• Capítulo VII •

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"Situações desesperadas, geram decisões precipitadas, e arrependimentos futuros!"

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"Situações desesperadas, geram decisões precipitadas, e arrependimentos futuros!"

- Nosbor Ogaiht

Na manhã seguinte.

Já passavam das nove da manhã no dia seguinte, e até então Alexandre não tinha recebido nem uma visita, sua família estava lhe dando o castigo do silêncio por causa de suas atitudes do dia anterior, nem mesmo Bruno tinha falado com ele ainda, tanto que sua fisioterapia do dia foi silenciosa. Ele até tentou se desculpar com o médico, mas foram tentativas fracassadas, pois Bruno se negava a falar com ele, mesmo que o moreno voltasse a insistir.

Não poderia negar que a história da menina se repassava em sua mente, lhe deixando com um sentimento estranho de culpa, e com uma vontade repentina de vê- lá para se desculpar, o que era novo para ele, pois odiava voltar atrás em seu julgamento, que na maior parte de sua vida esteve certo, claro, teve alguns erros irreparáveis, mas nada que gostasse de recordar.

Preferia somente pensar em seus acertos.

Maria Luiza lhe deixava incomodado, por que pensar nela segurando sua filha com tanto carinho, defendendo ela com tanto amor, lhe fazia sonhar com algo que um dia tanto desejou, algo que um dia quis dar para sua menina, um sonho distante que agora não podia mais ter.

"..ela precisou de você e tudo o que você fez nesse tempo depois que acordou foi rejeitar ela, menosprezar a única pessoa no mundo que poderia te aguentar."

As palavras de Maria Luiza lhe assombrava desde sua briga com ela. No fundo ele sabia que ela estava mais que certa, por isso a culpa por fazer a garota de cabelos rosa chorar lhe corroía, mesmo ainda achando ela impertinente, irritante e petulante. No olhar dela viu verdadeiro amor e carinho por sua bambina, o que lhe deixou ainda mais furioso consigo mesmo, já que nem mesmo conseguia encarar a bebê.

"Ela tem razão. Sou um verdadeiro fracasso como pai"

Ele pensa consigo mesmo, suspirando frustrado enquanto esfregava o rosto. Estava no pátio do hospital, de baixo de uma árvore em sua cadeira de rodas.

Por recomendação médica ele precisava tomar banho de sol pelo menos uma vez ao dia, mas como não gostava de sair do quarto por causa de sua aparência ele ficava distante dos outros pacientes, em uma parte mais "privada" do pátio que era aberto a natureza, com muitas flores e árvores enormes ao redor, fazendo sombra para os pacientes ali presentes.

— Nunca lhe vi tão pensativo meu primo. – Ítalo, seu primo falava ao se aproximar e se sentar no banco ao lado da cadeira de rodas de Alex. — Espero de verdade que não esteja pensando no passado. Nunca é bom recordar de dias tão tristes e revoltantes.

— O que foi Ítalo, não consegue cuidar de uma marca internacional enquanto estou fora?!

Alex fala sem paciência para falar sobre a empresa naquele momento, sem olhar para o primo, suspirando ainda frustrado, mergulhado em seus pensamentos. Ítalo reclama de sua saudação, se sentando em um banco ali perto.

A Felicidade em Meio a SolidãoWhere stories live. Discover now