

Quando meus pais morreram, eu entrei em uma depressão profunda, não saí do quarto por semanas e chorava sempre que lembrava deles... O que era quase o tempo todo.
Nesse período, eu só encontrei uma forma de descontar a raiva e dor... Eu me cortava com qualquer objeto cortante que eu achasse, quando eles curavam, eu abria novos cortes.

Luan queria respeitar meu espaço, mas não aguentou me ver daquele jeito, então ele entrou no meu quarto enquanto eu dormia e tirou qualquer objeto perigoso, mesmo o apontador, de dentro do meu quarto.

Ele também tirou objetos cortantes da casa e chegou a substituir as janelas de vidro por plástico.

– Mana? O que você está fazendo?

Desviei o olhar do objeto de plástico para olhar para Emma.

Eu– ... Nada, meu bem. Você já comeu?

Desviei o assunto e fui fazer outro sanduíche, entregando o meu, ainda intocado, para ela que comeu feliz.

Emma– Você está melhor, mana? Os monstros voltaram a te pertubar?