• Capítulo V •

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"O ódio, tal como o amor, alimenta-se com as menores coisas, tudo lhe cai bem

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"O ódio, tal como o amor, alimenta-se com as menores coisas, tudo lhe cai bem. Assim como a pessoa amada não pode fazer nenhum mal, a pessoa odiada não pode fazer nenhum bem."

- Honoré de Balzac

Mesmo com tantas coisas boas acontecendo, outras nem tanto permaneciam, Alexandre ainda se negava a encontrar sua própria filha, muito menos aceitava ela ser cuidada por uma adolescente, mesmo com todos tentando passar uma boa imagem de Malu para ele, o mesmo se negava a conhece- lá, ao menos tinha aceitado, digo, sido forçado a aceitar a cadeira de rodas que usava para sair de fez em quando do quarto. Para a fisioterapia ou a terapia, quais aceitou por livre e espontânea pressão.

De manhã cedo na cama de hospital ele se revirava na cama sem parar, estava tento um pesadelo, lembranças de um dos dias mais aterrorizantes de sua vida.

— N-não, fica lo-longe de m-mim!

Ele pedia se debatendo na cama, em desespero, preso na aquela lembrança, no trauma.

Seu corpo estava paralisado, não conseguia falar, muito menos se mexer, ela estava sentada em sua cintura, tirando suas roupas.

— Alex, meu querido Alex, agora finalmente vamos ter nossa grande noite!

Ele não queria estar ali, não com ela, estava sozinho no escritório, não imaginou que ela fosse chegar a tanto, a droga- ló, dopar ele para conseguir o que queria. Dizendo em seu ouvido palavras sujas, seus desejos mais obscuros e sádicos com ele, Alex não queria ouvir aquilo, não queria sentir aquele toque. Seu corpo fervia mas não era verdadeiro desejo ou tesão o que sentia, era nojo, tudo o que podia fazer era fechar os olhos para não ver.

Mais ainda ouvia os seus gemidos, ainda sentia suas mãos nele, tudo o que poderia fazer ela rezar para acabar logo.

— M-me deixa, n-não me toca!
Ele gritava se mexendo sem parar na cama, se debatendo, na aquele mesmo momento Ítalo, o seu primo entra no quarto, e eu notar o estado de Alex corre até ele, antes que o mesmo caísse da cama de tanto de debater.

— Alexandre, acorda irmão, está tudo bem, é só um pesadelo, acorda!

Ítalo o chamava lhe sacudindo, e batendo no seu rosto preocupado, logo de supetão Alex acorda, assinado e em pânico.

— E-ela estava...

— Eu sei, Alex, eu sei irmão, mas tá tudo bem agora, passou, eu tô aqui.

O loiro o tentava acalmar, mas ele respirava sem controle, ainda assustado, olhando para todos os lados do quarto, como se estivesse realmente vendo onde estava. Ao se tranquilizar mais Ítalo lhe dá água e ao acabar de tomar ele joga o copo em direção a parede, com toda a força que junta.

A Felicidade em Meio a SolidãoWhere stories live. Discover now