• Capitulo XXXVII •

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“Quem não pode errar comigo sou eu; Do resto eu espero tudo e mais um pouco

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“Quem não pode errar comigo sou eu; Do resto eu espero tudo e mais um pouco.”

– Marcelinha Rissma

Na noite anterior Luana Bianchi aproveitou a calmaria e a escuridão que guardava a mansão Moretti para ir em direção de seu objetivo enquanto todos da casa dormiam, por ter as chaves consigo a sua entrada foi de fácil acesso, já que é conhecida pela equipe de segurança e os poucos empregados que a viram chegando, por causa disso não teve mais nem uma preocupação para chegar onde queria: O antigo quarto de seu falecido irmão gêmeo.

Um cômodo que desde sua partida permaneceu trancado, pois virou motivo de gatilho para crises de Bárbara, pois foi ela quem encontrou Giovanni morto naquela fatídica noite, toda vez que via o quarto aberto as memórias lhe atormentaram, cenas aterrorizantes, confusas e incompletas da noite que não recorda claramente até os dias atuais, por isso na época foi unânime a decisão de trancar o quarto, e somente Alexandre permaneceria com a chave principal e Luana com a cópia.

No momento em que ela passou pela porta pareceu entrar em um lugar totalmente esquecido pelo tempo, pois tudo ainda estava intocado, exatamente como no dia em que ele foi trancado. Claro, um tanto empoeirado e bagunçado pela falta de limpeza, mas ao olhar ao redor Luana parecia ver seu irmão ali com ela, por um momento sentiu seu perfume no ar, ouviu sua risada e viu seu olhar carinhoso. Respirando fundo com os olhos fechados ela deixou tudo isso de lado e começou a procurar por todo o quarto a prova de que Ítalo e os outros estivessem certos ou errados.

E atrás do quadro em cima da cabeceira da cama ela encontrou um cofre, trancado com a senha de seu aniversário, data que dividia com seu gêmeo, lá dentro ela encontrou um envelope, uma caixa pequena e muitos outros papéis. Ao se sentar na cama abriu a caixa e soluçou com o choro silencioso, abafada com sua mão em sua boca, lágrimas grossas desligando de seu rosto ela via ali dentro da caixa o colar perdido de seu irmão. Mesmo com a dor da perda apertando o seu peito ela começou a ler todos os papéis espalhados pela cama, e ao ver algumas fotos e uma cópia de registo de nascimento sua esperança morreu ali.

E a dor deu lugar a raiva rapidamente, amassando aquele documento. Raiva da pessoa que sempre pensou que estivesse ao seu lado.

Ao ouvir a porta se abrir de repente a morena rapidamente limpou seu rosto, se recompôs e encarou o semblante de pânico de sua melhor amiga. Bárbara tinha acabado de acordar com sede, Kalissa dormia ao seu lado, mas ela não quis lhe acordar e por isso saiu do quarto sozinha, andava tranquilamente pelos corredores escuros quando sentiu o pânico por seu corpo ao se deparar com o quarto de Giovanni aberto, Luana pouco pôde se explicar diante das acusações da loira quase histérica, ainda de voz baixa, em crise, dizendo repetidamente que o quarto não deveria ser aberto nunca.

Até então a morena tentou se aproximar da loira que negou seu toque, assustada, parecendo reviver aquela noite, sua amiga que sentia seus sentimento a flor da pele explodiu com a mais nova, para ela, pelo menos naquele momento aquela reação de pânico de Babi era ridículo, era como se a loira quisesse apagar o seu irmão de vez, alterada ela falou coisas que antes nunca pensou que falaria para a amiga, sobre seu privilégio de ser mimada a vida inteira por seus pais, nunca ter sofrido como ela com uma relação familiar abusiva, claro, foi da boca para fora, mas quando se deu conta do semblante magoado e incrédulo da mulher Kalissa chegou para lhe defender a puxando para seus braços, percebendo o seu corpo todo tremer, não falou nada para Luana, apenas lhe encarou com um olhar de poucos amigos e levou Babi de volta para o quarto. Não viram a herdeira dos Bianchi mais depois daquilo, apenas ficaram abraçadas até Babi se acalmar completamente depois de tomar seus remédios.

A Felicidade em Meio a SolidãoWhere stories live. Discover now