• Capítulo XXX •

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“Cada um tem o seu passado fechado em si, tal como um livro que se conhece de cor, livro de que os amigos apenas levam o título

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“Cada um tem o seu passado fechado em si, tal como um livro que se conhece de cor, livro de que os amigos apenas levam o título.”

– Virginia Woolf

Alexandre dá uma última olhada em sua esposa que volta a trabalhar e logo sai correndo atrás da filha que cai sentada depois de mais uma tentativa de ficar em pé. A menina é bastante esperta para a sua idade, para a mídia e todos fora do círculo família ela tem seis meses, mais em sua “idade corrigida” ela tem sete, e ainda muito novinha para suas poucas habilidades há pouco tempo aprendeu a engatinhar, dar tchau, chamar, falar poucas palavras, ou pelo menos balbuciar o que poucos entendiam.

— Pronto, pronto. Não chora se não a mamãe vai saber que você tá aqui, e não será bom para nem um de nós dois. — ele fala ao pegar a filha rapidamente ao perceber sua carinha magoada ao cair no chão, a bebê então olha para ele feliz e o abraça. — Eu sei filha, é difícil crescer. Mas você está indo muito bem.

Ele fala sorrindo para a mesma, beijando sua mãozinha, mas toma outro susto ao notar a voz de Ítalo.

— Melhor que o pai que vive perdendo ela pela casa.

Ele e Túlio estavam sentados no canto da varanda, no chão, enquanto olhavam em direção da pequena já no colo do pai, Túlio gravava vídeos e tirava milhares de fotos de cada gesto da bebê, e Ítalo ia até seu primo sorrindo sarcástico, tirando com sua cara.

— Que susto! O que estão fazendo aí?!

— Estamos de olho na bebê, idiota. Alguém tinha que olhar a criança, já que o pai claramente é um inútil nessa tarefa.

— E olha como ela é fofa engatinhando e tentando se levantar, uma fofura! — Túlio fala mostrando o que gravou, tendo uma crise de fofura com a neném que dava risada e estendia seus braços para o tio de consideração que a pega no colo e fala ao beijar sua bochecha, indo em direção da porta da sala. — Você é muito linda, Mile, se você quiser o mundo o tio Túlio te dá.

— O outro lado, maluco. Você quer que minha esposa me mate por deixar ela sozinha na varanda?! — Alexandre exclama rapidamente empurrando o brasileiro para a direção da entrada que dava na cozinha.

— Ia ser merecido. — o primo admite rindo, andando ao seu lado, e faz um gesto de rendição com as mãos ao notar o olhar feio do estilista. — Me olha assim não, sabe que eu tô certo, e olha que quem geralmente faz besteira sou eu.

— E tá me seguindo por quê mesmo?

— Quero ver a Melissa, já faz séculos que não a vejo, e quero ver sua cara ao contar para ela que se casou e se apaixonou, mesmo dizendo por anos que nunca o faria.

A Felicidade em Meio a SolidãoWhere stories live. Discover now